A VENDA DOS QUADROS DE MIRÓ
DO BPN
Em Portugal por esta altura debate-se
muito a venda de uma quantidade (85) quadros do artista espanhol Joan Miro que
pertencia ao banco BPN entretanto nacionalizado e que por essa via passaram a
pertencer ao estado português, perante o enorme buraco que a nacionalização do
banco acarretou ao estado português e depois de o mesmo com o actual governo a
meu ter feito um negocio ruinoso com a venda do mesmo ao banco BIC por um valor
de pasme-se 40 milhões de euros, sendo que os activos tóxicos do BPN
continuaram a pertencer ao estado valia mais declarar falência desta
instituição em vez de a vender por esses valores, mas muitos dos activos que
pertenciam ao banco passaram também para o estado português, não sendo apenas
os tóxicos, e aos poucos o estado está a vende-los de modo a que consiga
recuperar o máximo do que investiu no banco (fala-se em valores acima de 5 mil
milhões de euros) e que obviamente foram os contribuintes que pagaram este
investimento e que ainda estão a pagar, portanto é salutar que o estado tente
vender os activos não tóxicos que possui de modo a minorar o esforço aos
contribuintes.
Os quadros
praticamente passariam despercebidos não fosse a noticia de os mesmos serem
colocados á venda em modo de leilão numa leiloeira de Londres a famosa
leiloeira Christie’s, e de um momento para o outro deu-se um fenómeno os
portugueses passaram de energúmenos intelectuais a sumidades intelectuais, de
repente parte de um país levantou-se contra a venda de activos culturais que o
governo estaria a desbaratar em praça publica e que seria de um interesse
inequívoco para o país que tais obras ficassem no país nos museus portugueses.
Sem desprestigiar
quem pensa desta forma tenho a opinião de que das 85 obras do pintor nem meia
dúzia de facto são consideradas de qualidade acima da media de modo a serem
expostos num museu, mas acima de tudo tenho uma enorme duvida, quem afinal vai
perder tempo para os ir ver a um museu? Sim é verdade quantos portugueses vocês
conhecem que preferem ir visitar museus em vez de irem para centros comerciais?
Quem de facto em Portugal se preocupa com a cultura e lhe dá importância, os
mesmos que actualmente andam nas redes sociais a dizerem alarvidades e outros na
comunicação social são os mesmos que ignoravam a existência de tais obras e a
grande maioria nem faz ideia quem foi o autor... portanto não me venham agora
com merdas, mais ainda não percebendo de que o défice que o BPN representou
para os portugueses, portanto nada como protestar sem fazer ideia de quê apenas
é giro protestar.
Já aqui escrevi uma
vez neste blogue aquando a uma visita ao museu nacional de arte antiga ter
ficado espantado por provavelmente eu e a minha mulher sermos os únicos portugueses
adultos a visitar o museu naquela altura, apenas me cruzei com portugueses em 2
visitas escolares e eram crianças pequenas, os portugueses são verdadeiros
ignorantes intelectuais, que de quando em vez parecem que defendem a sua
cultura como se não houvesse amanhã e empenham-se em causas apenas porque vê
outros a defenderem causas, é mais uma forma de exemplo do “siga o rebanho”,
não fazem é bem ideia do que defendem, vamos admitir que todas as obras (e não
parte) eram de uma importância inquestionável para o país, onde se colocariam
as mesmas? E mais quem as ia visitar? Não será coincidência mas quando visito
um museu vejo sempre uma quantidade ínfima de gente em comparação a quando
visito um centro comercial, só neste exemplo está toda a explicação os
portugueses alem de ignorantes têm mais”olhos do que barriga” ou seja querem
tudo mas não fazem ideia do que fazer com aquilo que querem, apenas responderão
genericamente, as obras servem para ir para um museu, mas não fazem ideia de
qual é que se adequa ás obras nem sequer pensam em um dia em as visitar apenas
querem porque querem… isto não é nada meus amigos ainda ressalva mais a
ignorância do povo.
Mas nada como
embarcar em causas e se foram contra o governo melhor, não me esqueço da
estupidez que umas gravuras rupestres “encontradas” em Vila Nova de Foz Côa que
passaram despercebidas durante milhares de anos até que aquando da construção
de uma barragem passaram a assunto de interesse nacional com imensa gente a
defender a causa e acabou por vencer, hoje está lá instalado um pólo de
observação e estudo das gravura sem que contudo alguém possa garantir que seja
mais benéfico do que a barragem poderia trazer, nem se vislumbra um desmesurado
interesse turístico por parte dos portugueses provavelmente acontecendo como a
muitos monumentos nacionais e museus em Portugal, os turistas estrangeiros dão
muito mais valor ao nosso património do que os próprios portugueses para não
dizer que têm mais conhecimento cultural acerca do que vão visitar do que os próprios
portugueses, e é exactamente neste aspecto que me leva a criticar tudo isto, se
os portugueses são uns ignorantes a nível cultural porque fazem figuras tristes
em defender causas que desconhecem? Se há um défice enorme para com a
nacionalização do BPN que se obtenha o máximo de receita sem que com isso se
façam negócios ruinosos como foi a venda do banco por um preço irrisório supostamente
para evitar o despedimento de 1000 trabalhadores (muitas empresas já faliram
entretanto e despediram muitos mais), mas para mim não me choca a venda destes
quadros choca-me mais a ignorância de muitos e o cinismo que está na volta de
todo este processo isso sim deixa-me indignado.
NAKED MAN
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