Penso que
todos os portugueses perceberam aquando da crise politica gerada pela coligação
PSD/CDS-PP, por um lado com a demissão do ministro de estado e das finanças e
um dia depois com a demissão do outro ministro de estado e dos negócios
estrangeiros… curiosamente o líder do partido da coligação com menor expressão
de voto entre as duas forças e que de um modo subtil subentendeu ter terminado
a coligação.
O que se
percebeu por todos os episódios entretanto vividos, é que o país está
ingovernável, está tudo entregue a um bando de crianças, que á mínima
contrariedade fazem birra, é complicado estar na politica nos dias de hoje, e
muitos dos responsáveis do que estamos a viver continuam a passear-se e a
comentar publicamente como se fossem simples espectadores, estou a falar dos
mais variados personagens desde a esquerda á direita, pois o estado a que o
país foi votado não é culpa deste governo… desde o 25 de Abril de 1974 que há
por aí imensos responsáveis e talvez os governantes que governaram Portugal até
meados da década de 90 do século passado são os maiores criminosos ao actual
estado do país, e se alguns ainda continuam na politica activa há outros que
apesar de “reformados” continuam activamente a comentar ou a dar opiniões
quando se tivessem vergonha na cara deveriam era estarem calados.
No
entanto o que fez com que agora estalasse uma crise politica ainda foi mais
caricato, então os nossos digníssimos governantes apesar de saberem que estamos
sobre resgate financeiro não se coibiram de criar uma crise politica deitando
no tapete todo o trabalho e pior o esforço a que todos os portugueses fizeram
até agora, apenas por birras pessoais ou estratégias politicas, mas de uma
coisa todos os portugueses ficaram esclarecidos, estamos tramados, quem nos
governa é um bando de incompetentes infantis, é que ser-se incompetente já é
chato e complicado mas infantil é pior, estamos definitivamente entregues aos
bichos como já aqui escrevi mas o problema é ainda maior.
Ora
vejamos a coligação é incompetente e comandada por um imprestável sem
experiência de vida e por um egocêntrico que admito me desiludiu imenso, pois
se tinha de facto sentido de estado reunisse com colega da coligação e
expusesse os seus pontos de vista se não tivesse feed back há mais personagens
de relevo politico a quem recorrer e só em ultimo caso a demissão, se Victor
Gaspar a demissão não me chocou a demissão de Paulo Portas já me desiludiu,
porque não foi apenas um ministro a demitir-se era o líder do partido da
coligação que com este gesto não só colocou a coligação tremidíssima como á
vista dos decisores internacionais e dos mercados externos esta crise foi
sinonimo de incompetência e falta de capacidade para gerir um país, não só
perante os portugueses que este governos perdeu credibilidade foi perante todo
o mundo.
Não
percebo que um politico com a experiência de um Paulo Portas tenha feito o que
fez, se foi por egocentrismo foi idiota se foi por táctica politica foi
desastroso, para mim toda a imagem que este politico transmitia, caiu por terra
em poucos minutos, e duvido que enquanto houver portugueses com um mínimo de
inteligência este personagem politico nunca mais terá lugar em qualquer teatro
politico ao mais alto nível, o que de melhor ambicionará será ser deputado,
pois votar neste senhor é um erro, sentido de estado não tem nenhum em
comparação com ambição pessoal que demonstrou, nesta crise foi o maior
derrotado e curiosamente o causador da mesma, apenas provou do veneno que
tentou mandar, portanto juro que qualquer politico mais idiota em começo de
carreira não teria ido tão longe como Paulo Portas foi e pior continuo sem
perceber porque ele fez o que fez por muita táctica politica que tivesse, será
que acreditou que desta maneira de actuar é que iria suplantar a crise em
Portugal? Ou que seria desta forma que se iria notabilizar para uma futura
eleição presidencial? Por muito egoísta e egocêntrico que se seja só mesmo
sendo muito idiota se acredita num cenário destes depois da acção que acabou
por fazer.
O
primeiro ministro foi outro dos derrotados, provavelmente aquela declaração ao
país que o mesmo proferiu ao inicio da noite horas depois de ter recebido o
pedido de demissão e de ter ido á posse da nova ministra das finanças
(provavelmente a tomada de posse mais surreal que aconteceu em Portugal e
provavelmente em todo o mundo, ao se dar posse a uma ministra quando nem se
sabe se vai o governo aguentar devido há falha da coligação), foi aterradora
não disse nada ao país, até certo ponto confessou que ficou tão surpreso com o
pedido de demissão quanto os portugueses que naquele momento, perdiam o seu
tempo para o ouvir, o que eu acho aterrador, é normal qualquer português ver-se
na ignorância perante o que se passa nos bastidores de um governo é criminoso alguém
dentro do próprio governo confessar o mesmo, há logo uma pergunta que se
impõem, mas afinal o que estão a fazer? Do que falam? E se falam? Mas confesso
que fiquei estarrecido com a declaração do nosso primeiro ministro, diz que não
aceita o pedido de demissão e que o mais brevemente possível iria entrar em
conversação com o partido da coligação para saber o que estava por detrás de
tal pedido e tentar resolver o que se tinha passado, bem já tivemos um
presidente da republica a questionar-se numa declaração ao país se alguém
poderia entrar-lhe no computador, e pelos vistos a moda pegou, agora temos um
primeiro ministro que não faz ideia do que passa pela cabeça do líder do
partido da coligação, isto tudo na praça publica e com os portugueses chocados
com o que acabavam de ouvir, se as coisas não estavam bem era o dever do
primeiro ministro tentar resolver o assunto antes deste triste episodio, se não
o fez deveria ter o bom senso de agir como um HOMEM que era pedir demissão também,
o que vai sair desta trapalhada toda nunca terá a mesma legitimidade á vista
dos portugueses, de nada vale dizer que depois disto as coisas serão mais
coesas, coesão já todos viram que não há nem vai haver, mas o problema é ainda
mais grave.
Depois temos que fazer um cálculo mental, qual afinal é a alternativa a
este infantário todo que se instalou no poder? O António José Seguro?
Desculpem-me mas aqueles que pensam que este senhor é uma alternativa a
qualquer coisa vão apanhar uma enorme desilusão, a começar pela forma como este
personagem chegou á posição que ocupa hoje, foi sempre uma figura secundaria
dentro do partido sendo sempre uma oposição permanente ao líder do partido
enquanto José Sócrates foi o líder, e não se coibiu ainda na noite da derrota
do mesmo nas legislativas de 2011 de se lançar na corrida para secretario geral
do partido, ganhando numa altura que ninguém de relevo queria assumir o lugar,
ou seja ganhou confortavelmente dadas as circunstancias e arrisca-se a
conseguir chegar a primeiro ministro tendo a mesma capacidade do que o actual
com uma facilidade estrondosa, as pessoas vão-se safar de dois incompetentes
lançando pelo menos mais um para o governo, mas essa seria a ideia de António
José Seguro, obter uma maioria absoluta, mas meus caros não acredito que caso
sejam convocadas eleições antecipadas os portugueses sejam assim tão estúpidos
a dar de novo o poder absoluto a um partido que contribuiu imenso para o actual
estado de coisas tendo ao seu comando um inábil igual ao actual primeiro
ministro, se é este o projecto de Seguro em obter uma maioria absoluta, vai-se
dar mal, a estratégia é clara para os lados do PS, avançar-se quanto antes para
eleições para se poderem contabilizar os ganhos com a incompetência destes
actuais governantes aproveitando a ignorância e memoria curta dos portugueses
que já se esqueceram o que se passou até há 2 anos, e que nos últimos 18 anos,
14 deles foi exactamente o PS que esteve no governo, e o que acho mais giro é
que o líder actual do PS, tem tido muitos “anticorpos” Socráticos dentro do
partido que curiosamente evaporaram-se mal cheirou a poder, neste momento dentro
do partido socialista reina a acalmia, que a qualquer pessoa mais ou menos
informada cheira a podre e que pode explodir mal algo corra menos bem, já para
não dizer o que será se correr mal, daí a enorme pressão para eleições
antecipadas.
Ou seja neste momento não
há ninguém nem nenhum partido com condições para termos um governo coeso, se os
3 maiores partidos estão como estão tanto o PCP como o Bloco de Esquerda não
serão alternativa, esses nem sequer concordam com o acórdão da troika e claro
isso seria o descalabro, no entanto não quer dizer que estejam fora de jogo há
muito português que vai votar neles a pensar vingar-se nos outros 3 partidos e
isto vai ser um saco de gatos, agora meus amigos é que definitivamente não vejo
saída para isto, primeiro não vejo pessoas competentes á frente dos partidos,
depois não vejo competência dentro desses partidos e pior não vejo nada que se
possa fazer para se sair da actual situação, até mesmo um hipotético caso de
coligações não vejo qual ou quais se possam formar dado que os partidos que têm
lugar no parlamento já provaram que não conseguem uma legislatura inteira
juntos aqui em Portugal não há tradição em coligações e todos só querem o poder
só para eles com o prejuízo de todos os portugueses, portanto nesta confusão
vai indo a politica em Portugal.
NAKED MAN
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