A REFORMA DO IRS PARA CASAIS COM FILHOS E SEM FILHOS
Bem ainda não percebi muito
bem a reforma que o governo vai implementar no IRS de 2015, mas desde já deu
para ver que vai uma grande salganhada, primeiro vieram dizer que iriam
beneficiar os casais que tivessem mais filhos, obviamente se beneficiam uns irão
prejudicar outros, e neste caso quem não tivesse filhos seria obviamente
prejudicado, mas mais uma vez o governo num golpe de rins veio desdizer-se e
veio dizer que quem não tivesse filhos não seria prejudicado em nada pois
poderia optar pelas regras do IRS de 2014, obviamente que todos o irão fazer,
mas o que me faz falar aqui nem é no facto, de eu possivelmente ser beneficiado
com esta reforma porque até nem o seria pois apenas tenho um filho mas no facto
de dizerem que um casal sem filhos seria prejudicado por ter que vir a pagar
mais IRS no ano de 2015.
Vamos a factos, primeiro
no meu caso e pelo facto de ter apenas um filho (e já me chega), em vez do meu IRS
ser dividido por 2 (eu e a minha mulher) passaria a ser dividido por 2.3 ou
seja para as finanças o meu filho representa 0.3 de criatura, pois
provavelmente só come por 0.3… veste só por 0.3… só deve adoecer 0.3… resumindo
o meu filho só pesa no meu orçamento 0.3, bem a realidade é bem diferente e o
meu filho é um elemento idêntico a qualquer outro cá em casa senão mesmo em
alguns casos um dos que mais pesa nas despesas e falo nomeadamente na saúde e
na educação, ora estas chatices não são sequer chamadas a quem não tem filhos
como bem sei pois estive muito tempo sem ter filhos portanto um casal sem
filhos por opção ou não pagar mais IRS não era só uma questão de equidade como
de alguma justiça, alem de que, num orçamento idêntico quem não tem filhos
ganha muito mais do que quem os tem… e quantos mais tiver pior, é certo que o IRS
para famílias numerosas talvez tenha algum sentido mas para quem tem poucos
filhos será pouco diferente no entanto é algum incentivo a que quem não tem
filhos os poder ter, agora com a tralhada de se escolher qual o sistema fiscal
que mais lhe convém é o mesmo que dizer que valia mais estarem quietos, se com
este tipo de medidas estão á espera de incentivar a natalidade é um completo
disparate, até porque se hoje não tivesse filhos não os teria de certeza… e de
cada vez que vejo alguém gravido apenas tenho que julgar que aquela pessoa ou é
louca ou é corajosa em se meter numa situação de enorme importância num tempo
de crise em que vivemos.
Portanto dever-se-ia
ter coragem em assumir os factos, se quem não quer ter filhos que pague mais
pois o seu orçamento será sempre superior perante a quem não tem filhos e
desafogar fiscalmente quem os decide ter até porque ao ter-se filhos é a única forma
de alimentar o verdadeiro esquema de pirâmide em que assenta a segurança social
em Portugal e se não se tiver filhos um dia não se espere que haja malucos para
alimentar a segurança social, é que acreditar que toda a gente é maluca ao
ponto de ter filhos em catadupa é puramente utópico, só tem filhos quem
realmente fará muito gosto pelos ter, pois para efeitos fiscais só mesmo quem
seja paranoico e com uma elevada dose de coragem é que se decidirá em os ter
para alimentar o sistema, os governantes deveriam pensar um pouco mais nisto em
vez de vacilarem ao mínimo protesto.
NAKED
MAN
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