ESTADO… ESSE SER OMNIPRESENTE MAS ABSTRACTO
É uma das coisas que mais observo e também mais reflito o estado é encarado para a grande maioria da população pelo menos a portuguesa como algo omnipresente e abstracto ou seja como uma espécie de deus mas á vista de todos como diabólico.
Passo a explicar quando alguém se exprime acerca do estado ou seja desde o presidente da republica, governo e assembleia da republica… embora poderes diferentes mas igualmente tratados á vista desarmada do povo, dirigem-se como “ELES” ou “O ESTADO” como se estivessem a referir a algo que está acima de tudo, algo fora do controlo humano, mas não o estado é feito por pessoas tão iguais a qualquer cidadão que comete erros (embora por vezes parecendo e até acredito propositados), mas que acima de tudo são pessoas normais tal como qualquer cidadão, não sendo portanto divindades ou algo não alcançável.
Acredito que gerir um país não seja fácil, se o cidadão comum tem dificuldades para gerir a sua própria casa… isto é quando tem capacidades para a gerir e não passa a vida sob batuta dos pais queixando-se de tudo e de nada, mas partindo do principio que estou a falar de alguém útil á sociedade e não de parasitas, como devem saber gerir uma casa ao longo de um ano não é fácil, gerir um país obviamente não o deverá ser obviamente a não ser que alguém imagine que o é, eu mesmo não sendo politico nem estando filiado a nenhum partido politico tenho em consciência que governar um país não é fácil e o ministro das finanças de um país deve ser o cargo mais ingrato do mundo, só quem não se rala com a saúde financeira de uma família não deve concordar comigo.
Portanto o estado não é algo abstracto é algo que existe e bem presente, representado por pessoas de carne e osso tão iguais a qualquer um, que para levar as politicas em frente não se faz rogado em ir ao bolso de quem participa na “família” ou seja dos cidadãos ou melhor dos contribuintes, mas não se pense que isto é algo diferente a uma casa familiar, que nunca ouviu ou viveu na pele em que os pais ficavam com o ordenado ou parte do ordenado dos filhos á medida em que estes iam trabalhando? Isto é imaginemos uma casa em que os pais retiram o ordenado ou parte do ordenado aos filhos que vão trabalhando para com isso financiarem a economia familiar, isso não é censurado pela sociedade mas a politica económica de um estado é em tudo idêntica mas ao invés de filhos tem contribuintes que na pratica têm a mesma função e o retirar do ordenado tem outro nome que se chamam impostos, portanto de oculto e inatingível o estado não tem nada.
Mas se no que torna a impostos toda a gente se revolta com o estado ou com quem o governa (eles), há outra imparidade curiosa quando o contribuinte e neste caso mais o cidadão (todo aquele que mesmo não descontando beneficia dos direitos tal como quem desconta), precisa de apoio, olha para o estado como algo que o deve proteger ou seja que esteja omnipresente na vida da pessoa, seja por via de uma baixa, um subsidio, um abono ou um apoio, desconhecendo nem fazendo o mínimo esforço para conhecer que o estado não possui uma fabrica de notas tal como fazíamos quando éramos crianças nas brincadeiras, e que o estado para ter dinheiro a única fonte de receitas que dispõe é através dos impostos, e que neste caso há um circulo vicioso, ou seja para se beneficiar tem que se descontar e pagar impostos pois é dessa única forma que se obtém receita para a causa, mas á vista do povo o estado tem que ter dinheiro para tudo, e se não tem foram “ELES” que roubaram (acredito que haja ganhos para alguns governantes), mas vamos a um facto acredito que haja governantes que “roubam” mas também há muito cidadão que não perde uma oportunidade para ludibriar o sistema e poder assim beneficiar dele (baixas fraudulentas, falsificações para benefícios fiscais entre outras pérolas), portanto quem governa pode não ser sério mas quem é governado também não é santo portanto é meio mundo a enganar outro meio, ninguém sai ileso, até mesmo que conheço muita gente que critica o sistema mas se um dia tivesse possibilidade de governar um país faria tão mal senão pior do que os que nos governaram até hoje ou seja que roubassem tanto ou mais do que até hoje foi roubado, o único que parece não tirou o mínimo proveito a não ser do cargo que ocupou foi SALAZAR, mas esse por ser sério ainda hoje é odiado por muitos, é normal entre corruptos e criminosos olhar-se para alguém que é sério e que não comete crimes ser mal visto e fora do sistema, não estou a defender Salazar mas se depois do 25 de Abril nunca ninguém conseguiu provar ou sequer encontrar algo que provasse o contrario já de si é um fenómeno, não conheço ditador que depois de deposto ou mesmo depois de um golpe militar retirar um regime ditatorial, não se descobrir os podres do regime, cá em Portugal por muitas atrocidades cometidas pelo antigo regime de um crime nunca ninguém acusou Salazar o de aproveitamento pessoal ou familiar do cargo que ocupou isso já de si é um caso raríssimo.
Mas no fundo é como digo as pessoas em vez de tentarem perceber como as coisas funcionam e informarem-se dos mecanismos das coisas preferem viver na ignorância e descarregar as suas frustrações pessoais em abstratos, culpar o estado por tudo é abstrato se houver culpados é um ministro quanto muito um governo ou até o presidente da republica mas o estado é o conjunto de tudo incluindo os próprios cidadãos, bem como depois esperam que o mesmo estado diabólico e maléfico seja a mão que empara todas as quedas ou azares dos cidadãos ou seja por um lado é abstrato por outro é omnipresente a sua falta é sentida pois na sua ausência o cidadão olha para o estado como se para alguém que não está lá mas devia estar mas que na hora de lhe cobrar impostos está mas não devia estar, é engraçado isto tudo não é?
NAKED MAN
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