AVALIAÇÃO DE PROFESSORES
Em Portugal há
uma profissão que volta e meia tem muito espaço mediático, por vezes com razão
outras nem tanto o que é certo é que de vez em quando os professores são tema
de noticias, acima de tudo através dos vários sindicatos que os representam e
principalmente pela FENPROF ou seja para este sindicato é raro haver algo a que
concorde ou que ache bem.
Esta profissão é
um pouco maltratada seja logo á partida com as regras de colocação de
professores que por vezes roça o surreal com profissionais deslocados para áreas
bastante distantes das da área de residência a uma distancia 2 ou 3 vezes acima
á aceitável, por exemplo há casos de professores deslocados a mais de 100 kms
da área de residência, não vejo mais nenhuma profissão com tantos profissionais
nestas condições, depois temos também algumas injustiças na maneira como são
procedidas essas mesmas colocações, já para não falar do desprestigio a que a
profissão de professor chegou principalmente com a falta de autoridade na sala
de aula entre outros episódios, diria que ser-se professor não é a coisa mais
maravilhosa deste mundo, e concordo com alguns protestos manifestados por estes
profissionais, no entanto não quero dizer que defendo completamente a classe
nem ache que tudo são injustiças nesta profissão.
É no mínimo engraçado
o sindicato ser tão acertivo em determinadas injustiças e nada tenha de contra
a horários zero entre outras peripécias vividas nesta profissão como por
exemplo a falta de alunos pois as taxas de natalidade baixam de ano para ano e
que para o sindicato nada mais é justo do que manter o corpo docente custe o
que custar nem que se chegue a uma rácio de 1 professor por aluno, os horários zero
é a situação maias caricata, que profissão permite que um profissional exerça
uma profissão sem que não tenha nem uma pessoa para beneficiar desses préstimos?
Imaginemos uma loja sem clientes quanto tempo o patrão teria o empregado? Ora nas
escolas professores sem alunos ma a receberem o ordenado na mesma existem e não
são poucos então porque não se ocupam esses profissionais? Porque se insiste em
contratar outros para um lugar se há nos quadros profissionais que apesar de
serem professores não dão aulas… por falta de alunos.
Agora para
colmatar e restringir um pouco a entrada na profissão o ministro Nuno Crato
decidiu, estabelecer uma prova ou exame para os recém candidatos á profissão
bem como a profissionais que não exerçam a profissão há mais de 5 anos, bem
esta medida até é meia sinistra, se para acesso á profissão até concorde e até é
normal em muitas outras profissões, o surreal na questão é para os que já
exercem a profissão, ora se chumbarem no exame será que foram incompetentes
durante os anos que leccionaram? Será que os alunos podem impugnar as notas atribuídas
porque se provou que o professor é incompetente? Depois a surrealidade ainda é
maior dado que a prova é paga… pelo próprio candidato, o que dá a ideia de ter
que se pagar para trabalhar.
Compreendo que
tenha que haver medidas a serem tomadas dado que cada vez havendo menos procura
a profissão está em superavit ou seja há mais professores do que as
necessidades, e que deve haver um controle de acesso á profissão, não precisam é
de humilhar quem já lecciona, quanto muito se forem incompetentes que não se
renove o contrato mas esta prova é humilhante para os professores que já
trabalham, agora o que se assistiu no dia da prova é que não dignifica em nada
estes profissionais, foi nojento o que assisti, muitas situações eram empolgadas
e muito pelos sindicatos mas o que passou para a opinião publica foi uma cambada
de arruaceiros a faltarem ao respeito aos colegas de profissão mais parecendo
um bando de alunos inconscientes e indisciplinados a fazerem barulho… a
pergunta que me ocorreu de imediato foi “mas é a esta gente que entrego a
educação do meu filho?????” ou seja como profissionais exigem respeito no exercício
da profissão se quando há uma inversão de papeis como foi este caso do exame se
comportam desta forma? Será que é uma sugestão aos alunos ou futuros alunos a
fazerem em cada teste por si realizado?
Como já
disse comprendo algumas razões de protestarem mas ao se comportarem da forma
como se comportaram não dignificam em nada o que tanto custa a defender e
passar para a opinião publica, ou seja a constante falta de autoridade perante
os examinados, é que neste caso eram os professores que eram os examinados e
fizeram esta figura, como podem a seguir exigir de miúdos um comportamento
exemplar ás suas aulas e testes? É que no meio daquelas confusões havia muito
professor que lecciona e os alunos os viram, será que o que eles estavam a
fazer é o correcto? Será que todos devemo-nos insurgir contra avaliações ou
exames apenas por não concordarmos? A medida do exame é estúpida mas a reacção
dos professores não foi menos idiota.
NAKED MAN