Está-se a revelar uma enorme polémica, a realização este ano de exames nacionais para alunos de 4º ano, exames esses extintos há mais de 40 anos, e entre muitos entendidos na matéria está-se a gerar um coro de criticas sem paralelo, a meu entender totalmente injustificadas, no meu entender este ministro da educação (Dr. Nuno Crato) está a fazer um trabalho a todos os níveis notável, e não é só por pertencer a um governo que está numa fase de muito fraca popularidade, que se deve antes demais de vir a terreiro tentar deitar a baixo medidas que têm que ser tomadas.
Primeiro ponto, concordem comigo ou não algo tem de ser feito, contra o estado recente do ensino em que tudo era feito de uma forma facilitista e completamente irresponsável, temos como exemplo máximo, as novas oportunidades , em que um portfolio de vida substituía o conhecimento geral, é verdade que a vida ensina-nos muitas coisas, mas ensina-nos basicamente o que temos interesse em conhecermos e o que vamos aprendendo nos ofícios que vamos exercendo, mas uma pessoa não alcança por si só mais do que isso se não tiver interesse em conhecer mais, mas estatisticamente tem a mesma formação do que uma outra pessoa que passou o seu período escolar completo para obter a mesma equivalência, é verdade que mesmo dentro do ensino regular a exigência não era o supra sumo da necessária, mas mesmo assim quem estudava no ensino regular via-se ultrapassado pela "direita" de uma forma injusta por quem estava nos programas "novas oportunidades", portanto só por aí está muita coisa explicada.
Segundo ponto, ainda á pouco num dos meus vários zappings pela televisão portuguesa, passei mais uma vez (por acidente) numa emissão do big brother VIP, em que vi uma cidadã brasileira que estive a pesquisar ao que parece caiu de paraquedas neste concurso vinda do Brasil, e que estava a responder a perguntas de cultura geral acerca de Portugal feitas pela apresentadora do concurso, é certo que não faço a mínima ideia se a mesma tinha estudado ou não para essas perguntas ou se era da cultura geral da própria, mas a mesma não errou uma única pergunta, mesmo quem era o presidente da republica a mesma respondeu acertadamente, dei comigo a pensar se me acontecesse o mesmo no Brasil decerto que mais de metade daquelas perguntas talvez erraria de certeza, mas a memoria que me veio mais á cabeça foi de um outro exemplo, com uma mesma concorrente a um concurso similar promovido pela mesma estação que apesar de portuguesa não respondia a uma pergunta acertadamente, alem da geografia da mesma se situar em locais estranhos como por exemplo situar africa a norte de Portugal, esta personagem portuguesa tinha recentemente tirado o 12º ano escolar pelo programa novas oportunidades portanto a minha opinião acerca do primeiro ponto está mais do que justificada.
Terceiro ponto, apesar de achar que a concorrente brasileira talvez tenha estudado a lição, tenho em mente que a nível de cultura histórica de cada cidadão brasileiro é superior a qualquer uma de um similar português, alem do que temos que pensar no seguinte o português tem uma total ignorância acerca da historia do Brasil, portanto aquela situação da cidadã brasileira a responder ás perguntas de cultura geral foi bem mais do que puro entretenimento foi uma completa lição de estupidez e ignorância a qualquer português pois muitos portugueses desconhecem inclusive quem é o presidente da republica bem como estão-se completamente a marimbar para a historia do país, muito por culpa do facilitismo que entretanto "apareceu" na educação, o país ficou mais ignorante e estúpido ao mesmo tempo.
Quarto ponto, os exames extintos há 40 anos podem ter sido exagerados na época, mas essa exigência na altura fez com que muitos que tiraram a 4ª classe (4º ano actualmente), ainda hoje possuam conhecimentos que batem aos pontos muitos alunos universitários, é certo que dentro das suas limitações, mas a nível do básico da vida muitos dos que fizeram esses exames ainda hoje aplicam os seus conhecimentos em algo pratico enquanto muitos da minha geração já eram batidos aos pontos pelos nossos pais, a nível de calculo mental, hoje em dia reparo que as gerações actuais ainda são mais do que batidos aos pontos a nível de conhecimento geral pela minha geração, fico muitas vezes a pensar se de facto é isto que queremos para as próximas gerações a facilidade não acho k leve a lado nenhum, a vida não é fácil e normalmente triunfa o mais forte, quanto maior for a preparação no tempo de escola, mas fácil será transpor as dificuldades que a vida nos vai trazer, facilitar na escola é adiar e camuflar a realidade.
Quinto ponto, este exame nem sendo fulcral para a nota final dos alunos em causa, trás a responsabilidade logo á tona precocemente e na minha opinião é benéfico, se antes o exame era fundamental para o sucesso ou insucesso do aluno hoje isso não se coloca, mas também responsabiliza quem não se aplicou de facto a assumir as suas responsabilidades ou seja reprovar de ano, e não levar imprestáveis a passarem sem qualquer esforço, pelo menos há alguma justiça no meio disto tudo, a vida não é fácil então porque os críticos deste ministro defendem tanto o facilitismo?
Resumindo, é certo que numa idade tão precoce não seja colocada uma enorme responsabilidade nas costas dos alunos como também não se deve facilitar completamente a vida ao mesmo, mas criticar alguém apenas porque tenta incutir alguma responsabilidade logo desde principio é completamente estúpido e demonstra uma certa encefalia em torno disto tudo, o futuro não pode ser dos estúpidos embora eles sejam já hoje uma grande maioria.
NAKED MAN
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