CARROS AUTONOMOS
Sobre este tema vem-me á memoria uma
analogia, em que no primeiro Big Brother em Portugal um dos participantes de
nome Mário ficou conhecido por pouco ou nada fazer, subtilmente levava os
outros concorrentes a fazerem as coisas por ele e assim ele ia passando o tempo
sem fazer nada, até que o Herman José num espaço humorístico fez uma parodia a
esse programa em que ele mesmo assumia o personagem desse Mário para o
satirizar proferiu o seguinte dialogo “Zé Maria (outro concorrente do programa)
mastiga por mim!” ou seja chegava ao ponto de nem mastigar se esforçar, isto
tudo para dizer que em termos de carros autónomos, a situação seria idêntica a
esta sátira do Herman, ou seja ter um carro e não o conduzir, é a antítese de
quem gosta de carros na minha opinião tudo em volta deste tema é um pouco
sinistro como ainda me assusta mais todo o entusiasmo em torno dessa
tecnologia.
Ou seja num tempo em que a
tecnologia está no seu melhor todos os dias se criam novos sistemas e novas
tecnologias, há uma que está a criar enorme entusiasmo que é o facto de os
carros se conduzirem sozinhos, e aí está o que me preocupa, é que tirando uns
quantos aselhas do volante a ideia não deveria entusiasmar ninguém pois
conduzir para mim é um prazer enorme, é o meu antidepressivo é uma forma de
vida… não me vejo no lugar do condutor de braços cruzados ou a ler um jornal
enquanto o carro vai do ponto A ao ponto B… a sensação seria comparável a andar
de transportes públicos mas com custos elevados dado que possuir carro tem
sempre custos elevados, ora então porque tanto entusiasmo cria tanto aos
fabricantes como aos futuros utilizadores desta tecnologia é o que me preocupa
na realidade, porque uma coisa é ter o sistema para auxiliar num estacionamento
ou mesmo substituir temporariamente o condutor na autoestrada tecnologia já
hoje usada em carros de serie… outra completamente diferente é pura e
simplesmente deixar de conduzir e deixar essa função só ao carro.
É certo que para alguns condutores
mais fracos esta tecnologia será a sua independência, mas no geral as pessoas
conduzem bem, e há outra coisa que me intriga, um dos argumentos aos defensores
desta tecnologia é que a mesma irá evitar muitos acidentes, em parte até posso
concordar, pois às velocidades que esses mesmos carros hoje andam obviamente
que os acidentes passarão no mínimo a serem muito minorados em termos de danos…
mas adorarei ver um português tipo a andar pacientemente em velocidades
controladas na maior das descontrações… sim é que esses carros terão velocidades
controladas para se ter uma ideia do que estou a dizer os melhores sistemas
totalmente autónomos andam em velocidades máximas em volta dos 60 kms/h ou seja
estou a ver os portugueses a ficarem com crises de nervos durante as viagens…
atrasados como sempre… ou muito me engano ou o entusiasmo em volta disto
passará a raiva.
Enquanto isto a tecnologia automóvel
irá evoluir a velocidades vertiginosas, mas nesse mesmo tempo iremos assistir a
falhas e acidentes resultantes dessas falhas como tudo na vida tudo é fiável enquanto
não se massifica, massificando a tecnologia e todos andarem no mesmo mais dia,
menos dia passarão a acontecer acidentes, e pior um sistema misto entre
condutores convencionais e carros autónomos será muitíssimo engraçado de se
assistir, mesmo com uma inteligência artificial muito avançada será bom ver
como as maquinas reagirão às imprevisibilidades dos humanos… ou animais na
estrada, é que não temos só que contar com outros veículos, temos que contar
com uma panóplia de imprevisibilidades, que um condutor comum vai adquirindo
experiencia na condução… como será com uma maquina programada para respeitar
determinadas ordens? Se isso não o assusta pois a mim assusta um pouco, ir a
bordo de um carro autónomo para mim deverá ser uma experiencia idêntica a fazer
sexo com uma boneca insuflável… é que nunca experimentei ambos mas acho ambas
as situações um pouco sinistras á partida… já viram a expressão facial da boneca
insuflável?
NAKED
MAN
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