A DROGA APREENDIDA NA CASA DO MINISTRO JOÃO GALAMBA É CONSIDERADA PARA CONSUMO PROPRIO
Foi constrangedor que depois das
buscas na casa do ministro João Galamba (entretanto no momento em que escrevo
este texto já pediu a demissão), foi encontrada uma quantidade de haxixe que os
meios de comunicação social muito evidenciaram como legal ou seja estava dentro
dos limites da lei para consumo, acho caricato que as noticias dadas fossem tão
superficiais como se fosse de uma naturalidade enorme uma pessoa com algum
poder decisório drogar-se e tudo passar a normal apenas porque a lei não
penaliza ou melhor despenalizou por um projeto lei votado na Assembleia da Républica,
mas esse mesmo facto não me descansa e claro colocou-se a refletir bem no que
afinal se pode ou não fazer, o que será ético ou não, irmos ao fundo da
questão, acho que ninguém de bom senso admitisse que bêbados legislassem leis
do álcool pois não? Mas será que ninguém se incomoda que um ministro tenha em
sua posse droga? Salvo erro que o mesmo e muitos outros deputados votaram a lei
em que hoje lhe permite a posse dessa quantidade, mas que outrora era crime? Já
pensaram um pouco onde quero chegar?
O problema é que as pessoas deixaram
de pensar, achar normal que um ministro se drogue é tão ou mais admissível do
que aceitar que um motorista de autocarro faça o mesmo ou se embebede dentro
dos limites da lei obviamente, ou seja se alguém ver um motorista de um
autocarro beber umas cervejas e depois colocar-se ao volante duvido que se
sintam seguros em entrar na viatura, mesmo que ele esteja “aparentemente” bem,
ou no limite que esteja a fumar um charro ou a injetar-se duvido que alguém não
condene este tipo de conduta… então porque o facto de um ministro possuir droga
para consumo é normal ou aceitável apenas porque está dentro dos limites da
lei, afinal uma pessoa com responsabilidade governativa se estiver fora das
condições ideais pode tomar decisões ou medidas que podem prejudicar-nos fortemente,
pode não estar em condições de decidir pois está sob efeito de substancias psicotrópicas
ou seja não está no seu estado natural de consciência, o mesmo se aplica ao álcool,
a não ser que as pessoas achem que alguém só por ser ministro está imune a todo
o tipo destas substancias na hora de tomar decisões, como fiz a analogia com um
condutor de um autocarro o mesmo se aplica a todo o tipo de profissões
obviamente, como as pessoas reagiriam se um condutor de um carro com 0,4% de álcool
atropelasse alguém e matasse essa pessoa? Mesmo dentro da lei ele estava de
facto alterado na sua condição ótima para conduzir será que se não tivesse
nenhum álcool no sangue poderia evitar o acidente? E um ministro que se droga
estará á altura do poder que tem?
Ou seja a droga que ele tinha em
casa até no limite nem poderia ser para ele consumir mas alguém que ocupa
lugares tão altos na escala decisória de um país não se pode considerar aos
demais, tem mais responsabilidade não basta parecer tem de o ser também (o que
se queria á mulher de Cesar mas ao contrario) posso estar a ser injusto, não é
por se ter garrafas de bebidas espirituosas em casa que se possa afirmar que o
dono delas é um bêbado… mas possuir droga não é decerto o mesmo que possuir uma
garrafa de “James Martins 20 anos” na garrafeira privada indicia outro tipo de vícios,
que dentro ou fora da lei deveriam ser censuráveis imediatamente pela sociedade
que se acobarda com as constantes “lavagens” que a comunicação social tem tido
para com o Partido Socialista nestes últimos 22 anos e que tem transformado o
país sempre para pior.
NAKED
MAN
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