A ONDA DE FOGOS QUE VARRE NOVAMENTE PORTUGAL
Infelizmente todos os anos é a mesma
coisa, muitas leis muitas ameaças de multas, muita preparação e o resultado é
sempre o mesmo, no mínimo calor Portugal arde por completo, Portugal bem como Espanha
e França á conta da onda de calor e por consequência do aumento das temperaturas
que já ocorrem há mais de uma semana, todos estão a ser fustigados por incêndios,
mas como bom português que sou “com o mal dos outros estamos nós bem”, o que
quero escrever desta vez é mesmo sobre Portugal e em como os portugueses
deveriam refletir muito bem no assunto incêndios, pois por mais que se faça ou
legisle, o resultado acaba por ser sempre o mesmo, arde tudo por onde o fogo
passe.
Deveríamos refletir acima de tudo
sobre a lei, que como já escrevi aqui é uma lei cega e que para piorar a
situação as autoridades dão mais importância á aplicação da mesma de uma forma
radical em zonas que oferecem menos risco de incendio grave em comparação ás
zonas em que o perigo seja realmente eminente, sobre este assunto já escrevi vários
textos e dei imensos exemplos do que acabei
de escrever, a lei é cega e radical para a realidade… a começar logo na época
limite para se ter tudo desmatado e dentro da lei… 31 de Março ou seja em plena
primavera e por norma em época de chuvas, ou seja é difícil desmatar nessa época
pois ou há lamas ou a erva acaba por crescer nos meses seguintes na mesma
levando a que muito proprietário não volte a desmatar mais durante o verão e
claro na época em que há real perigo de incêndios tudo estar igual ou pior do
que antes de ter desmatado no prazo dentro da lei.
Deveríamos continuar a refletir em
como é que é possível em ter leis até certo ponto radicais e ainda assim ser possível
ocorrerem incêndios, quem está a falhar? Os proprietários, o próprio estado
enquanto proprietário, as autoridades que não fiscalizam, as autarquias? Sim porque
se há leis tem que se perceber o que falha a seguir, se é a lei ou quem deveria
ter a obrigação de a aplicar ou executar, mas o português só decide perceber
isso nas cinzas, depois do incendio é que se tentam apurar as
responsabilidades, quando essas mesmas responsabilidades deveriam isso sim ser
já identificadas antes e acima de tudo alterar o que estivesse errado em tempo útil…
no limite apurar-se responsabilidades politicas ou administrativas na hora do
rescaldo com efeito imediato e não ao sabor dos tribunais e da sua velocidade.
Daí chego ao ponto de que ao ter
conhecimento me deixou estupefacto, toda a gente fala de Pedrogão Grande e nas consequências
que ocorreram nos incêndios de há 5 anos… a melhor homenagem a qualquer vida
perdida que poderiam fazer era evitar situações iguais ou parecidas para o
futuro, e melhor oportunidade não teriam que começar do zero e planear de raiz
todo o sistema florestal da zona de modo a que mesmo perante um incendio no
futuro não ocorrerem os erros cometidos no passado… fiquei estupefacto ao ver reportagens
em vários meios de comunicação social a dar conta de que a floresta na zona nos
dias de hoje está igual senão pior do que era antes deste incendio, havendo
crescimento de mato desordenado e com espécies predominantes como o eucalipto e
outras espécies de inflamação rápida, isto tudo com o estado completamente a cagar-se
literalmente para a fiscalização do ordenamento do território após a tragedia
que ocorreu… afinal o importante é fiscalizar e multar prevaricadores em zonas
sem risco de incêndios graves… em zonas de tragedia é tudo na boa sem stresses,
por estas e por outras é que não me admiro todos os anos assistirmos ao que assistimos
sem que um único português questione ou responsabilize o poder politico ou responsáveis
pela fiscalização para as consequências que todos os dias nos entram em casa
via imagens televisivas, parece que tudo não passa de um espetáculo que
anualmente tem uma nova serie com novos atores em varias localidades… quero ver
quando a tragedia voltará a Pedrogão Grande novamente.
NAKED
MAN
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