O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

segunda-feira, 22 de abril de 2013

AS 3 CLASSES DE TRABALHADORES EM PORTUGAL


                De cada vez que ocorre uma greve em Portugal, reparo sempre num fenómeno, quem alinha na greve é uma pequena parte dos trabalhadores, pois a maioria de quem trabalha continua a laborar como se um dia normal se tratasse, muitos sendo vitimas da greve realizada pela minoria, principalmente quem necessita de recorrer a transportes públicos, ou dependem de serviços públicos para poderem trabalhar.
                 Ou seja reparo que cada vez mais há classes definidas de trabalhadores a laborar em Portugal, mas só uma ínfima parte dos trabalhadores tem a possibilidade de fazer greve, os números que os sindicatos apresentam por vezes são tão irrealistas como os números avançados pelo governo, mas os números dos sindicatos pecam por uma irrealidade brutal, basta sair-se á rua para se perceber que o país não parou, quanto muito está condicionado por alguns sectores que não passam de braços “armados” dos sindicatos e que mais não fazem actualmente do que condicionar o dia de greve, o país não pára isso é um facto.
                  Portanto cada vez mais reparo que há 3 classes de trabalhadores em Portugal, há os que têm o trabalho garantido e praticamente intocável, têm contrato sem termo e pertencem a quadros na maioria estes trabalhadores laboram no sector publico e claro com o vinculo laboral praticamente á “prova de bala” ou seja estes trabalhadores, fazer greve apenas á mais um dia de férias sem remuneração, casos há que até direito a remuneração têm como é o caso dos maquinistas da CP, portanto os números dos sindicatos não devem fugir muito á realidade desta classe de trabalhadores, mas essa classe actualmente já se encontra quase em vias de extinção mas que comportam trabalhadores que actualmente têm um mínimo de 35 anos mas a sua maioria são trabalhadores numa media de 50 anos.
                    Depois temos os trabalhadores que em muitos casos têm um vinculo laboral, actualmente considerado de algum conforto, ou seja possuidores de contrato sem termo, mas que a grande maioria já não faz greve, estes trabalhadores a rondar a casa dos 30 anos, a grande maioria abdica da greve, mesmo com um vinculo laboral de sonho para qualquer jovem que actualmente entra no mercado de trabalho, não fazem greve ou porque não concordam com o motivo da mesma ou porque temem poder sofrer represálias por qualquer acto que façam, é que muitos destes trabalhadores têm a consciência que para o lugar deles há mais de 30 á espera lá fora e a grande maioria destes trabalhadores trabalham no sector privado (embora todos os novos trabalhadores do sector publico que hoje entram nos concursos também tenham este vinculo laboral), portanto o sector privado depende em muito do volume de negocio, se houver uma paragem por greve há prejuízo para a empresa e se a empresa falir, vão para o desemprego, portanto é uma faca de dois gumes por muito que se queira fazer greve muitos preferem manter o emprego.
                      Por ultimo temos os trabalhadores que nem em sonhos devem imaginar fazer greve, que infelizmente já são em grande escala, ou sejam os trabalhadores que iniciam a actividade laboral, os chamados recibos verdes e outros que se encontrem em situação precária, estes trabalhadores têm a noção se optarem por fazer greve é o mesmo que cometerem suicídio laboral, ou seja fazem greve um dia e no outro estão a guardar vez na fila na segurança social para obterem subsidio de desemprego, estes trabalhadores trabalham muitas vezes em situações quase desumanas a nível de pressão seja ela laboral seja ela privada pois as garantias de futuro são ínfimas e nada garantidas, portanto por muito que concordem com uma greve nem podem sequer pensar em aderir, isso seria o fim do emprego na certa, muitos destes trabalhadores são as principais vitimas dos sindicatos e da sua forma de condicionar a vida dos cidadãos numa greve.
                        Portanto a verdade é esta, uma greve apenas têm sucesso porque há gente que abusam das suas garantias laborais enquanto a grande maioria não tem outra opção que não ter que trabalhar, parar um país não é resolução para ninguém, nem mesmo para quem faz greve, nunca vi uma greve condicionar a politica de um país quanto muito prejudica-lo, só mesmo um ignorante da pior espécie pode ter a ilusão que qualquer recuo de um governo ocorre devido a uma greve… e não á conta de negociações entre os parceiros sociais, há muito que o povo não tem o poder nas mãos aliás como nunca teve, tudo não passa de uma ilusão, nunca vi um camponês governar um país, há e sempre houve enormes lobbies por detrás de muita revolução, é giro criar a ilusão ao povo que são eles que mandam, portanto numa greve é engraçado dar a noção que é a greve que condiciona um governo quando a verdade é uns quantos parasitas que sobrevivem á conta de terceiros para obterem beneficio próprio, mas quero ver quando a primeira classe dos trabalhadores for acabando… onde os sindicatos se vão agarrar para sobreviver.


NAKED MAN

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