O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

EDUCAÇÃO PARA TODOS



             De cada vez que se discute o tema educação há sempre uma enorme polémica com o ensino publico vs privado e toda a diferença entre o mesmo, nomeadamente a qualidade e as diferenças, neste estado social peneirento que é Portugal, há logo um enorme coro de criticas contra o ensino privado ou mesmo algum tipo de ensino publico que se destaca pela qualidade de excelência, pois alega-se que os filhos dos ricos ou com melhor condição económica “safam-se” melhor e têm melhores condições do que os filhos de quem tem menores condições económicas.
               No entanto aí é que está uma teoria totalmente errada, seria isso obvio se todas as crianças que estão no ensino em Portugal estivessem institucionalizadas ou seja o estado é que tinha a guarda e responsabilidade pelos mesmos, obviamente distinguir crianças estando todos sob batuta do estado é que seria obviamente errado, sendo portanto este cenário totalmente descabido e irreal, não há forma de igualar o inigualável, ou seja mesmo no ensino publico universal, e sem mais diferenças há diferenças, não no meio curricular mas sim no meio não curricular e isso a médio longo prazo será determinante e muito no sucesso ou insucesso dos mesmos alunos, mas disto ninguém fala prefere ser demagógico a realista.
              Ou seja o que muitos defensores ferrenhos quase defendem com a vida é dar condições iguais a todos os estudantes, não permitindo que haja diferenças em nada por muito competentes que sejam os professores numa escola publica ou diabolizar todos os resultados do ensino privado como sendo desiguais, é como se numa corrida fizessem o líder da corrida ter que abrandar ou mesmo parar na ultima volta de modo a que o ultimo cortasse a meta ao mesmo tempo no final, se esta visão já de si é idiota e estúpida, na vida real as coisas passam-se da mesma forma.
               Tal como no desporto em que uma equipa “oficial” sobressai sobre todas as outras porque dispõe de meios financeiros mais avantajados, o que acaba por se repercutir nos resultados seja através de melhor material seja na possibilidade de ter mais testes, na vida real e no ensino as coisas serão idênticas, ou seja por muito que os paranóicos do estado social venham apregoar e diabolizar a igualdade do ensino e criticar as diferenças no mesmo, essas diferenças serão sempre visíveis, mesmo que o ensino seja igual para todos quem têm mais posses económicas terá sempre mais vantagem do que os que não têm essa capacidade ou seja, por muito igualitários que estejam na escola em si estão em posições diferentes logo a nível de material escolar, e mais nas actividades extra curriculares.
                Aí está toda a diferença, ou seja ninguém com o juízo no sitio vai afirmar que uma criança com apoio extra curricular está em igualdade de circunstancias perante crianças de idade equivalente sem qualquer apoio alem do que a escola disponibiliza, e aí as diferenças económicas de cada pai marca pontos, há crianças que têm inglês desde a idade que começam a falar, outras praticam desportos vários desde tenra idade, outros praticam actividades musicais e culturais inacessíveis seja pelo elevado preço dos acessórios ou materiais seja pela pesada mensalidade dessas mesmas actividades, e claro como querem que haja igualdade no ensino?
                Sim só mesmo alguém sem inteligência pode dizer ou melhor acreditar que o ensino é igual para todos inclusive na escola publica isto já a descontar o nível e acompanhamento a nível privado, o ensino pode ser igual mas nem todos estão ao mesmo nível pois há uns que estão melhor preparados do que os outros, para as disciplinas e claro terão sempre vantagem ao longo do ciclo escolar obviamente, estas pessoas têm a ilusão de tentarem a todo o custo de nivelar o ensino por baixo de modo a dar condições a quem supostamente não tem o mesmo poder económico mas nunca terão sucesso pois quem não tem poder económico a não ser que seja acima da media e consiga suplantar as dificuldades por si só ou então se for mediano nunca terá sucesso pois estará sempre em desvantagem, pois alem de já de si entrar a perder logo no inicio com o nível de ensino dos colegas ao longo dos tempos esse fosso torna-se desmotivante levando muitos a desistir, depois temos que contar com um factor a que a todos esquece ou tentam ignorar o factor família.
                Pois é exactamente o factor família o factor de maior diferenciação no meio escolar e académico e é determinante no sucesso ou insucesso de uma pessoa, lembram-se do meu exemplo idiota de dizer que para haver igualdade total entre todos apenas institucionalizando as crianças se poderia obter igualdade não é verdade? Pois bem as famílias são o factor mais determinante para a obtenção de resultados, se para uma família uma criança apenas serve para ser “depositada” na escola na esperança que de lá saia um génio isso é ainda mais idiota do que institucionalizar a mesma, uma criança requer muito trabalho e atenção e obviamente que dependendo do poder económico de cada um a criança pode ou não frequentar ou ter acesso a um nível de educação que pode ser útil uma vez no meio escolar, e esse enriquecimento só pode ser obtido pelo nível de actividades extra curriculares (desde que não haja exageros obviamente) a que cada criança tenha acesso, e aí sim os resultados poderão aparecer, não se espere que uma criança tenha um extremo gosto pela leitura se não vê nem o pai ou a mãe a pegar num livro…
               Portanto as melhores equipas ganham sempre no desporto porque têm melhores condições, os alunos triunfam obviamente quando têm as melhores condições, por muito que as regras sejam iguais para todos, o nível de preparação entre eles é diferenciado desde muito cedo e claro que vai haver sempre diferenças entre iguais, e essas diferenças começam logo no factor família e em como essa família aborda a criança podendo ou não ter condições para lhes dar o melhor, obviamente que há muitos pais que querem mas não têm posses para lhes dar o melhor, mas a vida é assim, vivemos numa sociedade estratificada socialmente e claro não se pode impingir igualdade por decreto, não vivemos num país comunista e até nos países comunistas há estratificação social, deviam-se sim as pessoas preocuparem-se mais com o rigor e a qualidade do ensino do que facilitar o máximo de modo a dar “condições” muitas vezes virtuais a todos os alunos de modo a poderem almejar a um curso superior, é que qualificar por “baixo” pode ser socialmente bem visto, mas na pratica um desastre pois forma muita gente sendo muitos sem qualidade, apenas para dar a ideia de que todos podem triunfar no ensino.



NAKED MAN

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