A CRISE POLITICA EM PORTUGAL RESCALDO
Em Julho de 2013 tivemos talvez o mais deprimente espectáculo que os nossos políticos nos podiam proporcionar, sem sentido de estado ou qualquer demonstração de respeito pelos portugueses vimos desde demissões em massa de dois ministros em dois dias seguidos, até o primeiro ministro não aceitar a demissão de um deles e ir negociar um acordo e perceber o porque da demissão e para colmatar tudo um presidente da republica vir a terreiro para na única vez que deveria ser o mais previsível possível ou seja demitir ou empossar o novo renovado governo entretanto saído das negociações entre os partidos da maioria… não decidiu fazer uma coisa completamente diferente optou pela terceira via e diga-se quase impossível como se depois veio a confirmar que passava por um entendimento entre os 3 partidos do arco da governação e os únicos que subscreveram o memorando da troika com vista a manterem um pacto até á saída da troika em Portugal, após essa saída seriam convocadas eleições antecipadas, ou seja de uma forma incompreensível decidiu baralhar tudo… para depois voltar a dar… o mesmo jogo, pergunto porque se perdeu 15 dias em tanta palhaçada? Desse posse ao governo de uma vez só em vez de o país andar entretido com jogadas palacianas que estava á vista de toda a gente de que não ia levar a lugar algum.
Mas ora bem afinal quem ganhou e quem perdeu com isto tudo? Quem ganhou juro que não percebo bem, mas quem perdeu diria de caras que todos, a começar pelos próprios portugueses, esses sim vão continuar a serem sacrificados seja por este ou qualquer outro governo, e perceberam de antemão que estamos entregues aos bichos e a navegar á vista… desarmada… e nos comandos do braço vai um deficiente visual… bem pelos vistos vários deficientes visuais, ora vejamos.
O primeiro ministro mostrou que não tem pulso nem capacidade para gerir um governo, as suas escolhas normalmente são piores do que as anteriores, e não há nome que não venha ao decima que não tenha um passado obscuro por detrás, mostrou que ser líder de uma juventude partidária não é o suficiente para ser um líder de um país bem como fazer carreira na politica é bem diferente do que trabalhar na realidade e saber fazer de facto as coisas, mas de todo o conjunto talvez foi o que mais beneficiou com tudo isto, é que de um governo condenado á morte e já com a cabeça no cepo, passou para um governo no corredor da morte com mais dois anos pela frente, ou seja conseguiu prolongar o seu lugar por mais dois anos quase sem esforço, fez a declaração ao pais mais estranha que já ouvi ao dizer que não fazia ideia do que o ministro dos negócios estrangeiros se baseou para pedir demissão e como líder do partido da coligação colocava todo o governo em cheque e que dessa forma não aceitava a demissão e iriam negociar é a todos os níveis hilariante, e que não se demitia… para mim um erro tal como o Eng. José Sócrates foi um claro sinal de apego ao poder, normal em que não fez mais nada na vida alem de politica, apesar de no seu curriculum constar que foi administrador de empresas… de um amigo de longa data.
O Dr. Paulo Portas, esse exímio jogador politico, desta vez fez porcaria da grossa (iria dizer outra palavra mais obscena mas fico-me por aqui), jogou forte na demissão preparando um possível envolvimento futuro numa coligação com o mais do que provável novo governo PS, e estatelou-se ao comprido, é certo que acredito que esta jogada tenha sido por sua inteira iniciativa pessoal mas, com este passo em falso muitos dos projectos políticos que o mesmo estaria a preparar caíram que nem castelo de cartas em minutos, diria que Paulo Portas comprometeu o seu futuro politico com uma aposta de elevado risco que obviamente correu mal, se no imediato ganhou com a subida na hierarquia governamental, de futuro vai perde-la internamente dentro do seu partido em que muitos hoje devem já lhe estão a rezar pela pele e o seu sonho de um dia se candidatar a Belém, está gorado pois os portugueses viram nele mais um factor de instabilidade politica e egocêntrico do que um estadista e patriota, e se houve responsável pela crise politica que acabou por acontecer foi ele que a deflagrou e não Victor Gaspar, e disso os portugueses não se vão esquecer, alem disso a sua continuação neste governo desta vez “amarrado”, pois terá que continuar dado a que dentro do CDS quase todos foram contra ele e a sua decisão pessoal também não será benéfico á sua imagem, é certo que em politica nada se espera tudo acontece e o seu contrario, podendo o mesmo aproveitar a falta de memoria do povo português para ir limpando a sua imagem reles que mostrou agora, mas não acredito que terá muito apoio para se candidatar a presidente da republica, este senhor desiludiu-me claramente e o seu gesto foi deplorável, por muitas razões que tivesse fazer o que fez estragou tudo, se tinha problemas que os debatesse com o primeiro ministro, tomar uma decisão como a que tomou foi demasiado estúpida para uma pessoa com a experiência politica que tem.
O Dr. António José seguro então esse provavelmente foi o maior derrotado em toda a linha, primeiro sendo cada vez mais pressionado pelas linhas socráticas e oposição interna, para atacar cada vez mais o governo fazendo o papel de oposição como se o PS nunca antes tivesse sido governo e nunca fosse responsável ou um dos responsáveis pelo que hoje estamos a viver, tem capitalizado essa demência dos portugueses ao máximo ao ponto de 2 anos após o PS ter deixado de ser governo os portugueses olharem para o PSD como o único responsável por tudo de mau que tem acontecido, esquecendo-se que quem negociou o memorando e mal com a troika foi o PS e quem o colocou em pratica foi o PSD e mesmo indo muito alem do que o memorando exigia não se conseguiu cumprir meta alguma, hoje criticam esse memorando como se ninguém dos que estão hoje na bancada parlamentar tenham algum dia pertencido ao grupo que desenhou e desenvolveu tal memorando, o PSD e CDS apenas o assinou como promessa de o cumprir, foi mais um presente envenenado do Eng.ª Sócrates e do seu conhecimento de que a derrota politica estava mais do que certa mas que assim queimaria, o governo que entrasse em funções pois iria ficar refém de um politica que hoje o PS clama como criminosa, inteligente no mínimo, não contava era decerto ter como sucessor uma marioneta politica que age consoante o gesto que lhe dão, qualquer histórico do PS quando espirra o líder do PS apanha pneumonia e amedronta-se, portanto como disse quando o governo do PSD/CDS está hoje numa posição abaixo de lixo para quase todos os portugueses viram nisso uma oportunidade para tentarem alcançar o tão almejado “pote” palavra de autoria do actual primeiro ministro quando viu idêntica oportunidade perante o governo moribundo do Eng. Sócrates, mas os socialistas desta vez foram tão gananciosos que deitaram tudo a perder apesar de no inicio desta crise politica terem tudo á mão de semear, ora vejamos.
O governo estava cada dia que passava a demonstrar uma clara fragilidade, ora isto para quem está na oposição dá para captar como uma janela de oportunidade e claro os socialistas tentaram capitalizar isso ao máximo, quando já tentavam através da sua tão característica oposição de guerrilha e de ataque ao inimigo, e quando já tinham a seu lado muitos portugueses descontentes, e esquecidos do passado eis que lhes cai ao colo uma crise politica que incrível nem o partido socialista alguma vez tivesse responsabilidade (bem diferente do que o que aconteceu com o derrube do anterior governo em que a oposição se uniu toda para o derrubar), mas se o “pote” estaria possivelmente ao alcance com o desgaste que o governo demonstrava e demonstrava fragilidades, com a crise politica instalada o “pote” estava ali bem á frente, bastava o presidente da republica demitir o governo ou o mesmo se desmoronar para haver eleições e claro a vitoria dos socialistas… sem maioria na minha opinião, só que a ganância pelo poder foi tanta que tudo o que tinha para correr bem… correu mal, primeiro o presidente da republica inexplicavelmente fez uma escolha estúpida e sem nexo de não empossar o governo entretanto remodelado mas antes permitir que todos os partidos que assinaram o memorando da troika se entendessem, coisa que aos socialistas foi um claro contratempo e um revés nas suas aspirações, deve-se dizer que o presidente minou este partido socialista e pior condenou ao fracasso este líder socialista, se o mesmo aceitasse o acordo ficaria preso ao memorando e ás opções do governo e talvez na janela das eleições os portugueses talvez não olhassem para o partido socialista com a mesma falta de memoria do que hoje olham, mas haveria eleições daqui a um ano de certeza e portanto o “pote” estaria mais do que certo nessa altura, ou então não chegavam a entendimento e claro ficaria tudo na mesma, mas o “pote” ficaria de certeza mais distante, o líder socialista provou pela decisão que tomou ser a maior marioneta que se conhece, não é de estranhar dado que nunca fez outra coisas que senão politica, mas se optasse por concordar com o acordo e manter uma união de salvação nacional iria enfrentar uma luta fratricida internamente dado que muitos históricos do partido já o tinham ameaçado publicamente, o mesmo mostrou medo e cedeu, aos olhos dos portugueses mostrou não ser alternativa coisa nenhuma ao Passos Coelho, apenas mais um que tenta sobreviver politicamente, não tem “tomates” para governar como um homem, alem disso internamente irá ter uma luta fratricida pois o governo remodelou-se e se alterar o rumo de algumas politicas e os portugueses virem uma ténue luz ao fundo do túnel, o governo arrisca-se daqui a 2 anos a minorar os danos da governação até aqui imposta e se não for eleito, também não perderá por pouco dando pouca margem ao PS senão ter que se coligar num bloco central, fazendo o PS engolir muito do que diz hoje em dia, como o presidente disse e a meu ver bem, se hoje não se entenderem um dia irão ter que se entender a bem ou a mal, pois as saídas são cada vez mais escassas e os portugueses á muito que perceberam que não é dando maiorias absolutas que o país é melhor governado, portanto Seguro talvez com a sua falta de estratégia condenou o “pote” a mil pedaços e a sua liderança no partido socialista não deve ficar diferente, basta que uma eleição não corra bem e vai ter 2 até ás legislativas, primeiro com as autárquicas depois com a europeias, e depois se o governo vier a fazer boas figuras e atenuar a má imagem que tem hoje em dia ninguém vai-lhe perdoar ter declinado eleições quase certas daqui a 1 ano em que a vitoria estava garantida por umas daqui a 2 sem resultados definidos.
Por ultimo temos o presidente, este claramente alheado da realidade e completamente confuso, ao ponto de não se confundir a ele próprio como confundiu apoiantes dele como opositores, a saída para a crise que o mesmo propôs foi uma anedota, essa proposta deveria ser imediata, com a obrigação de o governo manter-se aliado ao PS num acordo logo após posse do governo e colocando o partido da oposição agarrado a um acordo em que também participou e negociou, mas não só depois de 2 anos é que se lembra de uma ideia genial a este nível ainda para mais numa plena crise politica, e se pensam que o mesmo ficou a mediar as negociações impondo respeito, não! Foi de viagem para as ilhas selvagens confraternizar com cagarras, osgas e outros tipos de vida selvagem, quando regressou tinha o obvio, ou seja ninguém se entendeu, até me admira de que a única pessoa no planeta tivesse acreditado num acordo tenha sido o próprio ou melhor se calhar choca-se mesmo ter um presidente completamente alheado do país em que vive, não ficou bem na fotografia até porque teve de voltar á estaca zero e optou por empossar um governo de que tinha colocado em stand by e dado a entender não ter a confiança que merecia, para isso tivesse dado posse de uma vez foram 15 dias que se perderam á custa de uma ilusão do presidente, mais uma vez provou não estar á altura do cargo, temia se de repente entrássemos em guerra com alguém… Portugal afundaria em segundos.
NAKED MAN
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