CRISE? QUAL CRISE?
Mais um natal, mais uma azafama, este ano por acaso o natal está mais discreto não se vêem os exageros de outros anos, é a crise dizem, no entanto este ano não esperava ver a azafama que vi.
Mais uma vez reservei o primeiro fim de semana do mês para fazer as já habituais compras de natal, este ano com um orçamento mais reservado mas sem deixar de fazer as habituais compras natalícias, e havendo os cortes que houveram durante o ano, não esperava assistir a todos os locais que fui cheios de gente por todo o lado.
Devido a afazeres profissionais da minha mulher, não pude fazer compras no sábado por sinal o ultimo feriado do 1º de Dezembro ou seja a restauração da independência de Portugal, feriado esse suprimido devido á crise, portanto para o ano até vamos ter cortes nos feriados alem de tudo o resto que vem para aí, e no dia 2 tinha uma difícil tarefa de realizar as compras que habitualmente teria que fazer em 2 dias, pois é que gosto de me despachar o mais rápido possível para depois poder gerir o meu tempo e ir entregar ás pessoas, não sou o tipo de pessoa que gosta de levar tudo até ao fim e andar depois numa correria de um lado para o outro, assim a minha estratégia passa sobretudo por fazer as coisas nas calmas e no meu ritmo.
Como já disse, por todo o lado vi gente aos molhos, desde mega centros comerciais á “pinha”, até transito por todo o lado, não se vendo a famosa crise que todos falam por aí, vi logo á entrada dos supermercados a habitual coação feita pelos miúdos e graúdos voluntários do banco alimentar, aquela “praga” decidiu logo fazer a campanha logo no dia em que fui ás compras, e pelo que constatei as palavras da sua presidente não fez com que a recolha fosse inferior aos outros anos, o que me reforça a opinião de que aquela polémica toda foi despoletada pelos gulosos que beneficiam da ajuda e que se sentiram atingidos pelos comentários, e claro se a carapuça serviu a alguem e com isso se sentiram ofendidos não deixa de ser verdade muita coisa que a presidente do banco alimentar disse, e como já disse partilho inteiramente da opinião da presidente do banco alimentar, como vou passar a referir.
Se bem vi os carrinhos do banco alimentar cheios de muita gente a dar, e pelos resultados que tiveram leva-me a pensar que nem todos os portugueses estarão assim tão miseráveis como dizem, primeiro quem não tem, não pode dar, e se ano após ano o banco alimentar não tem défice de recolha é sinal que os portugueses continuam a poder contribuir, só pelos resultados do banco alimentar vê-se que ano após ano os portugueses continuam a contribuir mais, mas eu sei, esta é minha visão radical do acontecimento, mas é complicado querermos entrar nos supermercados e sermos literalmente barrados pelas crianças que coitadas lá por pertencerem aos escuteiros lá estão (apenas tenho a agradecer pelos saquinhos pois dão imenso jeito para transportar as compras) e pela minha parte nunca contribuirei com nada pois sei muitas das movimentações que é dada na rectaguarda a muitos alimentos doados, mas tenho mais pontos de vista que me deixaram a pensar, como por exemplo passei e fui comprar vários artigos de 2ª necessidade como livros, jogos e outros artigos do género e por onde passei só vi gente a comprar o mesmo senão mais do que eu, e o caso mais caricato é o de um tablet em promoção numa grande superfície comercial, que eu já encomendei e o fiz pela simples razão que pelas 3 superfícies que fui em todas estava o artigo esgotado, estamos a falar de um artigo de luxo embora custe 59 euros não é uma coisa fundamental á sobrevivência e mais por este preço compra-se muito pão, no entanto o artigo está esgotadíssimo, nem sei se vou ter oportunidade de ficar com um, pois a ordem de encomenda é vasta para os artigos disponíveis em stock pelo que me explicaram, mas o que me deixa a pensar se a crise é mesmo real, quando vejo artigos perfeitamente dispensáveis completamente esgotados.
Não é que a crise não me afecte, afecta obviamente, e para poder adquirir algumas coisas tenho que me conter noutros luxos, mas não percebo realmente dizerem que há tanta fome em Portugal enquanto artigos considerados não essenciais á sobrevivência esgotam num ápice, alguma coisa está errada no meio disto tudo e não estou em crer que eu esteja completamente desfasado, há e tenho a dizer que por onde passei não foi só tablets em promoção que estavam a ser comprados vi muita gente com ipads na mão e iphones ou seja produtos para mais do que o orçamento que detenho para este natal, acho fantástico estas coisas, portanto continua sem perceber crise? Qual crise?
NAKED MAN
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