O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

VAMOS FALAR DO MERCADO DE ARRENDAMENTO

VAMOS FALAR DO MERCADO DE ARRENDAMENTO

 

             Pois bem num momento em que a ordem do dia é o mercado de financiamento bancário no mercado imobiliário estar a atingir níveis altos com a subida dos juros e claro as consequências dessas mesmas subidas para o bolso de quem teve que pedir empréstimo bancário para poder comprar uma casa, pouco ou nada se fala da verdadeira “selva” em que se tornou o mercado de arrendamento, a realidade é que hoje os jovens e muitos não tão jovens estão numa espécie de “entre a espada e a parede” ou seja vai “morrer” de qualquer forma, pois se os juros estão a aumentar e muitos que recorreram ao crédito nos tempos de juros negativos mas comprando casas já no limite da capacidade financeira para a altura hoje as prestações estão estratosféricas e claro muitos estão a sofrer as consequências, outros que compraram casas dentro do limite orçamental na altura hoje claro estão já a fazer contas á vida e até mesmo quem comprou casa com pouco esforço financeiro hoje também já olha com preocupação para novas subidas futuras, situação claro que também vivi no inicio da minha vida e no inicio do meu empréstimo bancário em que o meu ordenado na altura não chegava para pagar a prestação quando os juros chegaram aos 5% lá para alturas de 2007/2008, mas nessa altura havia uma alternativa que hoje é ainda mais complexa do que ter um empréstimo ao banco que é o mercado de arrendamento.

              De facto na altura em que pedi um empréstimo lá no ido ano de 2001, comprar casa com recurso a empréstimo era um luxo pois no mercado de arrendamento todos podíamos arrendar uma casa similar e pagar 1/3 menos do que se pagaria ao banco, já para não falar de todas as responsabilidades que é possuir uma casa em detrimento a alugar uma, e estou a falar de valores de arrendamento normal nada de rendas “antigas”, ou seja os que compravam casas com recurso a credito bancário eram considerados “ricos” pois pagariam muito mais mensalmente durante uma quantidade de anos elevada bem como arcando com todas as responsabilidades fossem em termos de obras ou mesmo pagamento de IMI em comparação obviamente com uma renda que apenas pagaria uma quantia certa mensalmente e que só no fim do contrato ou anualmente o valor da renda seria revisto mas não aumentando tanto como as variações das taxas de juro.

              Ora na atualidade nada disto se verifica, se eu estivesse na mesma situação de 2001 não saberia muito bem por onde ir, se por um lado o aumento dos juros tem tendência de aumentar, aliado ao elevado valor das casas em comparação obviamente com a época em que fiz a minha casa, hoje compram-se casas idênticas ás de 2001 por mais do dobro do valor que na altura era pedido, de facto o peso de muito jovem logo á partida na compra de uma casa é brutal, claro se s taxas de juro subirem mais 1% por exemplo pode resultar numas quantas centenas de euros a mais na prestação final e sabe logo á partida que esse esforço vai durar pelo menos 30 ou 40 anos mais… mas ir para o mercado de arrendamento a aventura prefigura-se ainda amais complexa, pois os valores cobrados hoje em dia por barracas e não por casas similares como no inicio do texto escrevi são mais elevados do que a compra ao banco e o pobre do cliente sujeitar-se á subida dos juros, já vi reportagens de valores na volta dos 500 euros por “casas” sem casa de banho e de tamanho reduzido, hoje alugar um simples T3 pedem rendas acima dos 1000 euros e contratos de duração reduzida em que no final por exemplo podem pedir o dobro que se o inquilino não puder pagar vai para a rua pois há quem pague esse valor e fica no seu lugar, assistimos hoje a casos de famílias normais que tiveram que vir para a rua literalmente por não conseguirem pagar o valor que os senhorios pediam, muitos candidatando-se a casas camarárias outros por falta de vagas irem viver para tendas na rua, ou seja enquanto os meios de comunicação social dão enorme destaque a quem está a pagar á banca ignora (casualmente ou propositadamente não faço a mínima ideia) o mercado de arrendamento que hoje pratica valores absurdos e em vez de ser um mercado regulado pelos bancos centrais não é um mercado regulado pelo humor dos senhorios e pela lei do mercado ou seja alguém dá mais e quem lá está não cobre logo RUA! Não é bonito nem sequer de se imaginar quanto mais de se viver nestas condições.

                  Fico é estupefacto com o facto de tanta gente não puder recorrer a credito bancário pelos mais diversos motivos e estar sujeito á verdadeira selvajaria em que se tornou o mercado de arrendamento imobiliário, pois hoje olhando no meu conforto de faltarem poucos anos para acabar de pagar o empréstimo e contemplar a imensa sorte que tive em fazer a casa na altura em que fiz, passar um pouco nos primeiros anos, mas depois durante mais de 15 anos passei a pagar rendas acessíveis á conta dos juros baixos, hoje vivo calmo e tranquilo na minha casa tendo sempre em mente que nunca virei para a rua a não ser que obviamente não pague ao banco a prestação… mas vivo uma vida segura e calma, enquanto muitos com uma vida igual á minha vivam uma verdadeira aventura no mercado de arrendamento a não ser que tenham a sorte de ter um senhorio minimamente humano em que não aumente a renda para níveis astronómicos como temos tido a oportunidade de infelizmente indo tomando conhecimento seja por alguém que nos é próximo seja pelas noticias que nos vão chegando, mas que é preocupante é o estado a que chegou o mercado de arrendamento se nada em termos de regulação do setor seja feito, quem hoje vive numa casa de renda é viver literalmente entre “a espada e a parede” sem a menor duvida.

 

NAKED MAN

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