O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

REFERENDOS


              Apesar de não serem muito utilizados em Portugal, e por vezes até algo desprestigiados, os referendos são a base da democracia popular, em nada na democracia é tão importante do que consultar a opinião pessoal dos eleitores sobre a opinião de quem os representa, ou seja apesar de ser eleita uma assembleia da republica com votos dos eleitores nem sempre as leis aprovadas pelos mesmos vão ao encontro de quem os elegeu, muitas vezes até muito projecto de lei aprovado ou reprovado nem sequer vêem nos programas eleitorais obviamente, portanto há assuntos em que se vê a necessidade de recorrer á vontade do povo para se aprovar ou reprovar uma proposta de lei, em Portugal das poucas vezes que foi necessário referendos o povo português soube decidir no meu ver bem apesar de um dos referendos ter ganho uma facção diferente a que apoiava.
                Como acabei de dizer tanto no referendo á despenalização do aborto como a da regionalização, os portugueses souberam decidir ponderadamente, apesar da grande maioria dos eleitores ignorar a importância cabal de tal acto, é curioso todo um país quase “matar” a classe politica por más praticas e desrespeito para com os eleitores e quando são chamados a pronunciarem-se pois um referendo é a decisão popular acima da politica, abstêm-se, mas em todo o acaso quem foi votar decidiu de uma forma até ponderada, se no referendo do aborto eu era a favor e ganhou o não, anos mais tarde os portugueses voltaram a ser chamados para referendar de novo e ganhou o sim, mas entre estes 2 referendos houve uma clara melhoria de alguns serviços e uma clarificação de varias consciências, talvez o não inicial até serviu para muitos portugueses reflectirem bem no assunto e não tratarem-no vulgarmente, no caso do referendo á regionalização eu era contra e ganhou exactamente o não e como a historia veio a provar com esta crise económica sem precedentes, se Portugal tem sido regionalizado em vez de uma região autónoma da madeira falida teríamos 8 regiões falidas (tal e qual a Madeira) e um país na miséria total… não na miséria em que chegamos mas numa verdadeira situação de miséria, para observar basta olhar para a vizinha Espanha e reparar a situação económica de algumas regiões.
                 Agora há a possibilidade de haver mais um referendo pela co-adopção e adopção por casais homossexuais, e que imensa polémica está a gerar, afinal qual é o medo? Como em tudo na vida vai haver quem seja a favor e haverá quem seja contra, e como numa democracia deve imperar a vontade da maioria e não de uma quantidade de deputados que apesar de representarem a população não representam a vontade da mesma antes mais a sus própria vontade, de nada vale dizer que foram eleitos pelo povo, a vontade do povo é expressa em referendo em que são chamados a responder eles próprios ás perguntas, sendo no caso 2 as perguntas pode uma ser aprovada e a outra não como podem ser ambas aprovadas ou reprovadas, não há portanto uma certezas portanto não percebo porque há tanta polémica em torno de um assunto que deve ser discutido, para aprovações de leis ambíguas por debaixo da mesa já bastou a aprovação do casamento homossexual, e como se pode ver no caso de Espanha com a tentativa do partido no poder tentar anular a lei do aborto cá em Portugal também se pode revogar a lei do casamento homossexual... a lei do aborto essa não pode ser revogada e sabem porque? Foi a vontade popular que prevaleceu, nenhum partido terá coragem de revogar uma vontade popular, no caso de Espanha a lei foi aprovada por votação em assembleia portanto também revogável pela mesma forma, daí a extrema importância da realização de referendos.
                  A verdade é que um referendo apenas é vinculativo se tiver mais de 50% de votantes na realização, o que infelizmente não aconteceu acho eu em nenhum referendo o que atesta da qualidade dos eleitores portugueses alem de ignorantes pois não entendem o que é um referendo como passam a vida a criticar a atitude dos políticos e quando são chamados a pronunciarem-se abstêm-se e chutam para canto, no entanto nenhum governo vai contra ao resultado de um referendo seja vinculativo ou não pois atesta a vontade de uma maioria, e portanto mesmo depois se for a votação os deputados acabam sempre por vincular os resultado do referendo por muito contra que estejam do resultado, mas para isso é que servem os referendos para os deputados perceberem a vontade de quem os elegeu e não a sua própria vontade.
                   Na questão actual se for o caso do referendo vir á rua o que sinceramente não acredito muito, não percebo porque quem defende o sim á adopção e co-adopção de crianças estão tão chocados e temerosos, se os seus ideais são os mais verdadeiros que se submetam á vontade popular, provavelmente temem que as pessoas em geral sejam contra, mas isso é um risco, não podem é impor leis apenas porque lhes convem ou acham na sua opinião serem as mais justas, será que será o entendimento da generalidade? Provavelmente pode não ser, não podem é vir a terreiro criticar quem não concorde ou se oponha aos seus ideais, eu por exemplo sou contra em ambos os casos, por varias razões que até poderei desenvolver numa futura crónica, aliás aqui já me pronunciei sobre este tema, mas poderei desenvolver mais as razões que me levam a ser contra embora não sendo homossexual não esteja nem nunca estive do outro lado da “barricada”, mas tal como eles defendem os seus pontos de vista eu também defendo os meus e tenho direito a opinião e ao contrario dos defensores da adopção e co-adopção eu não temo um referendo e votarei contra, mas se o sim vencer respeitarei a decisão tal e qual respeitei quem votou contra no primeiro referendo ao aborto, temo é que os defensores das causas gay não tenham a mesma reacção a um resultado negativo, tal é o medo que já demonstram actualmente.
                     Na minha opinião deveriam haver mais referendos até poderiam ser realizados por alturas de eleições normais, há muita lei aprovada que não corresponde á vontade popular, e um referendo é uma forma de consultar o povo vejo é que os políticos muitas vezes temem a vontade de quem exactamente os elege, é curioso não é? Mas também me metem impressão o nível de ignorância demonstrado pela população eleitora é que só sabem falar como se todos fossem responsáveis menos eles, quando são exactamente eles os maiores responsáveis pela eleição dos “gatunos” que tanto gostam de chamar, pois ao absterem-se estão a contribuir para a eleição por outros desses mesmos “gatunos” se todos votassem talvez a politica não fosse a bandalheira que é actualmente, mas os políticos são apenas o espelho do povo que governam o que de mais se pode esperar?



NAKED MAN

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