DOWNLOADS ILEGAIS
Muito se tem falado sobre este assunto ultimamente e a polémica parece subsistir cada vez mais, o mundo está em mudança e se antes a compra de artigos culturais a nível de filmes musica e afins eram realizados pelos circuitos comerciais com a proliferação da Internet e o seu desenvolvimento, cada vez mais o negocio foi sendo reduzido através muito por culpa das partilhas entre internautas dos conteúdos sejam musicais, cinéfilos ou de qualquer outra forma de comercialização do produto intelectual, os chamados downloads ilegais, ou seja feitos á margem da industria de comercialização e dos chamados direitos de autor, ou seja quem produz, realiza e comercializa não obtém qualquer espécie de lucro com a transacção constituindo dessa forma crime seja para quem pratica a partilha como de quem a obtém e beneficia dela.
Resumindo muito rapidamente a industria não se precaveu para o fenómeno Internet, primeiramente desvalorizou e quando reparou que tinha cometido esse erro, tentou sancionar o mesmo fenómeno indo para tribunal, ou seja houve impreparação da industria que hoje em dia cada vez mais sofrem na pele esse mesmo erro, com os constantes prejuízos, sim se no inicio a industria prevendo que este fenómeno de partilha na Internet se iria generalizar podiam eles mesmo disponibilizar a venda dos mesmos produtos on-line legalmente a preços reduzidos, imaginemos 1 cêntimo á musica ou 1 euro o filme ou 50 cêntimos o livro, só esta medida em si levaria a que muita gente nem olha-se para o lado na altura de obter o produto, as perdas para a industria seria menores e deixaria os “piratas” praticamente sem margem de manobra, mas não a industria escondeu a cabeça na areia e ignorou completamente o fenómeno, preferindo o circuito comercial normal com a venda dos produtos culturais no formato físico, com o passar dos anos e o avolumar dos prejuízos é que reagiram, nomeadamente através da apple com a criação do itunes, mas a preços apesar de serem mais em conta, mas em comparação com o que se podia obter com o download feito de uma forma ilegal ainda assim muito elevados, obviamente a competição entre estes 2 mercados (o legal e o ilegal) todos sabemos quem ganhou rapidamente vantagem.
Na actualidade a industria e as sociedades protectoras dos autores travam uma batalha legal nos tribunais, levando já muitas vitorias frente aos piratas, mas a historia mesmo assim hoje em dia leva-me a pensar que os piratas estão um senão mesmo dois passos á frente da lei, é que por cada vitoria da industria e dos autores frente aos “piratas” há mais 5 sites que são criados e mais 5 formas diferentes de se obter o produto “falsificado”, portanto a industria e os autores teimam em seguir a estratégia errada.
Já há muitos autores que perceberam que a batalha pela legalidade nunca os irá levar a lado nenhum e permitem através dos seus sites o download legal e gratuito de musicas senão mesmo álbuns, e que com isso têm e obtêm mais lucro do que andarem constantemente atrás das “bruxas” e dos “piratas”, pois nomeadamente a nível musical muito cantor e grupo já perceberam que onde obtêm lucro na realidade é nos espectáculos e concertos do que na venda do álbum em si, e é essa a realidade, a nível musical o que as pessoas querem de facto é verem e sentirem os seus ídolos ao vivo e claro para isso não há “pirataria” que vença, ninguém pode substituir o original e claro um bom trabalho tem obviamente muito publico e quantos mais tiverem acesso ao conhecimento mais irão para ver os espectáculos para isso pagando bilhete, muito básico e simples, o problema é que a industria discográfica recusa-se a entender isso porque os seus milhões de lucro nesta via, obviamente que se esfumam, caso muita gente não imagine num compact disc, o preço final é a divisão dos impostos, o valor do disco, o custo da produção e realização, o lucro da editora e o lucro do artista ou grupo, sendo estes últimos quem pouco ou nada ganham com a venda do produto pois a sua margem de lucro em oposição com os lucros obtidos na industria são parcos, daí muito grupo ou cantos se lançar “por conta própria” nos seus sites ou redes sociais, o lucro obtido na venda do produto pode ser pouca ou nenhuma, mas nos concertos e no merchandising é onde obtêm o lucro de facto, mas para isso têm que trabalhar e há aí muito artista que não está para isso ou não têm talento musical para actuar ao vivo e claro a esses não interessa obterem lucro pelos espectáculos mas no produto acabado e editado.
Na questão dos filmes e dos livros a situação é mais complicada dado que a fonte de financiamento é o lucro com o visionamento, obviamente que ninguém vai ver um filme ao cinema depois de o ter sacado gratuitamente ou a um preço inferior como o tal euro que propus anteriormente, mas para isso também há “remédio”, que tal alem da venda a preços irrisórios e no circuito comercial normal, os autores obterem patrocínios seja para serem exibidos em pleno filme seja através de publicidade subliminar com produtos a serem usados em pleno filme como hoje em dia já nos é impingido até níveis que chegam a provocar o vomito, mas seriam ideias para que a arte passasse a ser financiada e a sua posterior venda ou acesso fosse feita de uma forma mais acessível, é que só mesmo uma mente muito ignorante deverá imaginar que tudo o que seja feito de uma forma ilegal deixara de ser usado ou feito apenas porque, há a pairar sob as cabeças dos internautas a pena de prisão, mas seria surreal, prender toda a gente envolvida na partilha ilegal de material protegido pelos direitos de autor, parafraseando a bíblia “quem nunca pecou que atire a primeira pedra”, portanto imagino as prisões necessárias para albergar tanto “meliante”.
Portanto é surreal imaginar-se que se vai penalizar todos os meliantes que “sacam” coisas da Internet ilegalmente bem como penalizar quem faculta os ficheiros para download, se um site é fechado logo aparecem outros noutros países para se poder fazer os mesmos, se foram pelo caminho de limitar ou mesmo retirar a Internet a quem faz downloads ilegais isso é abrir uma caixa de pandora, mais dia menos dia vai dar problemas, vai passar a ser uma era de “tubes” ou seja deixa de haver download para se poder visionar vídeos em formato youtube ou streaming, moral da historia vai haver sempre alternativas para quem quer aceder a conteúdos teoricamente protegidos pelas leis de direitos de autor, quem detém esses direitos é que deveria pensar em inovar em vez de tentar anular o inevitável, é que por mais que tentem restringir e penalizar os prevaricadores menos lucro têm obtido portanto uma coisa deviam ter em consciência, ao pensarem que estão a ganhar as batalhas estão claramente cada vez a perderem a guerra…
NAKED MAN
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