PIQUETES DE GREVE
No dia da greve geral em Portugal (24 de Novembro 2011) ao me deslocar para o meu trabalho, pelo caminho e ao passar por vários armazéns e até algumas fabricas tive o “privilegio” de me cruzar com vários auto denominados piquetes de greve, pessoas ligadas ao sindicato que se colocam literalmente á porta da empresa em questão (sejam trabalhadores da mesma ou não) com o simples objectivo de “obrigar” quem quer trabalhar fazer greve, o principio de democracia é ferido de morte imediatamente logo á partida, se as centrais sindicais alegam anti constitucionalidade quando a policia é chamada para desimpedir os acesso bloqueados por tais piquetes, pergunto onde está na constituição, em que alguém me pode impedir de ir trabalhar?
No meu entender todas as greves são idiotas, só alguém que não goste de produzir nada de útil á sociedade a pode defender, apenas e só defendo greve por motivo de salários em atraso, qualquer outra greve é completamente um acto de cobardia, não é ao parar um país que conseguimos reverter o que quer que seja, o tempo do PREC já passou há muito e mesmo esse tempo teve uma consequência, a nossa primeira bancarrota em 1978, portanto são só bons exemplos as teorias que são defendidas pelos sindicatos, obvio que quem trabalha para os sindicatos a viver calmamente á custa das cotas de quem verdadeiramente trabalha estão-se nas tintas se um trabalhador (o que de facto trabalha não o auto denominado trabalhador sindicalista), fica ou não sem emprego, interessa é que este pague a percentagem ao final do mês para o sindicato, depois lá vêm as demagogias dos dirigentes sindicais como se uma greve altera qualquer politica, o primeiro sinal de alteração vem sim rapidamente, ao final do mês com o recibo de ordenado ou seja a única alteração é que o dia é descontado e quem faz greve não ganha esse dia, a cota para o sindicato essa interessa é que seja paga não é verdade? É muito fácil “cagar” postas de pescada para que os outros não trabalhem portanto.
Acho engraçado e verdadeiramente ridícula a figura dos chamados piquetes de greve, o argumento que dão para a sua existência é o dever de informar os trabalhadores para a adesão á greve (não de proibir a sua entrada ou provocar distúrbios á verdadeira circulação normal para os que querem trabalhar), mas nos dias de hoje é uma verdadeira anedota toda a gente está informada acerca dos motivos de uma convocação de uma greve e aliás mesmo que uma pessoa esteja ao nível da estupidez mesmo que não esteja informada pelo menos já sente no bolso a crise portanto se não é de um lado é do outro que obtêm a informação, portanto num país democrático e com uma politica de informação isenta, qualquer individuo tem a capacidade individual de decidir em consciência se pode ou não fazer greve e ser quer ou não, não precisa de ter pessoas a “informa-lo” á porta do emprego, portanto é como digo é uma figura ridícula os piquetes de greve, só age assim quem tem medo das verdadeiras consequências dos resultados se alguém está confiante que uma greve vai ter sucesso, não precisa de recorrer a estas palhaçadas para obter resultados, convocava uma greve e pronto, se o motivo fosse justo ok, fazia-se greve não é verdade?
Todos os motivos até hoje apresentados pelas centrais sindicais já de si são completamente absurdos, em tantos anos que trabalho não vi uma única medida estrutural ter sido alterada em prol de uma greve, quanto muito ser alterados pequenos pormenores apenas numa de “o primeiro milho é para os pardais”, as grandes medidas nunca são alteradas, desde o 25 de Abril, que não vejo uma única greve alterar profundamente o principio de uma lei ou quanto muito condicionar uma medida, continuo a perguntar, QUAL É O OBJECTIVO DE UMA GREVE ENTÃO? Parar o país? Sim pode parar os serviços em que os trabalhadores ainda hoje tenham a condição laboral segura ou seja o sector publico, no entanto até já nesse sector hoje já tem uma situação laboral bem precária, com muitos contratados a prazo e muitos contratados através de empresas externas, ou muito me engano ou daqui a muito pouco tempo restam muito poucas pessoas daqui a uns tempos para fazerem greve mesmo no sector publico, é que nos dias de hoje temos que nos capacitar que ter uma fonte de rendimento já é uma grande vitoria.
No dia antes da greve vi uma reportagem sobre uma empresa de enchidos na zona de Vila Franca do Rosário (SICASAL), em que ardeu parte das instalações uma semana antes e vi que os trabalhadores para salvarem os seus postos de trabalho não se coibiam de fazer de tudo para a recuperação da empresa, os trabalhadores das áreas afectadas eles próprios a construir o que foi antes destruído pelo fogo e a recuperarem, o pouco que restou, trabalhavam afincadamente e esperançados, uma verdadeira lição de vida perante o país, o mesmo país que um dia depois iria entrar em greve geral, nas entrevistas aos trabalhadores, ambos reconheciam que estavam a fazer funções que não lhes estavam destinadas inicialmente devido á destruição do posto de trabalho, mas que o faziam para salvaram o seu posto de trabalho, porque se a empresa crescia devido ao esforço deles, a vida deles também era influenciada pelo dinheiro que recebem dessa empresa, ou seja um elo sem o outro não são nada, fiquei espantado com o que estava a ouvir, um país a querer fazer greve e uma empresa empenhada na sua recuperação com a ajuda de todos… só com o desenrolar da reportagem percebi porquê, em 50 anos de laboração dessa empresa nenhum único SINDICATO lá tinha entrado, nem mais, então fez-se luz todo o empenho dos trabalhadores na recuperação na empresa, não haviam “PARASITAS” entre eles, todos estavam lá com um único propósito TRABALHAR.
Portanto os sindicatos a meu ver e depois de reflectir, fico com a noção que os sindicatos representam para a classe trabalhadora o mesmo que um cancro maligno para o ser humano, ambos evoluem através de um hospedeiro, seja o corpo humano ou um trabalhador, não produzem nada de benéfico bem pelo contrario e acabam por matar a pessoa ou no caso dos trabalhadores o desemprego, portanto e vendo as milhares de empresas que faliram logo após o 25 de Abril tenho cada vez mais essa opinião…
NAKED MAN
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