EDUCAÇÃO PARA TODOS
De cada vez que se
discute o tema educação há sempre uma enorme polémica com o ensino publico vs
privado e toda a diferença entre o mesmo, nomeadamente a qualidade e as
diferenças, neste estado social peneirento que é Portugal, há logo um enorme
coro de criticas contra o ensino privado ou mesmo algum tipo de ensino publico
que se destaca pela qualidade de excelência, pois alega-se que os filhos dos
ricos ou com melhor condição económica “safam-se” melhor e têm melhores condições
do que os filhos de quem tem menores condições económicas.
No entanto aí é
que está uma teoria totalmente errada, seria isso obvio se todas as crianças
que estão no ensino em Portugal estivessem institucionalizadas ou seja o estado
é que tinha a guarda e responsabilidade pelos mesmos, obviamente distinguir
crianças estando todos sob batuta do estado é que seria obviamente errado,
sendo portanto este cenário totalmente descabido e irreal, não há forma de
igualar o inigualável, ou seja mesmo no ensino publico universal, e sem mais
diferenças há diferenças, não no meio curricular mas sim no meio não curricular
e isso a médio longo prazo será determinante e muito no sucesso ou insucesso
dos mesmos alunos, mas disto ninguém fala prefere ser demagógico a realista.
Ou seja o que
muitos defensores ferrenhos quase defendem com a vida é dar condições iguais a
todos os estudantes, não permitindo que haja diferenças em nada por muito
competentes que sejam os professores numa escola publica ou diabolizar todos os
resultados do ensino privado como sendo desiguais, é como se numa corrida
fizessem o líder da corrida ter que abrandar ou mesmo parar na ultima volta de
modo a que o ultimo cortasse a meta ao mesmo tempo no final, se esta visão já
de si é idiota e estúpida, na vida real as coisas passam-se da mesma forma.
Tal como no
desporto em que uma equipa “oficial” sobressai sobre todas as outras porque
dispõe de meios financeiros mais avantajados, o que acaba por se repercutir nos
resultados seja através de melhor material seja na possibilidade de ter mais
testes, na vida real e no ensino as coisas serão idênticas, ou seja por muito
que os paranóicos do estado social venham apregoar e diabolizar a igualdade do
ensino e criticar as diferenças no mesmo, essas diferenças serão sempre
visíveis, mesmo que o ensino seja igual para todos quem têm mais posses
económicas terá sempre mais vantagem do que os que não têm essa capacidade ou
seja, por muito igualitários que estejam na escola em si estão em posições
diferentes logo a nível de material escolar, e mais nas actividades extra
curriculares.
Aí está toda a
diferença, ou seja ninguém com o juízo no sitio vai afirmar que uma criança com
apoio extra curricular está em igualdade de circunstancias perante crianças de
idade equivalente sem qualquer apoio alem do que a escola disponibiliza, e aí
as diferenças económicas de cada pai marca pontos, há crianças que têm inglês
desde a idade que começam a falar, outras praticam desportos vários desde tenra
idade, outros praticam actividades musicais e culturais inacessíveis seja pelo
elevado preço dos acessórios ou materiais seja pela pesada mensalidade dessas
mesmas actividades, e claro como querem que haja igualdade no ensino?
Sim só mesmo alguém
sem inteligência pode dizer ou melhor acreditar que o ensino é igual para todos
inclusive na escola publica isto já a descontar o nível e acompanhamento a
nível privado, o ensino pode ser igual mas nem todos estão ao mesmo nível pois
há uns que estão melhor preparados do que os outros, para as disciplinas e
claro terão sempre vantagem ao longo do ciclo escolar obviamente, estas pessoas
têm a ilusão de tentarem a todo o custo de nivelar o ensino por baixo de modo a
dar condições a quem supostamente não tem o mesmo poder económico mas nunca
terão sucesso pois quem não tem poder económico a não ser que seja acima da
media e consiga suplantar as dificuldades por si só ou então se for mediano
nunca terá sucesso pois estará sempre em desvantagem, pois alem de já de si
entrar a perder logo no inicio com o nível de ensino dos colegas ao longo dos
tempos esse fosso torna-se desmotivante levando muitos a desistir, depois temos
que contar com um factor a que a todos esquece ou tentam ignorar o factor
família.
Pois é exactamente
o factor família o factor de maior diferenciação no meio escolar e académico e é
determinante no sucesso ou insucesso de uma pessoa, lembram-se do meu exemplo idiota
de dizer que para haver igualdade total entre todos apenas institucionalizando as
crianças se poderia obter igualdade não é verdade? Pois bem as famílias são o factor
mais determinante para a obtenção de resultados, se para uma família uma criança
apenas serve para ser “depositada” na escola na esperança que de lá saia um génio
isso é ainda mais idiota do que institucionalizar a mesma, uma criança requer muito
trabalho e atenção e obviamente que dependendo do poder económico de cada um a criança
pode ou não frequentar ou ter acesso a um nível de educação que pode ser útil uma
vez no meio escolar, e esse enriquecimento só pode ser obtido pelo nível de
actividades extra curriculares (desde que não haja exageros obviamente) a que
cada criança tenha acesso, e aí sim os resultados poderão aparecer, não se
espere que uma criança tenha um extremo gosto pela leitura se não vê nem o pai
ou a mãe a pegar num livro…
Portanto as
melhores equipas ganham sempre no desporto porque têm melhores condições, os
alunos triunfam obviamente quando têm as melhores condições, por muito que as
regras sejam iguais para todos, o nível de preparação entre eles é diferenciado
desde muito cedo e claro que vai haver sempre diferenças entre iguais, e essas
diferenças começam logo no factor família e em como essa família aborda a
criança podendo ou não ter condições para lhes dar o melhor, obviamente que há
muitos pais que querem mas não têm posses para lhes dar o melhor, mas a vida é
assim, vivemos numa sociedade estratificada socialmente e claro não se pode
impingir igualdade por decreto, não vivemos num país comunista e até nos países
comunistas há estratificação social, deviam-se sim as pessoas preocuparem-se
mais com o rigor e a qualidade do ensino do que facilitar o máximo de modo a
dar “condições” muitas vezes virtuais a todos os alunos de modo a poderem
almejar a um curso superior, é que qualificar por “baixo” pode ser socialmente
bem visto, mas na pratica um desastre pois forma muita gente sendo muitos sem
qualidade, apenas para dar a ideia de que todos podem triunfar no ensino.
NAKED MAN
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