A GREVE DOS MOTORISTAS DE MATERIAS PERIGOSAS ATÉ NEM É
ASSIM TÃO MÁ
Se tudo correr como o esperado no dia
em que este texto for publicado estaremos no 3º dia de mais uma greve dos
motoristas de matérias perigosas, se esta tal como a anterior greve protagonizada
pelo sindicato destes profissionais seja algo discutíveis, pois se a primeira
greve até teve algum apoio por parte da população portuguesa e tiveram o êxito
de deixar o país completamente aos papeis, forçando o governo a ter de intervir
num setor que todos sabemos ser privado, e que com as negociações daí
decorrentes até se pode dizer que obtiveram algum proveito das negociações para
este ano e 2020, mas em ano de eleições numa convenção de motoristas tentou-se
abordar o assunto mais uma vez, ou seja se obtiveram tanto êxito com a anterior
greve e em ano de eleições porque não os sindicatos dos motoristas em geral e
os dos motoristas de matérias perigosas convocar mais uma greve? E a data até
foi bem engraçada dado ser a meio de agosto e mais uma vez uma greve sem data
de termino.
Se a greve dos motoristas em geral até pode ser
compreensível pois com a anterior greve foi uma classe a única beneficiada, os
portugueses não foram tão complacentes para com os motoristas das matérias perigosas
pois estes nem estão a reivindicar medidas para já estão a reivindicar medidas
para 2021/2022 o que diga-se de passagem é brincar com os portugueses, pois os
motivos da greve a transportar para toda a gente qualquer dia teríamos greves
para reivindicar aumentos para os mais diversos setores para daqui a 10 anos
não? De facto, os sindicatos por vezes estão completamente fora de contexto
ainda para mais este que é independente, com uma direção algo nublosa e com
argumentos reivindicativos algo utópicos e sem margem de manobra, ou seja, intransigentes,
é giro saber que eles apelavam ao diálogo quando era exatamente da parte deles que
esse diálogo não existia, mas passemos á frente.
Ora mais uma vez tivemos as famosas filas
nas bombas de gasolina, obviamente nada comparável com a primeira greve e desta
vez também o governo não se deixou comer como da outra vez até porque numas
eleições mesmo á porta uma memoria de caos energético é meio caminho andado
para um problema eleitoral, e claro teve uma presença bem musculada, e
politicamente foi irrepreensível, praticamente abafando o protesto desde a
primeira hora e provando que um sindicato novo comete erros de principiante em
termos políticos, em Abril conseguiu um enorme efeito devido obviamente ao
efeito surpresa e ao facto já crónico deste governo desvalorizar tudo o que
seja alheio ao seu controle… só dando relevância quando as coisas estão a caminhar
para o caos senão mesmo no próprio caos.
Mas este texto nem é para falar da
greve em si, mas sim nos efeitos da greve que negativamente ao que pude
verificar pensando mais no assunto foram mesmo a toda a população em geral ou
seja quem diretamente depende do combustível para se deslocar, e nem falo dos
automobilistas de todos em geral que dependem de um meio de transporte para se
deslocar dado que em Abril nem os transportes públicos escaparam ao fim do combustível
nas bombas, ou seja depois de pensar muito verifico que a greve só prejudica de
facto as pessoas anonimas, mas caricatamente beneficie e muito todos os setores
envolvidos na contenda, olhem comecemos pelo governo, com o aumento exponencial
do consumo de combustível nas bombas a cobrança dos impostos vão aumentar e muito,
curioso ou não em ambas as greves o preço do litro de combustível estava em
alta, inclusive em Agosto surgiu a curiosidade de no dia em que começava a
greve o combustível descer em 5 cêntimos o litro… quando já havia bombas
esgotadas, ou seja o governo não baixou o preço do combustível na semana
anterior porque sabia de antemão que os portugueses iriam consumir combustível ao
máximo pois todos não queriam passar pelo que passaram em Abril, só em impostos
os governo como disse arrecadou imenso, as petrolíferas a mesma coisa dado que
ao não se baixar o combustível nas semanas antes do protesto puderam ter muitos
lucros que não seriam expectáveis se os mesmos ocorressem sem o referido
protesto, os donos das bombas de gasolina esses venderam combustíveis como se
não houvesse amanhã secando muitos dos postos, em Agosto muitos estavam mais do
que preparados para vender enchendo ao máximo os depósitos das bombas e
aproveitando o alarmismo divulgado pelos meios de comunicação social para poderem
escoar todo o produto rapidamente, é verdade que passaram alguns destes postos “fechados”
durante alguns dias mas o que ganharam nos dias anteriores compensou e de que
maneira o prejuízo.
Ou seja para resumir este tipo de
greves são benéficas para alguns em prejuízo sempre dos mesmos que curiosamente
são os que menos tem com isso o que é injusto, mas como todas as greves que conheço
a injustiça é o que impera sempre, mas fica o registo não pensem os portugueses
que a greve dos motoristas de matérias perigosas é mais para o pais em geral… é
mau para a grande maioria que curiosamente é quem os financia mas para quem
está no negocio nem por isso, daí que muitas vezes seja inclusive bom que
aconteça e não se preocupem assim tanto com o assunto, desta vez não sei se a
greve avança ou não dado que quando estou a escrever este texto ela ainda nem
sequer ocorreu, mas não vejo muita preocupação com os portugueses em abastecer
que nem uns malucos e também esta greve não é idêntica á outras pois insere-se
sobre o trabalho ás horas extraordinárias e aos fins de semana e tem duração
desta vez de 2 semanas, isto é se ocorrer de facto, fiquemos á espera.
NAKED
MAN
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