A MORTE DE GRANDES FIGURAS
HISTORICAS
Recentemente,
deixaram de estar entre nós algumas figuras históricas, primeiro Nelson
Mandela, que fez praticamente parar todo o mundo em volta da notícia da sua
morte, e recentemente a nível nacional e também um pouco por todo o mundo a
morte do ex. Futebolista Eusébio, ambos embora de diferentes formas foram
fundamentais para a historia mundial, e ambos foram bastante homenageados em
vida, mas na sua morte houve se calhar um pouco de exagero principalmente no
caso da morte de Mandela, o prolongamento da exéquias fúnebres por 2 semanas e
com polémicas pelo meio com um tradutor de língua gestual fraudulento, entre
outras peripécias não valia a pena prolongar tanto um acontecimento pois já em
vida, houve muito tipo de homenagens portanto dispensava-se tanto folclore em
volta de um funeral.
No caso de
Eusébio apesar de menos mediático também teve direito a um funeral com
bastantes homenagens apesar de ser a nível de tempo um funeral dito normal ou
seja o corpo velado de um dia para o outro, o único reparo foi o facto de o
funeral ter sido um cortejo praticamente por Lisboa inteira é uma figura
importante sem duvida mas tirando o pedido do próprio que tinha como desejo dar
uma volta ao estádio da luz todo o restante cortejo seria dispensável, no
entanto foi prestada uma justa homenagem a uma grande figura portuguesa.
Mas os recentes
desaparecimentos de figuras históricas importantes fizeram-me pensar no
seguinte, actualmente quem vemos como sucessores? Quem pode ombrear com estas
figuras num futuro próximo? Quem hoje vemos com características idênticas a
todas estas figuras seja em níveis de coragem, garra, força, honestidade? O
problema é que não vejo ninguém com perfil que chegue aos calcanhares de
qualquer figura histórica que tem desaparecido, ou seja não há sucessão nem
sequer a um rácio inferior de figuras de proa em relação aos históricos,
actualmente o mundo é habitado por seres frívolos, sejam políticos, artistas ou
desportistas actualmente seja a nível mundial seja a nível nacional não há
gente ao nível dos que actualmente estão a morrer, arriscamo-nos a breve trecho
a conhecer gente de valor apenas pelos manuais de historia.
Todas as
homenagens para quem morre, nada serve se não visionarmos quem possa ter um
nível idêntico, pois ao longo dos tempos o mundo foi sempre tendo figuras
históricas, muitos se destacaram nos mais variados sectores hoje em dia ninguém
se destaca e os que se destacam não são vistos com os mesmos olhos do que eram
as anteriores figuras, por exemplo em Portugal temos um super atleta já por
duas vezes considerado o melhor do mundo estou a falar de Cristiano Ronaldo no
entanto por mais feitos e recordes que pulverize ninguém o reconhece ao nível
que era o agora falecido Eusébio, aliás ninguém se arrisca a dizer o contrario
mesmo aqueles que nunca o viram jogar na vida ao vivo apenas pela televisão, e
pergunto porque? Simples… Eusébio na época com as condições que tinha se fosse
hoje iria muito mais longe de certeza, aquela figura era uma força da natureza
real e não “fabricada” num ginásio.
Portanto as
pessoas deviam pensar que tem de haver figuras carismáticas vivas e não apenas
adorar os mortos, deviam-se questionar porque e porquê não conseguem pensar
numa figura consensual seja em que sector seja ninguém se destaca e os que se
destacam não têm o carisma necessário para ser um ídolo, hoje há muitos ídolos
mas que no fundo não são unânimes são ídolos á escala, todas as figuras
históricas que actualmente vão falecendo ou já faleceram eram reconhecidos por
uma grande franja da população, e não a nível sectorial, passarmos a vida a
venerar quem morre não é bom para quem quer que seja precisamos urgentemente de
pessoas com capacidades inatas que se sobreponham a todos os outros que se
destaquem da vulgaridade que tenham uma coragem única… quem tem essa capacidade
até acredito que fuja da responsabilidade como o diabo da cruz já dizia Liev
Tolstoi “Devemos valorizar a opinião dos estúpidos… são a maioria”… ou seja não
vale a pena lutar contra a vulgaridade… mas com isto arriscamo-nos a ficar sem
ídolos vivos.
NAKED MAN
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