POR ONDE ANDAM OS GENIOS DA GESTÃO EM PORTUGAL
Em tempos não muito distantes tínhamos
em Portugal algumas empresas que tinham algum peso no país, essas empresas eram
geridas pelo que nos “vendiam” na altura com excelentes gestores, tudo corria
bem aparentemente a esses gestores alguns eram até presenteados com prémios tipo
“óscares” do cinema mas para a gestão excelente que faziam a essas mesmas empresas,
nos meios de comunicação social
exultavam estas figuras e davam a entender aos portugueses que tínhamos uma
sorte enorme de termos verdadeiros génios da gestão em Portugal, deste o setor
das telecomunicações em que um gestor era sempre agraciado com prémios sobre prémios
para a sua gestão e claro também pago com chorudos bónus da excelente gestão
que fazia, ao setor bancário em que tínhamos segundo muitos meios de
comunicação social os melhores banqueiros do mundo… havia um que até tinha a alcunha
de DDT (Dono Disto Tudo) tal era o poder e prestigio que detinha.
E claro tudo isto era possível com
um governo e primeiro ministro genial e com um sentido de comunicação fora de
serie, Portugal era uma espécie de oásis da gestão mundial… pena ser um cronico
país subdesenvolvido, pois tirando os excelentes gestores que possuíamos parecia
que todo o resto da população era estupida que nem paredes e claro os
excelentes gestores não podiam sozinhos mudar o país… e assim se vivia
alegremente neste país á beira mar plantado… até que um dia veio-se a perceber
que todos os génios da gestão em Portugal exerciam o seu trabalho numa espécie de
casino de amigos em que tudo estava interligado entre governo… empresas e
bancos, numa crise que começou nos EUA, mas que atingiu Portugal de uma forma
estrondosa, colocando a nu todas as nossas fragilidades.
Tudo ainda não foi completamente
explicado aos portugueses, nem sei se algum dia será, mas muitos perceberam que
os grandes génios da gestão afinal não mais eram que meros peões num jogo de
sorte e azar em que a sorte ficava do lado deles… o azar para todos os
portugueses que tiveram que pagar pelos jogos que eles faziam a gerir essas
empresas… e ainda irão pagar em futuras gerações, num ápice o país que tinha ou
melhor supunha que tinha empresas fortes pelo menos no mercado interno afinal
estavam falidas ou em vias disso, hoje em Portugal para que tenhamos noção a
coisa provavelmente só temos a Galp como empresa com algum prestigio e poder em
Portugal, a PT foi vendida a um grupo estrangeiro, a EDP foi vendida ao governo
Chines, vários bancos faliram sendo que o que mais estrondo provocou foi o caso
do BES, de um momento para o outro Portugal viu-se completamente nu em termos
de força empresarial e de finanças, mas o curioso é que nunca mais tivemos
gestores do gabarito do que antes nos diziam que tínhamos, aliás curiosamente
nem na crise anterior nem na atual temos sequer alguém que se destaque pela
genialidade… pelos vistos os grandes génios só o eram porque eram alavancados e
á grande pelo poder politico na altura num jogo de amigos em que todos saiam a
ganhar… menos os portugueses está-se a ver.
NAKED
MAN
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