ALEGRIA NO TRABALHO
Esta historia que
vou contar nesta crónica poderia ser uma anedota ou um texto ficcionado, mas
não vou contar um episodio que retrata bem o nível da justiça em Portugal e
pior quem a exerce e como a exerce.
Li uma notícia num semanário que pensei
sinceramente que estava na página dos insólitos de humor mas que afinal o k
estava a ler era real e uma notícia, então a história conta-se mais ou menos
assim: um camião de recolha de lixo de uma empresa (Greendays) despistou-se e
tombou na via, foi feito um teste de alcoolemia tanto ao condutor como
acompanhante e ambos acusaram uma taxa elevada o condutor (1.79 gramas de álcool)
e o acompanhante (2.30
gramas ), tendo sido ambos despedidos devido a estarem
alcoolizados no trabalho, até aqui tudo bem, a situação caricata é que o
individuo que apresentava a taxa mais elevada de álcool no sangue colocou a
empresa em tribunal pelo despedimento a que foi sujeito e agora o Tribunal da
Relação do Porto deu-lhe razão ou seja obriga a empresa que o despediu a
reintegra-lo nos quadros como nada se tivesse passado, sim meus amigos isto é
verdade.
Com argumentos
como "Com álcool, o trabalhador pode esquecer as agruras da vida e
empenhar-se muito mais", o tribunal admite assim que qualquer
trabalhador pode beber pois assim até será mais produtivo, portanto não se
admire que agora todo e qualquer trabalhador que se sinta menos motivado tenha
o direito de poder beber uns copos para se motivar, e se ver um cantoneiro aos
tombos não está bêbado mas sim empenhadíssimo na sua função é a alegria no
trabalho ao seu expoente máximo, pior é em algumas profissões que dependam de
manipulação de maquinas, teremos autênticos pilotos de formula 1 nas estradas
em vez de taxistas e malabaristas em vez de operadores de maquinas, mas vamos
decerto ter uma outra visão do trabalho em Portugal, nem percebo então porque
quem conduz por lei não deve beber, e se estiver deprimido? Será que será uma
alegação valida em tribunal?
O sistema de justiça em Portugal nestes
exemplos fica muito mal na fotografia e nem estamos a falar de um caso em que a
lei “proteja” a decisão do juiz, é uma clara aberração completamente
incompreensível, e com argumentos deste género é um abuso na interpretação da
lei e pior permite um enorme precedente, a justiça em Portugal é perigosa e
pouco rigorosa muitas vezes dependente das opiniões pessoais ou estados de
espírito do juiz do que da interpretação da lei, que teu tenha conhecimento a
partir de um determinado nível de álcool no sangue é crime esteja-se a conduzir
esteja-se a andar a pé, pior é estar-se a trabalhar nestas condições, isto até
um idiota percebe e conseguia ajuizar de uma forma mais inteligente do que quem
ajuizou neste processo.
NAKED MAN
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