O BENEFíCIO DE 40 MILHÕES DE EUROS DADO PELO PRR A MÁRIO FERREIRA

O BENEFíCIO DE 40 MILHÕES DE EUROS DADO PELO PRR A MÁRIO FERREIRA

 

            Não vou nem quero entrar em muitos pormenores em como foi possível atribuir um valor de apoio a um grupo empresarial liderado por Mário Ferreira dono entre outras empresas como a Douro Azul e TVI por exemplo no valor de 40 milhões de euros através do PRR, num esquema em que é mais do que nebuloso pois o apoio foi dado a uma holding sitiada num paraíso fiscal qualquer, bem como o nível de apoio ser radicalmente diferente do dado a empresas similares ao ponto de inclusive ter lido algures que perante o valor atribuído se fosse equitativamente distribuído em igual forma por varias empresas só daria para atribuir a pouco mais de 30 empresas pois o limite orçamental para esses apoios teria um valor limite obviamente bem como o limite seriam mais de 1000 empresas apoiadas e não as 30 que daria se fosse 40 milhões dadas igualmente a todas elas, quando em comparação um simples cidadão como eu por exemplo para receber um apoio de 4000 euros por ter adquirido um veiculo elétrico (no meu caso) quase tive que me despir todo para as finanças e quem gere o fundo para o estado ter a certeza de que eu sou um cidadão cumpridor e esse apoio não ser certo… ficando numa espécie de “sorteio” pois o limite serão 1300 cheques de 4000 euros e não faço ideia se no dia em que registei o meu carro já teria passado desse limite ou ainda um dia irei receber essa quantia.

              A verdade é que nem quero saber como foi possível a atribuição desse valor a Mário Ferreira nem saber se ele de facto merecia aquilo, apenas condeno a leviandade em como o estado trata gente de poder em comparação com o cidadão comum e cumpridor, que quando se depara com qualquer tipo de incentivo ou beneficio, tem que se despir e provar a idoneidade em varias etapas e no fim receber uma esmola em comparação com outros que recebem imensamente mais, com recursos muitas vezes (não sei se será o caso de Mário Ferreira) “esquisitos” e através de empresas nebulosas e que não pagam um cêntimo que seja de impostos em Portugal… ou mesmo em nenhuma parte do mundo, mas a realidade é que neste caso em particular deveríamos isso sim exigir como foi possível atribuir um valor a esta pessoa tão díspar em relação a outras empresas candidatas e em como é que esta pessoa contribuiu para o nosso país de modo a poder ser destacado em relação ás restantes empresas… e já nem quero ir pelo lado da empresa beneficiaria, se paga ou não impostos em Portugal ou se é legal ou ilegal o ramos de negócios em que está inserida ou as tramoias negociais em volta de barcos e afins… o que questiono é como é que é possível uns serem filhos da mãe e outros serem filhos da puta com o patrocínio do estado e tudo.

 

NAKED MAN