O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

quinta-feira, 27 de junho de 2013

FUGA DE CEREBROS PARA O ESTRANGEIRO


                Muito se tem falado ultimamente acerca do aumento a emigração entre os cidadãos portugueses, sendo a grande maioria jovens e recém formados, ou seja Portugal gasta milhões na formação destes jovens e depois eles vão aplicar esse mesmo conhecimento para o exterior, e claro fala-se se os melhores saem do país em busca de melhores condições de vida os que ficam implicitamente serão menos capazes ou competentes ou seja a fuga de cérebros para o exterior.
                Se olharmos á vista desarmada, tudo isto é preocupante, mas antes de mais deveríamos reflectir bem nas coisas, primeiro se há lugar para todos que se formam em Portugal, obviamente que não, hoje em dia e com a massificação do ensino em Portugal, há mais oferta do que procura, isto sem sequer contarmos com os inúmeros cursos inúteis que por Portugal obtêm autorização para leccionar, resumindo a realidade é esta há muito mais oferta do que procura, e então que alternativas apresentam aqueles que tentam evitar a fuga de cérebros? Obviamente que a resposta pronta será que se criem empregos, sim fácil não é? E quem avança para os criar? Pois isso já é um pouco mais complicado não é? Haverá logo quem diga que o nosso mercado de trabalho não é competitivo e mais uma ou outra tirada do género, mas a verdade é está por muitos empregos que se criem a oferta de cursos e de estudantes a saírem todos os anos da universidade estrangulará sempre o mercado de trabalho, a solução talvez seja regular de uma vez por todas o ensino em Portugal, abrir vagas apenas com uma media para a necessidade do mercado de trabalho.
                 Mas continuando a pensar se há mais estudantes do que lugares de trabalho, para onde os colocar? Obviamente a primeira ideia que vem á cabeça de qualquer um será que procurem noutro lugar não é? Ou então vão-se resignar a um qualquer emprego numa caixa de supermercado fazendo um trabalho para o qual não se formaram nem perderam anos de vida a estudar, mas pergunto, afinal em que ficamos? Se não houver cá e houver noutro lugar porque não tentar, e pensando bem onde afinal está a fuga de cérebros? Apenas está-se a assistir a uma procura de emprego que não se obtém cá em Portugal, isso não é uma fuga de cérebros mas o escoamento de mão-de-obra que não tem escoamento no seu país, saem qualificados? Sim mas se não encontram colocação nem hipótese de fazerem o que aprenderam que mal há em tentar-se noutro lugar… onde há fuga de cérebros no meio disto tudo?
                    Talvez haja sim é o estigma social do canudo, ou seja os que se formam em Portugal no estrangeiro não vão usar a sua formação como titulo honorifico, vão trabalhar com humildade caso contrario “saltam” em Portugal mesmo trabalhando nunca caixa de supermercado praticamente exigem serem tratados como se fossem de uma outra classe social, ora em Portugal esse estigma acontece mas no estrangeiro são iguais aos outros, alem disso há uma coisa que me assalta a mente, não quer dizer que mão de obra qualificada que sai de Portugal deixe Portugal mal servido a nível de mão de obra, há a constante ideia de que quem obtém melhores notas dão melhores profissionais do que quem obtém piores notas, a nível académico tem valor ou seja na teoria, mas na pratica ter boas notas a nível teórico não quer dizer que na pratica dê um excelente profissional e que seja de facto um cérebro no mercado de trabalho igual ao que foi na universidade.
                     Tal como há uns anos aconteceu na primeira vaga de emigração em Portugal, também houve uma enorme vaga de mão de obra, não tão qualificada como hoje em dia acontece mas na altura necessária para a construção e desenvolvimento de Portugal, Portugal deixou partir muitos trabalhadores para depois recrutar africanos para reconstruir Portugal após o 25 Abril de 1974, ou seja na época acho mais grave o que se passou do que o que actualmente se passa ou seja a fuga de cérebros de que se tanto fala não é por aqui não lhe darem condições de trabalho mas antes por não haver colocação para os mesmos exercerem a profissão para a qual se formaram, o que é uma situação completamente diferente ao que aconteceu há uns anos.
                       Portanto resumindo não vejo a preocupação demagógica demonstrada por tantos conterrâneos meus, perante a saída de tanto jovem, é verdade que na juventude é que assenta o futuro mas Portugal também tem recursos limitados portanto não há lugar para todos que aqui residem, bem como não se deve chutar para fora quem apesar da idade já trabalha porque não só os jovens que enfrentam o desemprego em Portugal mas muita gente na casa dos 50 anos esses sim sem tantas oportunidades como os jovens nem as mesmas condições de que estes dispõem, mas desses ninguém fala são como os sem abrigo que apenas aparecem no natal emigrando no resto do ano na memoria de todos, o problema em Portugal é a falta de lugares seja para jovens seja para todos, portanto não havendo lugares e ninguém portador da formula magica para alterar o rumo dos acontecimentos, mais não resta do que os jovens procurarem onde possam fazer a sua vida, não querendo dizer que nunca mais voltem ou que não voltem ainda mais qualificados e com experiência profissional.


NAKED MAN

segunda-feira, 24 de junho de 2013

MANIFESTAÇÕES NO BRASIL CONTRA EVENTOS DESPORTIVOS


               Resumidamente e pelo que percebi, supostamente devido a um aumento nos transportes públicos em algumas das principais cidades brasileiras, valores esses que eram irrisórios, mas que foram o percutor para alguns cidadãos brasileiros virem para as ruas manifestarem-se contra o campeonato do mundo de futebol e jogos olímpicos que se vão exactamente se realizarem no Brasil, em 2014 e 2016 respectivamente.
                Se á primeira vista, muita gente até poderá não entender as razões destes cidadãos brasileiros, que a boa verdade cada vez são mais e até já fez recuar o aumento dos transportes em 2 das principais cidades brasileiras, mas ao contrario do que se poderia supor, as pessoas cada vez são mais e cada vez há mais manifestações contra a realização dos ditos campeonatos.
                 Levianamente muita gente talvez não entenda bem as causas e os motivos destas manifestações, mas na realidade o Brasil é muito extenso, e a suposta prosperidade económica que o Brasil tem, não é assim tão extensa como se pode pressupor, e há muita miséria neste país, portanto concordo com um dos motivos da revolta dos brasileiros, se há dinheiro para a realização de grandes eventos desportivos porque não há dinheiro para investir no principal activo de um país ou seja nos seus cidadãos?
                  Sem fazer grandes comparações, repare-se o que se passou em Portugal, durante o Euro 2004, a grande opulência e ostentação com a requalificação e construção de 8 estádios, e hoje 50% dessas infra-estruturas correm o risco de serem demolidas, por falta de uso ou por entretanto se terem tornado obsoletas, isto sem que se tenham passado 10 anos e hoje em dia a população paga uma pesada factura de tudo o que andou alegremente a ver construir, os brasileiros esses pelo menos já mostram ter muito mais inteligência do que os portugueses tiveram ou até desconfio se algum dia irão ter, esses ao verem o seu custo de vida aumentar, indignaram-se se há dinheiro para a realização de grandes eventos também tem de haver dinheiro para a população, se não há infra-estruturas a nível da saúde e educação também não deve haver para grandes eventos desportivos, afinal esses eventos não vai encher a barriga de ninguém.
                  Se em Portugal, a população vive numa constante ilusão acerca das verdadeiras dificuldades da vida, esse drama era o pão nosso de cada dia do cidadão brasileiro, durante décadas que estão habituados a viver na miséria, portanto só actualmente com a pujança financeira deste país é que os cidadãos brasileiros começam a ver algo mais alem da miséria, mas mesmo assim ainda hoje há muitas debilidades neste país, e estamos a falar de uma população viciada em futebol… manifestarem-se contra um evento desportivo deste nível é uma clara mensagem de que a população pode ter os seus vícios, mas não é estúpida e os governantes deveriam tirar ilações disto, se em Portugal a população tivesse feito o mesmo na altura em que andavam a pendurar bandeirinhas nas janelas a apoiar a selecção de futebol talvez hoje a dor da factura não fosse tão dolorosa.
                    Exactamente por os portugueses, não terem uma visão objectiva das coisas é que não entendem o que estão a passar neste momento, nem percebem porque nem como se chegou á divida que o país contraiu e está a pagar actualmente, esses portugueses são os mesmos que dizem que Portugal não deve pagar a divida e que se manifestam contra a entrada da troika em Portugal e nas consequências que essa mesma entrada se reflectiu nas suas vidas, esses portugueses que têm como lema de vida a ignorância, são os mesmos que penduraram as bandeirinhas e andaram alegremente a festejar as aventuras e desventuras do campeonato europeu de 2004, é que se há muita trafulhice em Portugal e coisas que muitos portugueses ignoram, esta situação em particular só mesmo uma grande besta não viu serem construídos 8 estádios, e também mesmo só uma grande besta ignorava quem um dia iria pagar esses mesmos estádios, hoje manifestam-se contra a entrada de uma entidade que entrou no país a pedido do governo desse país e que se não entrasse hoje não havia dinheiro no país pois teríamos entrado em bancarrota, o brasileiro pode ser pobre mas não é estúpido, e o lema deles é que se há dinheiro para eventos desportivos também deve haver para a população e portanto manifestam-se antes da realização desses eventos.
                       Portanto não posso concordar mais com as razões dos brasileiros se manifestarem, o aumento do preço dos transportes públicos pode até ter sido um pequeno motivo, mas o povo brasileiro percebeu que em primeiro lugar está o povo, e só depois o resto e por muita paixão e amor que tenham por um desporto isso nunca lhes vai encher a barriga nem os vai tirar da miséria, portanto lutam por algo com um motivo, em Portugal apenas há manifestações atrás do prejuízo ou seja, deixaram as coisas acontecerem alegremente e felizes e hoje manifestam-se contra as consequências, daí eu cada vez mais me enojar com os motivos porque os portugueses se indignam, deviam principalmente ter mais inteligência e capacidade de raciocínio perante o que todos os dias são confrontados, e não embarcarem em grandes eventos sem pensarem nas consequências que esses mesmos eventos um dia lhes trará na vida, e não é depois protestarem contra uma coisa que muitas vezes acredito nem perceberem o que de facto estão a fazer.


NAKED MAN

quinta-feira, 20 de junho de 2013

MAS AFINAL EM QUE FICAMOS?


                    Actualmente em Portugal, o termo constitucional está no léxico dos portugueses, para tudo há inconstitucionalidades e entre elas a maior é o conceito de igualdade, e aí há uma enorme confusão que a mim confesso me afecta imenso, primeiro houve um enorme burburinho em torno dos últimos orçamentos de estado, em que os funcionários públicos e reformados saiam visivelmente prejudicados frente aos trabalhadores do sector privado, desse burburinho resultou numa inconstitucionalidade em torno disso mesmo, teria que haver igualdade entre o sector privado e publico.
                   Por esse motivo os trabalhadores do sector privado passaram a pagar mais impostos tal como os reformados e funcionários públicos também já faziam, mas pergunto será assim tão linear essa inconstitucionalidade? E até onde haverá realmente igualdade entre estes elementos?
                   Ora bem, não quero ir contra os funcionários públicos nem reformados, mas há coisas que diferem e em muito toda esta gente, até mesmo entre reformados há desigualdades, as reformas dos trabalhadores do sector publico são invariavelmente superiores ás do sector privado para ordenados equivalentes, já para não falar dos direitos e benefícios, entre os quais o sistema de saúde (ADSE) que mais não é do que um seguro de saúde camuflado, e até o acesso á reforma foi feito de uma forma desigual, um funcionário publico antes podia reformar-se com 36 anos de descontos independentemente da idade, enquanto um funcionário do sector privado nunca poderia reformar-se com menos de 40 anos de descontos e no mínimo com 55 anos de idade e também para não falar de um horário semanal de 35 horas enquanto os trabalhadores do sector privado trabalham 40...
                   Se a nível de reformados podemos ter algumas noções das desigualdades lactentes, entre os activos trabalhar no estado sempre foi mais vantajoso do que trabalhar no sector privado, primeiro pela segurança no emprego e nas condições proporcionadas também vindo á cabeça o sistema de saúde entre outros, durante anos houve desigualdades e obviamente há luz do pensamento actual inconstitucionalidades, mas só hoje em que se tenta mexer nestes pontos há um enorme burburinho, neste caso não foi nivelar o sector privado pelo publico mas o seu inverso, e obviamente agora há muito ruído, pois os sindicatos estão em polvorosa, devido a estarem a mexer nos interesses em quem lhes ainda dá dinheiro e algum credito (os funcionários públicos) e isso está bem patente em cada vez que há uma greve, não fosse o sector publico e praticamente nenhuma greve teria impacto, o medo dos sindicatos é esse mesmo se nivelarem os funcionários públicos pelo privado, a sua força politica ficará reduzida.
                  Mas continuo a perguntar-me se há desigualdades e inconstitucionalidades na hora de pagar porque nunca ninguém as viu na hora de receber? Ou seja se os privados têm que pagar uma crise provocada pelo patrão dos funcionários públicos e já agora também dos reformados pois de uma forma ou de outra também é o estado português que lhes paga, será que um dia os funcionários públicos pagam uma crise gerada na minha empresa? Será que há uns que devem beneficiar de condições diferentes das minhas apenas porque trabalham para o estado? Afinal há luz da constituição todos os portugueses não são iguais?
                  Não é que seja contra as regalias dos funcionários públicos e reformados do sector publico, mas se tem havido ao longo dos tempos diferenciação essa tem sido enorme perante a quem está ou sempre esteve no sector privado portanto desde a criação da constituição que tem sido praticada uma autentica inconstitucionalidade, não é nos dias de hoje que a mesma ocorre, mas as maiores discrepâncias até nem é nas bases do sector publico, pois mal que se fala no funcionário publico a ideia de meter na fogueira é logo o cantoneiro, a funcionaria do posto médico, a auxiliar educativa etc., mas esses coitados são apenas a ponta do icebergue, quem de facto beneficia e muito de regalias por trabalharem ou já terem trabalhado para o estado são os altos quadros, e alguns sectores, falo de juízes, militares, políticos etc., esses sim têm e sempre tiveram um tratamento privilegiado e têm rendimentos muito acima das bases, já para não falar de certas benesses que dispõem para aposentação, por exemplo um juiz do tribunal constitucional o mesmo que julga as inconstitucionalidades, pode ser reformado após 12 anos de serviço e 40 de idade, e ainda julgam inconstitucionalidades? Quando praticam uma das maiores inconstitucionalidades? Quem mesmo dentro do sector público se pode reformar com 40 anos de idade ou 12 de serviço? E onde está a igualdade tão proclamada e defendida? Isto de uns serem mais iguais do que outros é que não é nada constitucional, então se há diferenças nos benefícios porque não poderá haver igualmente diferenças nas obrigações? Mas afinal em que ficamos?


NAKED MAN

segunda-feira, 17 de junho de 2013

OS “RELVAS” DA POLITICA


                  Bem ao que parece o famoso e decadente ministro Miguel Relvas, pediu a demissão do cargo que exercia, a sua permanência no governo já tornava o executivo algo insustentável, dadas as enormes trapalhadas em que se via envolvido, desde casos com espiões, a ameaças da jornalistas e terminando no caso da sua licenciatura munida de turbo compressor (só não sei se era o Garrett t3 ou não), e foi exactamente através desta licenciatura turbo que mais o desgastou na permanência no governo ou seja, deu a ideia que para se ser algo a nível executivo tem que se possuir invariavelmente qualquer tipo de licenciatura mesmo que a mesma seja obtida com o recurso aos mais diversos subterfúgios, não quero dizer que a obtenção de créditos que o mesmo obteve fossem ilegais nada disso, esse precedente foi criado e usado por muita gente, mas nunca ninguém tinha obtido tanto credito e pelos mais exóticos motivos (como por exemplo o credito que obteve por ter sido presidente da mesa de assembleia de um racho folclórico), isso não aconteceu a mais ninguém mas deveríamos pensar mais a fundo no assunto.
                    Já há uns anos um outro governante tinha sido envolvido em supostas irregularidades na obtenção da licenciatura, falo do Sr. Eng. José Sócrates, depois de nada ter ficado provado, o que é certo é que este caso abalou tanto a instituição que o licenciou (Universidade Independente), que esta acabou por ser encerrada por ordem do ministério da educação, e entre muitos outros políticos que volta e méis são “apanhados” a colocarem uns “pozinhos de perlimpimpim”, ou nos seus curriculums que são entregues na assembleia da republica.
                    Já aqui falei que em Portugal há muito o síndrome do canudo, e na politica esse síndrome deve ser puxado ao limite, os deputados e governantes dizem querer ser os representantes do povo, mas são os primeiros a quererem distanciar-se deles como o diabo foge da cruz, e não vemos deputados que foram canalizadores, electricistas ou mecânicos, mas todos eles possuem um curso superior e não me venham com a demagogia de vão de escada que o deputado Jerónimo de Sousa é um afinador de maquinas e que não possui qualquer curso superior ou equivalente que eu tenho como resposta pronta que alguém que é deputado há mais de 35 anos, é alguém que de metalúrgico ou afinador de maquinas não tem nada, sendo antes mais um deputado profissional, e isso não é bem o que deveria ser um deputado, o deputado deveria trabalhar para o país e não ser o país a sustentar o deputado, 35 anos a exercer uma função não pode dizer que é um homem do povo disso já nem sequer se deve lembrar o que é uma maquina ou o que é ser do povo.
                      Portanto o caso Relvas não é único nem virgem, este foi apenas mais um dos muitos “esqueletos” no armário que proliferam na politica nacional e internacional, o síndrome de inferioridade de sem a via de possuírem uma licenciatura não estarem ao nível do cargo que ocupam, é atroz, conheço muita mulher da limpeza com melhores capacidades para exercer lugares de relevo do que muito licenciado que o ocupa, já para não dizer que para ocuparem e exercer os cargos que ocupa muitos políticos qualquer um o pode exercer, alguns mesmo até o pato Donald era capaz de resolver muitos assuntos, portanto não percebo o porque de haver cada vez mais estes casos de Chico espertismo para os poderem ocupar.

NAKED MAN

quinta-feira, 13 de junho de 2013

EXAMES DO 4º ANO E A CULTURA GERAL


                  Está-se a revelar uma enorme polémica, a realização este ano de exames nacionais para alunos de 4º ano, exames esses extintos há mais de 40 anos, e entre muitos entendidos na matéria está-se a gerar um coro de criticas sem paralelo, a meu entender totalmente injustificadas, no meu entender este ministro da educação (Dr. Nuno Crato) está a fazer um trabalho a todos os níveis notável, e não é só por pertencer a um governo que está numa fase de muito fraca popularidade, que se deve antes demais de vir a terreiro tentar deitar a baixo medidas que têm que ser tomadas.
                   Primeiro ponto, concordem comigo ou não algo tem de ser feito, contra o estado recente do ensino em que tudo era feito de uma forma facilitista e completamente irresponsável, temos como exemplo máximo, as novas oportunidades , em que um portfolio de vida substituía o conhecimento geral, é verdade que a vida ensina-nos muitas coisas, mas ensina-nos basicamente o que temos interesse em conhecermos e o que vamos aprendendo nos ofícios que vamos exercendo, mas uma pessoa não alcança por si só mais do que isso se não tiver interesse em conhecer mais, mas estatisticamente tem a mesma formação do que uma outra pessoa que passou o seu período escolar completo para obter a mesma equivalência, é verdade que mesmo dentro do ensino regular a exigência não era o supra sumo da necessária, mas mesmo assim quem estudava no ensino regular via-se ultrapassado pela "direita" de uma forma injusta por quem estava nos programas "novas oportunidades", portanto só por aí está muita coisa explicada.
                   Segundo ponto, ainda á pouco num dos meus vários zappings pela televisão portuguesa, passei mais uma vez (por acidente) numa emissão do big brother VIP, em que vi uma cidadã brasileira que estive a pesquisar ao que parece caiu de paraquedas neste concurso vinda do Brasil, e que estava a responder a perguntas de cultura geral acerca de Portugal feitas pela apresentadora do concurso, é certo que não faço a mínima ideia se a mesma tinha estudado ou não para essas perguntas ou se era da cultura geral da própria, mas a mesma não errou uma única pergunta, mesmo quem era o presidente da republica a mesma respondeu acertadamente, dei comigo a pensar se me acontecesse o mesmo no Brasil decerto que mais de metade daquelas perguntas talvez erraria de certeza, mas a memoria que me veio mais á cabeça foi de um outro exemplo, com uma mesma concorrente a um concurso similar promovido pela mesma estação que apesar de portuguesa não respondia a uma pergunta acertadamente, alem da geografia da mesma se situar em locais estranhos como por exemplo situar africa a norte de Portugal, esta personagem portuguesa tinha recentemente tirado o 12º ano escolar pelo programa novas oportunidades portanto a minha opinião acerca do primeiro ponto está mais do que justificada.
                  Terceiro ponto, apesar de achar que a concorrente brasileira talvez tenha estudado a lição, tenho em mente que a nível de cultura histórica de cada cidadão brasileiro é superior a qualquer uma de um similar português, alem do que temos que pensar no seguinte o português tem uma total ignorância acerca da historia do Brasil, portanto aquela situação da cidadã brasileira a responder ás perguntas de cultura geral foi bem mais do que puro entretenimento foi uma completa lição de estupidez e ignorância a qualquer português pois muitos portugueses desconhecem inclusive quem é o presidente da republica bem como estão-se completamente a marimbar para a historia do país, muito por culpa do facilitismo que entretanto "apareceu" na educação, o país ficou mais ignorante e estúpido ao mesmo tempo.
                  Quarto ponto, os exames extintos há 40 anos podem ter sido exagerados na época, mas essa exigência na altura fez com que muitos que tiraram a 4ª classe (4º ano actualmente), ainda hoje possuam conhecimentos que batem aos pontos muitos alunos universitários, é certo que dentro das suas limitações, mas a nível do básico da vida muitos dos que fizeram esses exames ainda hoje aplicam os seus conhecimentos em algo pratico enquanto muitos da minha geração já eram batidos aos pontos pelos nossos pais, a nível de calculo mental, hoje em dia reparo que as gerações actuais ainda são mais do que batidos aos pontos a nível de conhecimento geral pela minha geração, fico muitas vezes a pensar se de facto é isto que queremos para as próximas gerações a facilidade não acho k leve a lado nenhum, a vida não é fácil e normalmente triunfa o mais forte, quanto maior for a preparação no tempo de escola, mas fácil será transpor as dificuldades que a vida nos vai trazer, facilitar na escola é adiar e camuflar a realidade.
                 Quinto ponto, este exame nem sendo fulcral para a nota final dos alunos em causa, trás a responsabilidade logo á tona precocemente e na minha opinião é benéfico, se antes o exame era fundamental para o sucesso ou insucesso do aluno hoje isso não se coloca, mas também responsabiliza quem não se aplicou de facto a assumir as suas responsabilidades ou seja reprovar de ano, e não levar imprestáveis a passarem sem qualquer esforço, pelo menos há alguma justiça no meio disto tudo, a vida não é fácil então porque os críticos deste ministro defendem tanto o facilitismo?
               Resumindo, é certo que numa idade tão precoce não seja colocada uma enorme responsabilidade nas costas dos alunos como também não se deve facilitar completamente a vida ao mesmo, mas criticar alguém apenas porque tenta incutir alguma responsabilidade logo desde principio é completamente estúpido e demonstra uma certa encefalia em torno disto tudo, o futuro não pode ser dos estúpidos embora eles sejam já hoje uma grande maioria.


NAKED MAN

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A EPOCA DOS INSECTOS



                    Vi recentemente uma noticia que me deixou a pensar e que vai ao encontro ao que digo muitas vezes entre amigos meio a brincar que é "qualquer dia quero ver quando alguém disser que as pessoas têm que se atirar a um poço quantos vão-se atirar", e tenho a certeza que uma grande parte atira-se mesmo, pois de cada vez que vejo ou leio algo sobre um assunto em que há sugestões essas mesmas sugestões são seguidas por muitos como se uma verdade absoluta fosse, já vi de tudo desde gente a pregar bandeiras nacionais na janela para apoiar a selecção nacional até á paranóia em torno da reciclagem e aquecimentos globais, mas desta vez a situação em causa é ainda mais hilariante.
                    Bem a noticia era a seguinte a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) veio dizer uma coisa que é por demais conhecida mas ignorada por muitos, que por volta de 2050 provavelmente seremos 9 mil milhões de habitantes e que não haverá comida para todos, disso mesmo já aqui escrevi há cerca de 1 ano aquando a passagem dos 7 mil milhões de habitantes, de que com um crescimento exponencial da população da forma como está feita não é sustentável por muito tempo pois o planeta não se expande e é limitado, portanto a observação deste organismo não é mais do que uma confirmação do que eu sempre pensei e sei.
                   As ideias estúpidas que nos colocam na cabeça de que a população está a envelhecer é uma perfeita mentira, a população de facto em alguns países estás  envelhecer mas a preocupação de muitos governantes é que a população activa não é suficiente para sustentar os mais velhos nas reformas, ou seja a base de sustentação de uma segurança social está a ficar insustentável isto não quer dizer que a raça humana esteja a caminhar para a extinção, muito longe disso, o envelhecimento da população para muitos países gera preocupação é porque está cada vez mais difícil sustentar o sistema piramidal em que as seguranças sociais desses mesmos países estão assentes, isso sim muita gente se preocupa, com o seu próprio umbigo, mas ninguém se preocupa com o facto de um dia não termos recursos para alimentar quem vive, o que interessa é muitos terem reformas ou subsídios pagos pelos mais novos e activos, agora se um dia não termos o que comer isso já não é problema nenhum.
                   E aí vem o que mais me chocou na noticia, uma das alternativas que este organismo publicou é que há falta de muitos bens alimentares, os insectos seriam um óptima alternativa igualmente nutritiva e praticamente inesgotável, sim concordo, de facto em alguns países esses mesmos insectos são consumidos, em 80% do planeta culturalmente não o são, como é o caso do meu país, alem de não consumirmos insectos quase 99% da população acha-a uma refeição repugnante e nojenta, não sendo portanto muito fácil a introdução nos hábitos alimentares deste tipo de alimentação, mesmo em caso de fome.
                   Mas é exactamente ai que mais me revolta, em vez de se assumir que cada vez mais a população cresce e que de alguma forma tem que haver alguma espécie de controlo de natalidade, pois se em alguns países há recursos e essa mesma natalidade está controlada noutros países e principalmente nos de economia emergente esse mesmo controlo não está minimamente controlável, ou seja há que de uma vez por todas assumir as consequências e não camuflar as coisas, há população a mais e recursos a menos, não deixar aumentar a população e no final criar alternativas exóticas tais como comer insectos, isso é regressar aos primórdios da civilização, em vez de evoluirmos vamos regredir?
                 Portanto as pessoas deveriam começar apensar bem nas coisas e não ligar a tudo o que ouvem, pensem mais e reflictam mais, mas o que as pessoas mais fazem é apenas seguir o que outros dizem ou mandam fazer, o que as pessoas estão habituadas é seguir tudo o que lhes "vendem" e não pensarem por elas próprias, mas este aviso da FAO é para ser levado a sério e as pessoas desde já começarem a pensarem bem nas consequências antes que pensem nas alternativas, ou seja controlem a população e não comecem já hoje a pensar em comer escaravelhos, minhocas, gafanhotos ou baratas entre muitos outras iguarias disponíveis.


NAKED MAN

quinta-feira, 6 de junho de 2013

SWAPS E A CONFUSÃO GERADA



                         Ultimamente tem havido um certo burburinho em volta de uma contratação de produtos financeiros por parte dos gestores das empresas publicas denominados de swaps, e que por essa via já gerou uma onda de demissões até de secretários de estado, que estiveram envolvidos nessas contratações.
                         É engraçado esta polémica ter rebentado numa altura em que as taxas de juro estão escandalosamente baixas, e esta historia faz-me lembrar quase em tudo a habitual polémica do aumento dos combustíveis versus aumento do petróleo, é que as noticias sensacionalistas nunca aparecem quando a gasolina baixa, apenas atacam quando o aumento começa a ser cada vez mais visível, neste caso é igual a noticia rebenta logo numa altura em que a taxa de juro esta num nível nunca antes visto.
                         Os swaps são basicamente o mesmo do que uma qualquer cidadão contratar um credito a uma taxa fixa, o swap é um veiculo financeiro que estabiliza a taxa de juro variável numa fixa, sendo que se a taxa de juro subir a partir do valor fixado é a veiculo swap a cobrir a variação, mas se baixar a taxa de juro o valor a pagar pelo cliente será igual ou seja o cliente paga mais do que a taxa de juro que inicialmente tinha negociado o credito ficando o remanescente a cargo do veiculo swap.
                        Pode-se pensar inicialmente quem o que os gestores das empresas publicas fizeram mais não foi do que jogar com o dinheiro de todos os contribuintes como se estivessem num casino, mas as coisas não são assim tão lineares, muitos destes contratos swap foram negociados antes de rebentar toda esta bolha financeira, ou seja numa época de taxas de juro voláteis e com tendência em subir, peço que reflictam num pormenor, quem possui um credito habitação quando a taxa de juro aumentou não ficariam mais contentes se estivessem protegidos por uma taxa de juro fixa? Ora bem quem possui um credito a habitação e viveu o período entre 2006 e 2008, e que ainda se lembre desses tempos tenho a certeza que se vão lembrar do que pagavam a mais de cada vez em que a taxa de juro era revista, ora se pagavam imenso em cada revisão facilmente irão imaginar em quanto as empresas publicas não pagariam a mais em cada revisão, o que estes gestores fizeram mais não foi do que se protegerem perante um escalar das taxas de juro contratando os swaps para esse efeito, o que só por si não é em nada criminoso bem pelo contrario.
                        O que os gestores fizeram foi protegerem-se perante o escalar dos juros, mas obviamente quando eles começaram a descer os swaps começaram a lucrar com isso, mas isto é os risco de quem contrata taxa fixa, não é má gestão ou crime por si só, os gestores não são adivinhos, estranho é quando as taxas de juro estavam escandalosamente em alta ninguém ter apontado o dedo a esta pratica financeira, agora e depois de alguns anos a taxa de juro estar em baixa é muito fácil acusar e apontar o dedo, mas tal como um credito a habitação estes empréstimos das empresas publicas são a muito longo prazo portanto ninguém pode confirmar que as taxas de juro voltem a subir e que o dinheiro hoje perdido pago a mais não seja recuperado em anos posteriores, é um pouco estúpido acusar da forma como as noticias são dadas sem antes explicar bem o que é bem feito e mal feito.
                   O que as noticias se estão a referir é a produtos swap considerados "exóticos" em que em vez de serem contratados pela base na taxa de juro são calculados pelas mais variadas condicionantes tais como as cotações do petróleo, e aí estamos a falar de uma coisa completamente diferente e diferenciada, uma coisa é contratar um produto financeiro que nos proteja das subidas dos juros mas no qual perderemos dinheiro se as mesmas taxas de juro descerem, outra completamente diferente é fazer um jogo de bolsa com os cálculos das taxas e a contratação dos swaps que mais não são do que tão variáveis como as taxas de juro inicialmente contratadas e que estiveram na origem da contratação dos swaps, aqui sim há má gestão por parte de quem decidiu contratar estes veículos financeiros e a forma em que foram contratados e negociados, e claro deveria-se responsabilizar pessoalmente quem os contratou, mas o que as noticias fizeram foi acusar os bons gestores e os maus, sem terem separado o "trigo do joio", colocaram dentro do mesmo saco quem contratou swaps para se protegerem da subida dos juros para os que contrataram swaps para jogarem ao casino ou na bolsa, e isso é que é grave.
                    Maus negócios em Portugal em tudo o que é publico já estamos habituados e há um sentido de impunidade que lavra entre que administra o bem publico, tanto que raramente se apuram responsabilidades pessoais a quem faz má gestão, mas neste caso é ser-se mais papista do que o papa, é atacar todos sem explicar bem o que se está a acusar, sim deve-se acusar quem pratica má gestão mas também não se deve lançar para a fogueira quem não teve como objectivo lesar o estado e o dinheiro dos contribuintes, e já agora devia-se aproveitar também a embalagem e acusar todos que estiveram por detrás de negócios ruinosos contra o estado português, isto incluindo políticos que governaram Portugal...


NAKED MAN

segunda-feira, 3 de junho de 2013

THE SHOW MUST GO ON



                     Lembrei-me deste titulo, a pensar na musica celebrizada dos Queen, quando tive conhecimento de um triste episodio, e se perante varias situações será obrigatório seguir-se a todo o custo o espectáculo, noutras situações no entanto acho desproporcional que por uma qualquer razão comercial ou económica tenha que seguir o espectáculo e a festa, vi numa noticia que durante a festa das queima das fitas no porto, houve um assalto a uma das bilheteiras da festa e que resultou na morte de um finalista.
                     Esta tragedia por si só deveria ser motivo por haver algum respeito pela vida humana, e com o seguimento da festa em si, foi uma oportunidade que se perdeu, em entrevistas que vi na televisão e li nos jornais vi comentários de outros estudantes, em que entre afirmações de pesar e lamento pelo que se passou, mal vinha á baila se a festa deveria ser cancelada, as opiniões quase eram unânimes, obvio que não, cheguei a ler em que a opinião de um dos entrevistados o aluno morto provavelmente seria contra que a festa acabasse por motivo da sua morte... no mínimo curiosa esta observação.
                    Que já era da opinião de que os valores e respeito estão progressivamente a acabar, já tinha uma breve desconfiança, agora tenho a certeza absoluta, se entre os militares há um código de honra em que não se deixa ninguém para trás, esse código de honra não existe por entre as restantes pessoas, e entre a camada jovem então viver ou morrer praticamente deve ser a mesma porcaria, pelo menos vivo sempre podem continuar a ir á festa... deve ser o entendimento entre os prodígios futuros.
                   Já li e vi muita opinião acerca do continuar dos festejos, apesar da tragedia em causa, mas o que mais a mim me choca é o total desprezo pela vida humana entre os congéneres, ou seja os supostos colegas o que mais se interessaram foi pela festa e não manifestar apoio pela vida perdida de um colega, é certo que o anular da festa em si pode ser uma demonstração de medo e dar voz ao crime, mas o assalto em si não foi o que me chocou mas a morte do estudante que participava activamente na festa, o termo the show must go on neste caso deveria ter sido muito bem reflectido ou então temo imenso o futuro e as noções de respeito que as gerações actuais têm, nem sempre os interesses económicos se deveriam superiorizar perante os interesses morais.


NAKED MAN