CARTA POR PONTOS AFINAL NÃO CONSEGUIU REDUZIR A
SINISTRALIDADE
Vai fazer este ano 2 anos que
a famosa e polemica carta por pontos apareceu com imensas promessas de com esta
medida ir reduzir as transgressões e acidentes pois o seu efeito dissuador bem
como uma limitação de pontos a abater a cada transgressão classificando-a de
uma forma especifica, em alguns casos bastando 2 transgressões para ficar com
os pontos a zero classificando os 12 pontos iniciais, como tudo respeitante a
segurança rodoviária as boas ideias no papel não se reproduzem na vida real… e
a carta por pontos de facto tem tido imenso sucesso… para os cofres do estado,
pois para evitar acidentes esse facto é mais complicado, a medida só não piorou
como 1 ano depois deste sistema ter sido implementado o numero de acidentes só
não aumentou como o numero de vitimas mortais bem como a junção destas com
feridos graves e muito graves aumentou como há anos não se via, ou seja o
problema não se resolve com aplicações de penalizações cada vez mais pesadas,
apenas é benéfico para os cofres do estado que nesse aspeto a teoria de dissuasão
ter corrido mal e terem aumentado a transgressões… os cofres agradecem.
Ora afinal o que está mal nisto tudo? Básico,
posso dizer que enquanto condutor tudo está mal… e não estou a ser um português
tipo que diz mal de tudo apenas porque sim… quem conduz como eu deve partilhar
a mesma opinião que eu tenho, primeiro começa logo no ensino de condução que mais
não é do que um negocio que todos têm de passar de modo a obter a carta de
condução, aulas de código ok ainda posso dizer que talvez se aprenda alguma
coisa, nas aulas praticas de condução é uma palhaçada total em que todos os
alunos saem para a estrada encartados sem qualquer experiencia de condução, que
acabam por adquirir através da tentativa/erro do dia-a-dia, claro que a falta
de experiencia acaba por resultar em acidentes evitáveis se o ensino fosse algo
digno desse nome, poucos ou nenhuns saem encartados a dominar um carro
corretamente em chuva, nem nunca lhes é ensinado manobras defensivas em
terrenos escorregadios, se o aluno tirar a carta na primavera/verão acaba
encartado sem nunca conduzir um carro em piso molhado por exemplo… chamam isso
ensino de condução?
Depois temos as estradas e os
pisos dessas mesmas estradas, quem nunca se deparou com sinalização deficiente
seja vertical ou horizontal bem como essa mesma sinalização ser contraditória…
ou seja uma zona em que a sinalização vertical proíbe a ultrapassagem e na
horizontal temos traço descontinuo, passadeiras de peões nas zonas mais inóspitas
bem como nos locais mais despropositados como paragens de autocarro em que a
mesma ou é feita logo á frente do autocarro parado como atrás do mesmo não
dando visibilidade nem ao peão nem ao condutor de se verem mutuamente e o que
dizer das mais variadas formas de se construírem passadeiras de peões? Algumas feitas
em calçada (ótimas para travagens em piso molhado então com carros com ABS é fantástico),
outras que são mais altas do que podiuns dos carros de ralis ficando o carro
totalmente em cima da passadeira fazendo inveja aos jipes em todo o terreno, o
piso então nem se fala, ou é esburacado que mais aprece uma pista de obstáculos
ou com um piso bom mas que em molhado tem uma aderência idêntica a manteiga no
verão… aliada á falta de preparação de muitos condutores é um autentico manar
de acidentes… os mais experientes também caem nestas ratoeiras.
E o que falar dos limites de
velocidade? Uma ótima ferramenta de fazer dinheiro, para as autoridades bem
como para o estado, e não é por acaso que um dos maiores investimentos do
governo para as autoridades rodoviárias foi de criar uma rede de radares fixos
e moveis, para apanhar os incautos, tudo numa época em que os carros cada vez
estão mais seguros e fiáveis, continua-se a usar velocidades dos meados do
seculo passado, limites de velocidade nas autoestradas são mais do que
obsoletos… e limitar velocidades em 50 km/h em vias que mais parecem
autoestradas mas que se situam dentro das cidades é uma anedota nacional… até
mesmo o limite de velocidade dentro das localidades ser 50 km/h é obsoleto… é
que deveria-se definir localidade de zona habitacional que é bem diferente… é
que andar a 30 km/h numa zona habitacional é caricato… só se for a empurrar o
carro.
Impor os atuais limites de velocidade
é tão idêntico a vermos a aviação reger-se pelas leis dos anos 20 do seculo
passado, no mundo automóvel cada dia se criam veículos cada vez mais tecnológicos
e seguros… mas são obrigados a andar a velocidades obsoletas para as vias construídas,
e regerem-se por código de transito que apenas penaliza quem conduz, o peão é o
rei e senhor da estrada sem qualquer penalização… aliás nem um curso de civismo
sequer é obrigado a frequentar… um peão pode sempre alegar desconhecimento das
regras de transito pois o mesmo não tem formação nessa matéria.
E com isto tudo ainda há quem se surpreenda em
que o sistema de carta por pontos fracassou? É que se com os exemplos que enumerei
ainda se surpreenderem (e há mais exemplos uns que não vou escrever pois iria
escrever durante horas e outros que nem sequer me lembro) é porque são muito ingénuos
ou então pertencem á policia ou ao governo, pois exemplos de más praticas não
faltam… e no meio disto nem falei do próprio condutor, que alguns parecem que
deveriam praticar desporto automóvel, é que a ideia de transformar a estrada
numa pista é de si uma atrasadisse mental… já para não falar daqueles que
preparam os carros do dia-a-dia e investem mais dinheiro nele para o transformar
num Ferrari em carroceria de Fiat do que se tivessem comprado um carro puro de
competição, mas isso felizmente não representa a maioria dos condutores nem a
maioria dos que todos os dias veem ficar a sua carta com menos pontos, e
continuo a acreditar que todo o condutor que se senta ao volante a ultima coisa
que pensa é que vai matar alguém ou morrer ao volante, ou seja ninguém o faz
propositadamente portanto antes de andar-se á caça do condutor muita coisa deve
mudar… a começar pelo ensino da condução.
NAKED
MAN
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