O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

CO ADOPÇÃO POR CASAIS HOMOSEXUAIS



               Sobre este assunto e desde já deixo a minha declaração de interesses, sou terminantemente contra, portanto talvez seja demasiado tendencioso sobre este tema mas no entanto terei que explicar os meus pontos de vista para obter determinada opinião.
                Diria que depois de aprovada a lei do casamento homossexual, que diga-se também não sou totalmente a favor mas neste caso até seja mais um ponto de vista do que uma opinião dado que a palavra casamento é um pouco mais “forte” do que generalizar a palavra, não sou contra a que legalmente fosse criada uma forma de equiparar uma relação juridicamente e em termos de direitos igual a um casamento, mas dizer casamento subentende-se que haja um marido e uma mulher ou seja de sexos diferentes, mas como digo é mais um ponto de vista do que uma opinião dado que entendo que cada um é livre de fazer o que quiser desde que não interfira nos interesses de terceiros.
                 O caso da adopção é diferente, não é uma decisão de duas pessoas adultas, mas uma decisão de pessoas adultas que interferem e poderão condicionar a vida de terceiros que em muitos casos não têm poder de decisão e neste caso tenho a minha opinião e sou totalmente contra, compreendo e já ouvi os pontos de vista das associações e de casos de casais homossexuais, no entanto não é ético sobrepor um capricho de uns em detrimento da vida de outros, é verdade que um casal homossexual pode ser tão capaz e tão competente como se pais biológicos se tratassem (em alguns casos até é essa a realidade com inseminação artificial ou não), mas que quer queiram quer não por muitos estudos apresentem uma coisa é real estamos a fazer com que duas gerações estejam a fazer de ratos de laboratório ou seja os estudos podem garantir muito mas não provam nada dado que só agora é que se vai ver se os argumentos dos pró e contra adopção vêm a terreiro dizer, mas na minha opinião uma coisa é certa não me queiram apresentar como certa uma coisa que ninguém sabe ao certo se o é.
                 Ou seja o assunto é mais uma das batalhas promovidas pelos grupos que defendem a homossexualidade e muitas pessoas que de alguma forma ou de outra apoiam a causa, mas há alguns factores que se devia ter em conta mas que não vislumbro ninguém pensar neles, primeiramente há um factor que me fascina ou seja fazerem crer que uma coisa completamente diferente é igual… num casal de sexos diferentes ou seja um homem é um homem que sente coisas que só os homens sentem, bem como uma mulher é uma mulher e tem formas de sentir completamente diferentes, uma criança que não tenha acesso ao contraditório nunca será uma criança exactamente igual a outra que teve acesso a isso, por mais estudos que me venham explicar não há um único que consiga provar a veracidade dado que como já disse só daqui a 2 ou 3 gerações é que se poderá constatar, por muito que duas pessoas do mesmo sexo tentem parecer e dar a conhecer tudo a uma criança nunca conseguirão reproduzir na exactidão o que um casal homem/mulher proporciona.
                  Sei que virá logo quem dirá que um casal do mesmo sexo dará igual ou mais amor e carinho do que a mesma estar institucionalizada, a viver mono parentalmente ou com pais heterossexuais, e aí talvez concorde mas não me podem dizer ou fazer acreditar que de certa forma também transmitirão á criança visões da vida que provavelmente nunca as mesmas teriam se não estivessem a viver essa situação, ou seja uma criança do sexo feminino a viver com 2 mulheres quem me garante que a mesma irá tornar-se numa mulher heterossexual, ou um menino a viver com 2 homens tornar-se-á num adulto que vai gostar de mulheres, com que direito os adultos terão sobre as crianças de modo a influenciar o seu futuro apenas para satisfazer os seus caprichos pessoais? Sim se uma menina vivesse com 2 homens teria uma vivência no seu contraditório bem como um menino a viver com 2 mulheres, mas sendo todos do mesmo sexo é um pouco estranho que me possam garantir o seu contrário quando ninguém pode provar o seu contrário.
                     Há mais uma coisa que me deixa a pensar, se para um casal heterossexual que esteja impedido de ter filhos ou que queira apenas e só adoptar em Portugal vê-se confrontado com uma burocracia e dificuldades que no limite leva a que os mesmos para poderem adoptar têm que provar que têm uma relação de sonho e possuem uma vida condigna para terem uma criança em casa, é no mínimo surreal dado que qualquer acéfalo pode ser pai/mãe sem provar absolutamente nada nem possuir qualquer tipo de condições para terem uma criança e ninguém lhes nega esse direito, mas também é no mínimo curioso que se o casal for homossexual a “barreiras” sentidas pelos casais ditos “convencionais” esfume-se, será que ser homossexual é ser-se mentalmente mais evoluído ou será que é completamente idiota acreditar-se numa historia que cada vez mais me cheira mal, se querem dar oportunidades a uma criança que se aligeire a sua adopção a quem dela recorre, a solução não passa invariavelmente pela adopção por casais homossexuais mas também por dar oportunidades a quem quer adoptar e que se vê num mar de dificuldades e que muitas vezes acabam por desistir.
                      Há um certo loby gay na nossa sociedade e cada vez está mais patente, mas a mim nunca farão colocar na cabeça uma ideia como certa quando eu tenho muitas duvidas da veracidade da mesma, deve-se sim dar o melhor a uma criança afinal ela é o elo mais fraco sempre dado que é o único inocente pois alem de não pedir para ter aparecido neste mundo também é fragilizado por ter que ser ensinado para sobreviver, e é exactamente sobre este ponto que me debruço porque será que num planeta tão pequeno há uma diversidade enorme de culturas inclusive umas sendo a antítese da outra? Porque será que algumas culturas acreditam em coisas e defendem as mesmas quando outras culturas sabem ser totalmente idiotas? Ou seja é minimamente sinistra a ideia de que uma criança sendo criada num ambiente vai entender por si só na variedade e multiplicidade da vida e que será livre de escolher a sua tendência, é certo que há gostos que são intrínsecos mas há outros que são adquiridos através daquilo que vemos e vamos aprender, não sou contra 2 pessoas do mesmo sexo viverem juntas mas terem o capricho de tentarem influenciar a vida de um terceiro isso já me mete alguma impressão.
                       Sei que sou talvez demasiado radical na minha observação, e se isto algum dia for lido por algum homossexual ou uma associação que defenda a causa, vou ser atacado ao máximo, mas tal como nada posso fazer para convencer os mesmos sobre a minha ideia também não me irão convencer do contrario, sou contra porque ninguém deveria condicionar á partida uma vida de um terceiro por um capricho pessoal sob forma nenhuma, e digo isto porque se alguém quer viver uma vida alternativa, que assuma essa alternativa, um homem viver com um homem não pode ter filhos biologicamente bem como uma mulher a viver com outra mulher não o pode fazer… há imensas formas para o fazerem (desde engravidarem por inseminação a terem filhos de outras relações com pessoas de sexo diferente etc. etc. etc.) mas não entre essas duas pessoas (casal) é aí a questão, se não o podem fazer biologicamente porque tentam contrariar essa biologia de uma forma completamente insana? Eu concordo que sejam competentes, mas não façam disso uma bandeira para a obtenção dos auto – proclamados direitos homossexuais, as crianças não devem ser chamadas a uma batalha que ainda não podem nem têm voto na matéria, nem serem usados como arma numa luta que nunca será igual porque dois homens e duas mulheres nunca serão nem nunca farão um papel diferente de mulher/homem, há coisas que são apenas de quem já nasce assim por muito que se sintam diferentes… um genérico será sempre um genérico meus amigos, pode fazer o mesmo efeito mas tem e terá menos uma percentagem da substancia… acho que está tudo dito.
                           Mas atenção, há e haverá sempre imprestáveis a viverem com a possibilidade de terem filhos e sendo heterossexuais que usam e abusam da maternidade e que infelizmente nunca terão nem 1/10 dos problemas e das condicionantes que os homossexuais vivem nem quem mesmo sendo heterossexual que queira adoptar passe, e que sem nunca ninguém os condicionar são pais de crianças e condicionam por essa forma e muitas vezes prejudicam mesmo a vida a essas mesmas crianças inocentes, sendo estas pessoas as maiores responsáveis pelo aumento de institucionalizações em todo o mundo, mas se nunca houver nada em contrario para os condicionar, nunca haverá hipótese, e claro aí acredito que mesmo um casal homossexual será mais competente a cuidar de uma criança, mas infelizmente a vida é assim, pode ser injusta mas é como é, no fundo deveria-se pensar muito bem em tudo isto, mas acima de tudo os interesses da criança deveria estar á cabeça do problema e não os superiores interesses dos adultos, depois deveríamos pensar que para adoptar não deveria haver tantos entraves dado que para se ter um filho biologicamente ninguém vai ver os pormenores da vida de cada casal para que se permita a fecundação, surgindo a surrealidade de para se adoptar uma pessoa ser obrigada a viver num conto de fadas enquanto para se ter um filho biologicamente basta querer, mesmo tendo uma vida de miséria e sem condições, e acabando por fracções usarem adopções de crianças como se fossem troféus ou objectivos de vida mesmo tendo a noção de que perante a maioria são diferentes… é que mesmo em famílias monoparentais foram necessários um homem e uma mulher para conceber a criança… a ideia da procriação medicamente assistida é um mito porque até para isso houve a necessidade de haver um homem e uma mulher para “fabricar” a base da concepção dado que apesar de todos os avanços da medicina ainda não se conseguem fabricar crianças em laboratório é necessário invariavelmente um homem e uma mulher… porque será?



NAKED MAN

segunda-feira, 28 de outubro de 2013


SERÁ QUE VALE A PENA?



              Esta frase em género de pergunta, vêm-me muito á cabeça em muitas situações, seja num negocio, numa situação de trabalho ou da vida privada seja em qualquer outra coisa em que se coloca perante a pessoa uma opção ou uma escolha, ou uma consequência de uma delas.

              Perante um determinado resultado negativo, nós por norma temos sempre a sensação que temos que dar o máximo para obter o nosso objectivo, mesmo que para isso tenhamos que ir muito alem do que seria desejável, quantas vezes já demos por nós a esticar a corda até ao ponto em que “parte” e o resultado é quase sempre o mesmo não obtemos o nosso objectivo e gastamos recursos desnecessários para o tentar obter.

               Se muitos de nós fizéssemos logo á partida a pergunta que está no titulo desta crónica talvez se evitasse tanto despesismo de energia em que muitas vezes ou diria a grande parte das vezes não nos leva a lugar algum, sei que todos já tivemos pelo menos um caso que isto ocorreu o que quero fazer lembrar com o que estou a escrever é que em vez de darmos tudo de nós em busca de determinado resultado ou objectivo deveríamos antes perguntar a nós próprios, se de facto vale a pena tanto esforço para se conseguir uma coisa que quase de certeza não a vamos obter.

               Aprendi ao longo da vida e em quase todas as vezes que tentei esticar a corda o resultado foi quase sempre o mesmo ou seja o fracasso, percebi que as coisas quando têm de acontecer acontecem, bem como quando começa a correr mal não vamos muito longe, podemos dar tudo para contrariar o inevitável mas o resultado vai quase sempre dar no fracasso, daí não haver volta a dar, deveríamos ser mais racionais nos nossos objectivos, de nada nos vale no final lamentarmo-nos por resultados que não nos foram favoráveis ou nos lamentar pelo azar, muitas vezes apenas tentamos adiar o inevitável não o resolver.

               Aprendi que uma coisa é um azar momentâneo e que ao longo do tempo até nos podem dar razão e alterar o rumo inicial, neste planeta há um grande problema endémico, as pessoas só são reconhecidas é depois de morrer, em vida são desconsideradas e humilhadas, mas depois de mortas passam a génios, mais parece que só damos valor ao que já não temos ou que nunca tivemos, portanto há muita coisa porque lutei ao longo da vida que fracassei, talvez por não ser capaz ou por estar errado mas porque não me valorizaram, mas não deve ser por isso que nos devemos deprimir, temos que avançar, mas como disse se depois de não termos voltamos a um período da vida em que podemos voltar a ter a mesma situação perante nós e fracassar na mesma, não é azar é o inevitável, mas insistir em tentar de novo isso já passa para o lado da estupidez, errar não é estúpido mas insistir no erro já o é.

                Também aprendi que não podemos sempre estar na frente mediática de qualquer situação, se não dá ou não ocorre é melhor muitas vezes passarmos para uma segunda linha ou terceira linha, ou seja retirarmo-nos, tentarmos a todo o custo ficar na primeira linha ou estarmos sempre a chegarmo-nos á frente não vai resultar em nada, pois os outros se já nos descredibilizam não é por esticar a corda ou forçarmos que passamos a ter credito aliás corremos o risco a cada vez piorar mais as coisas, devemos pensar se vale mesmo a pensa insistir.

                 Grande parte das vezes não vale a pena o esbanjamento de recursos por situações que logo á partida vemos claramente que vamos perder, mas que não queremos perder, mas temos que aceitar ou aprender a aceitar a realidade, nem tudo é como queremos, viver é o resultado de uma conjunção de factores e interligação de vidas e feitios e muitas vezes os nossos interesses colidem com o de outros ou valorizamos coisas que outros nem se interessam em perceber, então nessas situações devemos logo á partida colocar esta questão será que vale mesmo a pena? A minha resposta pela experiência que tenho é que na grande maioria das vezes quando começas a perder logo ao primeiro minuto dificilmente vais dar a volta ao jogo, mas no entanto se não lutarmos e atirarmos a “toalha” ao chamo de certeza que vamos perder, mas também não podemos tentar ganhar a qualquer custo, daí termos que pensar muito bem nas coisas e fazer a nós próprios as questões pertinentes, se muitas vezes perdêssemos mais tempo connosco próprios e déssemos mais atenção a nós próprios não gastaríamos tantos recursos desnecessários com pessoas que nunca nos irão valorizar ou entendam a nossa perspectiva e desse modo o resultado final quase sempre é o mesmo… o fracasso.



NAKED MAN

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

FAMILIA CARENCIADA


               Desculpem a minha ignorância, mas agora com as eleições autárquicas, houve uma denominação que aparecia em todos os prospectos, a denominação de família carenciada/famílias carenciadas, associados a propostas para os próximos 4 anos, claro que para este tipo de classificação de pessoas as propostas são umas melhores do que as outras, quase só direitos e não se vê ou vislumbra qualquer tipo de dever, dando vontade a qualquer comum cidadão que estando constantemente fustigado pelos impostos a pertencer a esta classe dadas as regalias e atenções pelos políticos.
                Mas afinal o que é uma família carenciada? Onde estão, como vivem ou como se reproduzem… é um enigma para a minha mente ignorante, neste aspecto sou uma besta completa, a minha vida é uma constante luta para sobreviver, pago impostos, ganho menos actualmente do que ganhava á 10 anos bem como trabalho também menos, mas pertenço á actualmente classe privilegiada dos que têm trabalho, ou pelo menos pensava que pertencia a uma classe privilegiada, depois de ver as propostas eleitorais de todos os partidos da nossa praça pelo meu concelho e alguns limítrofes, reparo que há uma classe em Portugal que tem mais benefícios do que a “minha”, e ao que parece a tudo tem direito e pouco ou nada tem a dar á sociedade.
                 Será que o termo de família carenciada aplica-se aquelas pessoas que vão á igreja ou a associações humanitárias similares, buscar alimentos e para os transportarem chamam um táxi? Será que são aquelas famílias que deixam os filhos á fome e os mandam para a escola sem o pequeno almoço por alegadamente não terem o que comer, mas os pais e até algumas crianças exibem telemóveis smartphones, tablets, e consolas de jogos portáteis melhores do que os elementos de famílias consideradas normais? Será que são aquelas famílias que dizem estar desempregadas, mas em vez de irem tentar procurar trabalho os vemos o dia todo em esplanadas de cafés o dia todo? Será que são aquelas famílias que apesar de terem consciência de não terem capacidades monetárias para terem um único filho em condições dignas, ignoram esse facto e reproduzem-se desmesuradamente apesar de todas as facilidades de controlo de natalidade que possuem (planeamento familiar) bem como evitar a gravidez certa através de aborto, mas que vêm desta forma um meio de terem mais do estado sem grande esforço seja através dos abonos e de outros subsídios? Desculpem a minha ignorância e estupidez no entanto todos estes casos apesar de serem meio abstracto, são casos de famílias que são consideradas carenciadas e que pertencem a círculos bem próximos de mim.
                 Em vez de se reconhecer e premiar o esforço de muitos em tentarem levarem a vida de uma forma digna e dependerem o mínimo do estado, e ao mesmo tempo o financiarem através dos impostos, a classe politica e o estado premeia e de que maneira quem nada faz em proveito da sociedade, bem pelo contrario premeia quem a parasita, todos que apenas consomem os poucos recursos que a muitos custa a pagar, as chamadas famílias carenciadas se em alguns casos até são injustos a maior parte da classe beneficiaria não passa de uma classe exploradora a quem insistem continuar a beneficiar sem pedir nada em troca, se não têm condições deveriam controlar as coisas e não esperar que o estado os compensem pelas incompetências que produzem, é no mínimo caricato mas o mesmo estado que não pode proibir uma criança de nascer porque não é dono do corpo de acéfalas é o mesmo que depois tem de criar e educar os filhos dos mesmos, isto sem qualquer tipo de penalização para os pais das crianças, que continuam a ser os coitadinhos carenciados habituais.
                 Cada vez mais tenho a noção de que carenciado sou eu, passo a vida a trabalhar, não tenho nada do estado e se quero um sitio para viver tive que ir pedir emprestado ao banco, só pude ter um filho (embora nem esperasse ter mais) pois é a única forma de poder dar uma vida minimamente digna a todos os elementos do agregado familiar, e no fim do mes não tenho dinheiro… não vou almoçar ou jantar fora, não frequento cafés, não tenho bens de luxo ou acima das minhas posses, no entanto para o estado sou uma família com poder económico… isto apenas porque luto para ter alguma coisa, e se todos decidíssemos passar á classe de família carenciada? Se calhar no meu caso seria apenas por uma diferença de muito pouco, e muita gente que conheço também iria ganhar imenso com essa condição… seria sustentável? Se calhar não? Quem iria sustentar o sistema se ninguém descontasse? Mas a minha vontade é mesmo deixar de lutar por uma vida melhor, tenho tudo na mesma deixando de trabalhar, tendo filhos como se não houvesse amanhã sem os ter que sustentar ou cuidar deles, e no fim ainda me dão comer e uma casa a um custo muito reduzido por ser uma família carenciada… é um caso a pensar sem duvida.


NAKED MAN

segunda-feira, 21 de outubro de 2013


ACORDO ORTOGRAFICO, A LINGUA SOMOS NÓS




                  Descobri desde muito cedo, que uma língua não deve ser ratificada por decreto, quando tive uma professora primaria que era de uma região de Portugal no caso beira interior que quando pronunciava a palavra “agua” dizia antes “iagua”, o que a bem dizer diga-se vindo de uma professora eu e os meus colegas começamo-nos a questionar se quando escrevêssemos a palavra se faríamos como as anteriores professoras nos ensinaram ou reproduzíamos a palavra em causa num ditado… obviamente que escrevemos sempre “agua”, mas a duvida instalou-se, o que é certo é que mesmo dentro de um país tão pequeno como Portugal, há varias “línguas” sob forma de pronuncias, todos temos uma forma característica de falar em que são aplicados termos e palavras que noutro lado não são usados ou pronunciados no entanto no meio de tudo todos cometemos erros ao dito português correcto, pois as pronuncias obviamente têm falhas linguísticas como é o caso do exemplo da “iagua” sem que no entanto as pessoas se importem ou estejam na realidade a falar mal.

                     A situação complica-se dado que a língua portuguesa é uma das 5 línguas mais faladas no mundo portanto se em Portugal há tanta pronuncia e uma mescla de línguas imagine-se no mundo e em regiões tão diferentes como em Africa e na América do Sul, obviamente a língua portuguesa é idêntica mas tem diferentes formas de ser falada e com pronuncias diferentes, o que tentam com o acordo ortográfico que tanta polémica tem suscitado é regular a língua por decreto de modo a encurtar as diferenças linguísticas como já ocorreram em outros acordos ortográficos, ou pelo menos é esse o grande argumento dado pelos defensores da causa, grandes académicos estiveram por detrás deste acordo que os detractores acusam de ter Portugal cedido aos interesses dos outros países lusófonos principalmente do Brasil, pois muitas das palavras e regras impostas são quase um decalque da pronuncia brasileira.

                       Mas o problema está mesmo aí, mas afinal a que parte do Brasil se refere? No acordo ortográfico uma das medidas que se tomaram foi a de eliminar as consoantes mudas como actor em que o C é eliminado passando a escrever-se ator, ou recepção passando a ser receção neste caso o P é eliminado, mas o problema está exactamente aí os brasileiros de algumas regiões tal como as há em Portugal, pronunciam até de uma forma bem carregada as consoantes que no acordo querem que sejam mudas, e então? O que se faz nestes casos?

                       Sou contra o acordo ortográfico na sua essência, por não haver uma clara evolução da língua mas tentarem por decreto “obrigar”, vários países a adoptar um acordo que não tem pés nem cabeça, o português varia pelo mundo como na própria origem ou seja em Portugal, dentro de Portugal há varias “línguas” próprias de cada região e pronuncias, bem como em muitos países africanos e mesmo no Brasil, agora tentar igualar por decreto uma coisa inigualável, levando mesmo a uma enorme mescla de disparates, falam em consoantes mudas por exemplo, e quem as pronuncia? Deixa de falar português?

                        Será que se passa a censurar povos que têm a sua pronúncia ou escrevem da forma como falam ou como sempre aprenderam apenas para dar a ideia de que o português passa a ser uma língua mais moderna? Acho engraçado os que defendem o acordo virem a terreiro dar exemplos estúpidos como por exemplo no acordo anterior terem-se eliminado determinados caracteres para definir uma palavra como por exemplo o caso de pharmacia passar a escrever farmácia que foi uma evolução, sim é um argumento interessante, mas por exemplo se calhar estes defensores escrevem pharmacy em inglês e são capazes de escrever whisky em vez de uísque (que é a tradução feita para português), ou seja somos nós que somos a língua e não um decreto que deve obrigar a escrever ou a falar de determinada maneira, daí eu ser contra, portanto vou continuar a escrever segundo a ortografia que me der mais jeito e não aquela que me tentam impingir, se em alguns casos até pode haver regras que até podem ser aplicadas sem grandes problemas nem colocam qualquer entrave, há outras que são uma verdadeira idiotice.

                            Depois temos ainda mais um problema os países africanos, não ratificaram o acordo, e o Brasil está neste momento renitente, apenas Portugal defende uma coisa completamente aberrante e sem nexo, vão fazer vigorar um acordo que mais parece uma lei dado que se vai arriscar a ser o único a promulga-lo e a cumpri-lo pois se o Brasil recuar os países africanos esses estão-se a cagar para o acordo, têm mais do que se preocupar do que impingir uma língua que se calhar nem nunca será falada por aquelas bandas, mas que é considerada a língua oficial, já para não falar nos problemas a nível de ensino e educação que eles têm por lá, portanto só mesmo Portugal para embarcar numa historia destas, por muitas idiotices do género desta hoje estamos a pagar a factura, deixem as pessoas falarem o que quiserem e escreverem como quiserem impor uma língua como certa é o maior dos erros pois não há uma língua igual para todos, todos falamos uma língua muito idêntica, mas muitas vezes bem diferente, mas no fundo todos nos entendemos para quê complicar?



NAKED MAN

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

EDUCAÇÃO PARA TODOS



             De cada vez que se discute o tema educação há sempre uma enorme polémica com o ensino publico vs privado e toda a diferença entre o mesmo, nomeadamente a qualidade e as diferenças, neste estado social peneirento que é Portugal, há logo um enorme coro de criticas contra o ensino privado ou mesmo algum tipo de ensino publico que se destaca pela qualidade de excelência, pois alega-se que os filhos dos ricos ou com melhor condição económica “safam-se” melhor e têm melhores condições do que os filhos de quem tem menores condições económicas.
               No entanto aí é que está uma teoria totalmente errada, seria isso obvio se todas as crianças que estão no ensino em Portugal estivessem institucionalizadas ou seja o estado é que tinha a guarda e responsabilidade pelos mesmos, obviamente distinguir crianças estando todos sob batuta do estado é que seria obviamente errado, sendo portanto este cenário totalmente descabido e irreal, não há forma de igualar o inigualável, ou seja mesmo no ensino publico universal, e sem mais diferenças há diferenças, não no meio curricular mas sim no meio não curricular e isso a médio longo prazo será determinante e muito no sucesso ou insucesso dos mesmos alunos, mas disto ninguém fala prefere ser demagógico a realista.
              Ou seja o que muitos defensores ferrenhos quase defendem com a vida é dar condições iguais a todos os estudantes, não permitindo que haja diferenças em nada por muito competentes que sejam os professores numa escola publica ou diabolizar todos os resultados do ensino privado como sendo desiguais, é como se numa corrida fizessem o líder da corrida ter que abrandar ou mesmo parar na ultima volta de modo a que o ultimo cortasse a meta ao mesmo tempo no final, se esta visão já de si é idiota e estúpida, na vida real as coisas passam-se da mesma forma.
               Tal como no desporto em que uma equipa “oficial” sobressai sobre todas as outras porque dispõe de meios financeiros mais avantajados, o que acaba por se repercutir nos resultados seja através de melhor material seja na possibilidade de ter mais testes, na vida real e no ensino as coisas serão idênticas, ou seja por muito que os paranóicos do estado social venham apregoar e diabolizar a igualdade do ensino e criticar as diferenças no mesmo, essas diferenças serão sempre visíveis, mesmo que o ensino seja igual para todos quem têm mais posses económicas terá sempre mais vantagem do que os que não têm essa capacidade ou seja, por muito igualitários que estejam na escola em si estão em posições diferentes logo a nível de material escolar, e mais nas actividades extra curriculares.
                Aí está toda a diferença, ou seja ninguém com o juízo no sitio vai afirmar que uma criança com apoio extra curricular está em igualdade de circunstancias perante crianças de idade equivalente sem qualquer apoio alem do que a escola disponibiliza, e aí as diferenças económicas de cada pai marca pontos, há crianças que têm inglês desde a idade que começam a falar, outras praticam desportos vários desde tenra idade, outros praticam actividades musicais e culturais inacessíveis seja pelo elevado preço dos acessórios ou materiais seja pela pesada mensalidade dessas mesmas actividades, e claro como querem que haja igualdade no ensino?
                Sim só mesmo alguém sem inteligência pode dizer ou melhor acreditar que o ensino é igual para todos inclusive na escola publica isto já a descontar o nível e acompanhamento a nível privado, o ensino pode ser igual mas nem todos estão ao mesmo nível pois há uns que estão melhor preparados do que os outros, para as disciplinas e claro terão sempre vantagem ao longo do ciclo escolar obviamente, estas pessoas têm a ilusão de tentarem a todo o custo de nivelar o ensino por baixo de modo a dar condições a quem supostamente não tem o mesmo poder económico mas nunca terão sucesso pois quem não tem poder económico a não ser que seja acima da media e consiga suplantar as dificuldades por si só ou então se for mediano nunca terá sucesso pois estará sempre em desvantagem, pois alem de já de si entrar a perder logo no inicio com o nível de ensino dos colegas ao longo dos tempos esse fosso torna-se desmotivante levando muitos a desistir, depois temos que contar com um factor a que a todos esquece ou tentam ignorar o factor família.
                Pois é exactamente o factor família o factor de maior diferenciação no meio escolar e académico e é determinante no sucesso ou insucesso de uma pessoa, lembram-se do meu exemplo idiota de dizer que para haver igualdade total entre todos apenas institucionalizando as crianças se poderia obter igualdade não é verdade? Pois bem as famílias são o factor mais determinante para a obtenção de resultados, se para uma família uma criança apenas serve para ser “depositada” na escola na esperança que de lá saia um génio isso é ainda mais idiota do que institucionalizar a mesma, uma criança requer muito trabalho e atenção e obviamente que dependendo do poder económico de cada um a criança pode ou não frequentar ou ter acesso a um nível de educação que pode ser útil uma vez no meio escolar, e esse enriquecimento só pode ser obtido pelo nível de actividades extra curriculares (desde que não haja exageros obviamente) a que cada criança tenha acesso, e aí sim os resultados poderão aparecer, não se espere que uma criança tenha um extremo gosto pela leitura se não vê nem o pai ou a mãe a pegar num livro…
               Portanto as melhores equipas ganham sempre no desporto porque têm melhores condições, os alunos triunfam obviamente quando têm as melhores condições, por muito que as regras sejam iguais para todos, o nível de preparação entre eles é diferenciado desde muito cedo e claro que vai haver sempre diferenças entre iguais, e essas diferenças começam logo no factor família e em como essa família aborda a criança podendo ou não ter condições para lhes dar o melhor, obviamente que há muitos pais que querem mas não têm posses para lhes dar o melhor, mas a vida é assim, vivemos numa sociedade estratificada socialmente e claro não se pode impingir igualdade por decreto, não vivemos num país comunista e até nos países comunistas há estratificação social, deviam-se sim as pessoas preocuparem-se mais com o rigor e a qualidade do ensino do que facilitar o máximo de modo a dar “condições” muitas vezes virtuais a todos os alunos de modo a poderem almejar a um curso superior, é que qualificar por “baixo” pode ser socialmente bem visto, mas na pratica um desastre pois forma muita gente sendo muitos sem qualidade, apenas para dar a ideia de que todos podem triunfar no ensino.



NAKED MAN

segunda-feira, 14 de outubro de 2013


O CRESCENTE DESRESPEITO PELA CLASSE POLITICA



                     Ultimamente temos assistido um verdadeiro achincalhar da classe politica em Portugal, que em minha opinião talvez com o tempo a situação passe a ser generalizada e corra o risco a tornar-se banal, ou seja os actuais impropérios e insultos aos governantes de hoje passarem a ser iguais ou piores aos governantes de amanhã.

                     A classe politica é mal vista em Portugal aliás como deve ser pelo mundo no entanto, nenhum país pode existir sem ter um governo ou alguém que o governe ou seja sem ninguém no comando de um país pura e simplesmente é a anarquia, portanto é ponto assente que os políticos e governante são um mal necessário, e não pense o cidadão comum que se estivesse no lugar de muitos que governam ou têm cargos directivos em entidades publicas, fariam melhor ou diferente porque não, o cidadão português fala sobre muita gente no entanto faz exactamente igual quando pode ou alcança determinada posição.

                     Mas o insulto fácil e gratuito que actualmente estamos continuamente a assistir está-se a tornar nauseante, se grande parte destas manifestações são organizadas e executadas por sindicalistas parasitas que não sabem o que é trabalhar á muito e que vivem das cotas pagas pelos verdadeiros trabalhadores que os financia, a sua generalização está a permitir que a grande maioria da população alinhe por um caminho que pode não ter regresso e cada vez vai contribuir para a continua falta de qualidade da classe politica em Portugal.

                      Ou seja quando um partido é governo e é achincalhado a oposição assiste impávida e serena, o pior é que com a alternância democrática a oposição de hoje passa a governo amanhã e vai ser continuamente achincalhado e insultado na mesma em proporções cada vez maiores e em maior numero, e o pior é que a democracia é dar a voz á população mas não pode passar para a fase do insulto pois toda a gente que passa para a agressão deixa de ter motivos validos, porque será que quem insulta não faz? Muitos dos que insultam e se revoltam contra os “bandidos” do governo, nem na sua vida privada conseguem-se governar quanto mais atirar pedras a quem tenta fazer alguma coisa, as manifestações são importantes e causam impacto quando são pacificas quando passa para o lado da agressão e insulto deixam de ter impacto, passam a ser vistas não como manifestações mas com o arruaças.

                      Com o evoluir dos tempos e com a crescente falta de educação a que todos os dias assistimos temo que estas manifestações passem a ter consequências mais graves, será que ninguém parou para pensar se nada nem ninguém fizer alguma coisa que coloque algum travão a estas praticas cada vez mais vai afastar alguns políticos que talvez tivessem alguma qualidade deixando apenas para nos governar cada vez mais políticos incompetentes, como disse no inicio a classe politica nunca irá acabar desengane-se quem pensar o contrario, se continuarem com as mesmas formas de manifestação que actualmente assistimos o que pode acontecer é fazer com que cada vez tenhamos como governantes cada vez mais incompetentes e inexperientes, quem tem capacidade e alguma competência tem mais para onde ir do que se sujeitar a insultos e agressões, será que alguém alguma pensou desta forma?



NAKED MAN

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

AUTARQUICAS 2013 O RESCALDO


                O festival autárquico finalmente acabou, e se no geral aconteceu o que se esperava ou seja a derrota monumental do PSD, não aconteceu outra das previsões a vitoria esmagadora do PS, é assim o PS ganhou bastantes câmaras chegou ás 150, no entanto perdeu para a CDU câmaras importantes, portanto a vitoria do PS foi mais relativa do que real.
                 Mas as autárquicas deste ano foram atípicas, houve um sentimento generalizado da oposição em nacionalizar o que de si não é nacionalizavel, ou seja o poder local o que conta acima de tudo é a pessoa e não o partido ou a ideologia geral que esse partido representa, sendo que as pessoas devem votar no partido ou grupo de cidadãos que tenham um programa eleitoral que vá mais ao encontro de cada eleitor, e colocar o partido para trás, aliás sempre assim foi, terras que de certo modo sejam alinhadas com determinado partido para as eleições nacionais e europeias, sabem colocar o alinhamento partidário de lado na altura de votar para a sua câmara municipal e para a sua junta de freguesia, se estou assim tão enganado então porque se justifica tantas vitorias da CDU a nível local e o resultado a nível nacional ser meramente residual nessa comparação? Portanto ver lideres partidários e alguns candidatos alinharem num discurso de que votar no PSD era o mesmo do que colaborar com o governo foi demasiado nojento tal argumento, gostava de ver daqui a 4 anos quando o PS ser governo e tiver que alinhar em medidas em tudo idênticas ás de que o PSD hoje alinha (lembrem-se das eleições de França ganhas pelo PS e que diziam ser a salvação da Europa e até hoje nada se viu de diferente), e o PSD vir dizer o mesmo de certeza que a resposta será de que eleições locais são diferentes das nacionais… ou seja na oposição há uma teoria uma vez no governo há outra.
                    O que é certo é que se há vencedores na noite eleitoral (e é que os houve), devemos destacar a subida de câmaras por parte do PS, temos de destacar 2 partidos que de facto elevaram a sua votação a CDU que voltou a ter as câmaras de Loures, Évora e Beja entre muitas outras obtendo em muitos anos um resultado relevante a esse nível e o CDS embora neste caso o numero de câmaras conquistadas foi mais por falha do PSD do que por mérito do CDS, no entanto ninguém pode ignorar um resultado inicial de 1 câmara passar a ter 5, e para mim o grande vencedor da noite e talvez mesmo o verdadeiro vencedor foi Rui Moreira no porto com uma candidatura independente segundo muitos sectores a única verdadeiramente independente entre todas as que concorreram ás câmaras, é que vencer na 2ª maior cidade portuguesa contra dois partidos de governação é obra isto quando não tiveram qualquer apoio e nenhuma sondagem dava a entender do resultado final, é um sério aviso aos partidos que os mesmos teimaram em ignorar, mas é um sinal de que candidaturas independentes vieram para ficar e esta foi a maior prova de que com uma campanha simples e directa se chega muito longe, já o caso de Costa em Lisboa não foi uma vitoria já esperada e até certo ponto justíssima.
                    Como grandes derrotados devemos destacar, quem concorreu pelo PSD em algumas zonas e alguns dos chamados dinossauros como Luís Filipe Menezes, Fernando Seara e Moita Flores, com isto se provou que o povo não vai em tudo o que se lhe é posto á frente e da maneira como se lhe é posto, aliás em Oeiras aconteceu um dos melhores exemplos disso em o povo ter escolhido uma candidatura com o nome de uma pessoa que se encontra presa (Isaltino Morais), ou seja os partidos devem pensar bem na próxima vez na escolha dos nomes para as candidaturas pois o povo pode-se fazer de parvo mas não é parvo e não alinha em tudo o que lhe é proposto, para o PSD foi uma lição, é que não se podem escudar só que esta derrota foi fruto do facto de serem governo, a derrota foi muito por culpa de uma estratégia completamente idiota e feita quase em cima do joelho, os eleitores perceberam isso.
                   Outros dos grandes derrotados foi o Bloco de Esquerda que fez o papel normalmente destinado á CDU ou seja não admitir a derrota perante nenhuma evidencia, e a derrota foi por demais evidente, alem de ter uma votação paupérrima, perdeu a câmara de Salvaterra que até então detinha e não elegeu nenhum vereador em Lisboa no qual um dos seus lideres concorria no caso João Semedo, ou seja foi uma derrota em toda a linha no entanto em vez de assumir a derrota decidiram antes demais em salientar a derrota dos outros nomeadamente do PSD, é engraçado no mínimo.
                    Portanto e para terminar, devo dizer que estas eleições tiveram muitas coisas sui generis, primeiros as campanhas eram pobres nalguns casos o que propunham eram autênticos cheques em branco noutros as propostas eram no mínimo hilariantes e irreais, mas o facto de os meios de comunicação social terem que ignorar as campanhas devido a lei das igualdades entre todos os partidos e as respectivas coberturas de campanhas e debates imposto pela comissão nacional de eleições e os meios de comunicação social decidiram pura e simplesmente ignorar todas as acções de campanha, um claro sinal de que os legisladores terão de ter mais cuidado na altura de fazer as leis pois por vezes uma teoria quando aplicada no seu total pode ser bem sinistra como foi o que aconteceu nestas eleições.



NAKED MAN

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O FUTURO É HOJE



                   Muitas vezes publicitariamente ou mesmo de uma forma mais profissional é-nos dado a conhecer produtos que dizem ser inovadores e o futuro, mas que após algum tempo vai-se a ver e dá num rotundo fiasco.
                   Sim, muitas vezes somos enganados e levados a adquirir um produto apenas porque é dada a ideia de que o que hoje em dia há vai passar a tornar-se obsoleto, dou um exemplo, na discografia, houve a grande evolução do disco que depois tornou-se cassete, sendo uma obvia evolução dado que com uma cassete podia-se adquirir um aparelho e levar a musica para todo o lado, o som poderia não ser tão genuíno como no disco, mas no entanto compensava com o fácil transporte, com o aparecimento do compact disc (cd) veio fazer uma enorme revolução pois conseguia-se o verdadeiro dois em um, tinha um som inigualável e poderia-se transportar de um lado para o outro, mas daqui para a frente é o problema se adensou, o que iria substituir o cd?
                    De facto a revolução e massificação da venda da musica através de cd foi brutal, e logo se especulou o que seria o futuro, a primeira saída foi o mini cd ou seja um cd mais pequeno que supostamente seria mais pratico de transportar pois o leitor seria invariavelmente menor ao leitor de cd´s portátil na altura, logo apareceram iluminados com sugestões e previsões, mas no entanto o que vingou foi o aparecimento de aparelhos que não precisavam de nada mais do que uma memoria interna para anexar musicas hoje vulgarizados como leitores de mp3, ou seja o formato físico da musica acabava bastava fazer download da musica na Internet para o aparelho ou ter o disco em casa e passar a musica e facilmente sem grande espaço levava-se a musica para todo o lado.
                      O que quero dizer e fazer chegar é que nem tudo o que ouvem dizer como revolucionário e o futuro de facto o é, este exemplo da musica foi um exemplo flagrante, se muitos diziam que o futuro passava por reduzir cada vez mais o tamanho dos discos quando o futuro de facto foi a inexistência física de discos ou dispositivos similares, aliás hoje em dia tudo a nível de som e imagem é processado por dispositivos de elevada memoria como pen drives ou mesmo discos rígidos externos, deixando o vulgar cd ou dvd de ser necessário, hoje em dia inclusive o próprio leitor de mp3/mp4 já caiu em desuso pois qualquer telemóvel de ultima geração já faz a vez desses leitores podendo qualquer pessoa sem grande esforço e mesmo com imensa facilidade levar musicas, fotos e vídeos para qualquer sitio sem a necessidade de transportar imensos equipamentos, aliás um vulgar telemóvel já comporta funcionalidades de 4 a 5 aparelhos diferentes.
                       Eu ao dizer que não devemos acreditar em tudo o que nos dizem ser inovador, não quero com isto dizer que tudo o que dizem é errado, algumas teorias vêm-se a revelar verdadeiros fiascos mas também não devemos subestimar totalmente, um dos exemplos maiores a nível industrial de subestimar uma inovação foi o caso recente da NOKIA em que desvalorizou totalmente a produção e desenvolvimento de smartphones, a Nokia era a empresa líder na produção de telemóveis e praticamente eram imbatíveis fosse na qualidade dos aparelhos como eram imbatíveis na programação dos mesmos, praticamente não se vislumbrava o fracasso desta empresa pois em poucos anos passou a ser reconhecida como a líder na produção e desenvolvimento de telemóveis, o problema foi quando a Apple lançou o iphone entre outras empresas concorrentes com o lançamento de smartphones, a Nokia ignorou inicialmente o sucesso que seria a venda destes aparelhos (que de facto sou um dos maiores fans), e literalmente perdeu o comboio, de líder de vendas hoje em dia é uma empresa praticamente no extremo oposto, apenas sendo líder na venda de aparelhos de segmento baixo e não tão rentáveis como os aparelhos hoje em dia em voga, quando “acordaram” já era tarde e todos os aparelhos que lançaram desde então estão vários passos atrás da concorrência alem do mais de que os utilizadores passaram a reconhecer mais os aparelhos em questão pelos sistemas operativos do que pelas marcas dos próprios aparelhos e claro o mundo a este nível passou a ficar virado ao contrario.
                          Ou seja o futuro são as próprias pessoas que o definem e não os grandes pensadores, o que uma pessoa pode julgar ser o futuro de facto não é a realidade é apenas a visão do próprio, o problemas é que muitas vezes as pessoas são levadas ao engano pelo embuste da publicidade e do que julgam ser a verdade, mas que de facto não se apercebem que o sucesso ou insucesso de uma moda, tendência ou produto depende de todos e não apenas de quem afirma, ou seja o presente é a única forma de se preparar o futuro um produto pode de facto ser radicalmente inovador mas se o publico não aderir está condenado ao insucesso, bem como o seu contrario pode ser possível, uma coisa completamente desnecessária passar a ser completamente fundamental á vida de uma pessoa.
                          Acima de tudo devemos primeiro não ir a reboque de ideias vagas primeiro temos que ter consciência se de facto precisamos daquilo que dizem ser o futuro, depois se possível usar ou experimentar o produto e só depois optarmos pela sua aquisição, ao longo da historia muita gente teria poupado imenso dinheiro se apenas comprasse o que necessitaria em vez de comprar por impulso, para muitos ignoram por completo que são eles próprios que são o futuro e não os grandes génios que o determinam cuidado com o que ouvem e lêem, primeiro pensem por vocês próprios é no aproveitamento da ignorância e estupidez de muitos que alguns vão sobrevivendo calmamente.


NAKED MAN

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O MERCADO DA SAUDADE



                  Com a crise, muitas marcas estrategicamente regressaram para despertar do chamado mercado da saudade ou seja as velhas marcas da nossa infância que nos marcaram em tempos e que entretanto saíram do mercado ou por estratégia de mercado fosse pelas empresas que as detinham terem entrado em dificuldades financeiras, o certo é que cada vez mais que vou ao supermercado vejo marcas que me recordam os tempos da minha infância.
                  É certo que esta estratégia até dá certo pois de vez em quando tenho o chamada apelo da saudade e compro as marcas antigas em detrimento das que habitualmente comprava, mesmo sabendo que algumas não têm o sabor e a qualidade de outrora embora muito similares, no entanto se em alguns casos percebi que pelas dificuldades financeiras muitas marcas tiveram de sair do mercado ou pelo fecho de fabricas ou mesmo por não terem como escoar o produto devido ao “ataque” das marcas brancas, noutros casos foi uma estratégia do próprio grupo que não atravessando qualquer dificuldade económica decidiu retirar a marca do mercado sem ter dado ouvidos aos clientes e hoje com a crise e com a realidade das vendas baixarem decidirem “voltar” com as marcas antigas com o intuito de conseguirem minimizar as perdas até porque alguns dos produtos eram únicos.
                   Esse foi exactamente um problema que me confrontei há uns anos, eu nunca tolerei muito bem o leite puro e para beber leite tive sempre de juntar um achocolatado ao leite, e dado que nunca fui um grande apreciador de açúcar e os achocolatados serem muito carregados dessa substancia, o único que se adaptava á minha condição era o MILO da Nestlé (um grupo que dispensa apresentações) durante anos usei este produto único no mercado (dado que era um achocolatado com um teor mínimo de açúcar) e que de um momento para o outro a Nestlé decidiu retirar do mercado deixando um espaço em vazio, isto sem ter sequer prestado um esclarecimento ou pedido a opinião aos consumidores, aparentemente a marca alegou que o volume de vendas era ínfimo, esse argumento se calhar era um embuste pois se não tinha expressão de vendas porque agora decidiram relançar a marca MILO? O problema e que a mim e se calhar a muitos como eu ficaram sem qualquer alternativa no mercado, eu no meu caso ainda tentei ir de marca em marca mas todas tinham carradas de açúcar, até que tive de optar por cereais solúveis com ou sem café incorporados, não tinham açúcar e desse modo colmatava o meu problema com o leite.
                    Hoje deparo-me com o relançamento da marca MILO, se em alguns casos já dei por mim a comprar refrigerantes capri-sonne, pastilhas gorila, chocolates Regina, etc., pois o meu apelo da saudade é activado e no fundo até nem foram produtos que saíram completamente do mercado mas que devido a alguma contingência financeira deixaram de poder ser tão expostos como outrora, neste caso em particular deixa-me revoltado pois senti que a marca não respeitou os interesses do cliente mas apenas decidiu por seu belo prazer o que os clientes deveriam ou não ter, e neste caso não vou comprar este produto por muito bom que ele seja, até por acaso já ouvi que o MILO de hoje é bem diferente do de outrora apesar da marca garantir que a formula é exactamente igual, no entanto de um cliente fiel e defensor da marca passou a ter menos um cliente dado que entretanto já me habituei aos cereais solúveis, não me estou a ver a voltar aos achocolatados.
                     As marcas deveriam ter mais respeito pelos consumidores, podem lançar produtos inovadores mas deveriam ter respeito pelos produtos que já estão no mercado, uma coisa não inviabiliza a outra, e se um produto se aguenta com sucesso no mercado deveria ser mantida ad-eternum dado que a qualidade desse mesmo produto é reconhecida pelos clientes, e se um produto entretanto lançado não alcançar o mesmo sucesso não é que tenha menos qualidade mas porque os consumidores não aderiram e não devem os grandes grupos manipular o gosto dos clientes ao seu gosto tirando os produtos antigos do mercado apenas para forçar os consumidores a comprar o que houver, até porque isso pode ser sinistro num futuro próximo que até é o que está a acontecer ao grupo Nestlé, em tempos de crise também estão a sofrer as consequências do menor consumo, então têm esta ideia de génio que é tirar os produtos de sucesso de outrora da “cartola” para ver se os “asnos” dos clientes pegam de novo, no meu caso estão lixados.
                      Quanto a outras marcas vou continuar a comprar sempre que encontre dado que os produtos são em tudo idênticos aos de outrora, desde que as marcas em questão não tenham tido a atitude arrogante como foi o caso da Nestlé, pois se o argumento para a retirada do mercado fosse valida não lhes valia de nada relançar o produto no mercado pois se na altura o conceito não pegava agora então o conceito era completamente inexplicável, pois o MILO é e era produto único.




NAKED MAN