O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

OS CULPADOS PELOS INCENDIOS EM PORTUGAL SÃO MUITOS… COMO OS CHAPEUS DO FILME DO OUTRO!

OS CULPADOS PELOS INCENDIOS EM PORTUGAL SÃO MUITOS… COMO OS CHAPEUS DO FILME DO OUTRO!

 

            A verdade quando todos os anos assistimos sempre á mesma coisa, á nossa ideia surge logo como culpados os mesmos de sempre, os verdadeiros criminosos dos incendiários, a falta de fiscalização por parte das entidades competentes, o desleixo de muitos proprietários entre eles o próprio estado na limpeza antecipada dos terrenos, etc. etc. etc., mas há mais culpados e alguns tão ou mais culpados do que os próprios incendiários, que estes apesar de serem os suspeitos do costume ficam logo com o protagonismo aquando a ocorrência, no entanto há os proprietários dos terrenos que ao longo dos tempos apesar de alguns limparem os terrenos “plantaram” umas espécies ao longo dos tempos um pouco diferentes das espécies originais que supostamente aqueles terrenos deveriam ter… e que perante um incendio não são mais do que um enorme rastilho de consequências imprevisíveis.

               Este ano soube de um enorme incendio ocorrido na zona de Leiria, que consumiu uma área enorme e provocou imensos prejuízos materiais, a minha infância foi passada casualmente naquela zona dado uma familiar próxima de mim ser de lá originaria, e as minhas memorias era a de um pinhal frondoso que dava alem de madeira e pinhas… resina, e claro ao saber das noticias imaginei todo aquele ecossistema destruído e obviamente irreparável por uma longa faixa temporal, pinhal esse que há poucos anos também ardeu mas na zona da Nazaré para cima, por acaso este ano decidi fazer mais uma das minhas já famosas “maratonas” de moto por essa zona e pude constatar de facto a zona da estrada atlântica que aconselho vivamente a visitar e percorrer, pois é uma estrada que desconhecia por completo apesar de ir desde sempre á Nazaré, e pude ver de facto a imensa devastação de que um incendio de grandes proporções provoca na natureza, mesmo apesar de já estar a recuperar e de já terem sido plantadas novas arvores similares ás originais, pude constatar de que vai demorar imenso tempo a que tenhamos condições similares ás que foram destruídas.

               Por casualidade também tive nessa mesma viagem oportunidade de constatar a devastação provocada pelos incêndios deste ano e fiquei isso sim chocado… não com o incendio mas com o que estava a ver, primeiro ao longe pude constatar de que o incendio em si foi forte e rápido… muito rápido, pois pude verificar de que grande parte das arvores permaneciam de pé, a sensação que tive foi a de que temos quando largamos fogo a varias cabeças de fosforo de uma só vez… as cabeças do fosforo ardem imediatamente, o resto do pau fica quase intacto, era exatamente essa a minha primeira visão ao longe ao ponto de “estranhar” o tom escuro das arvores ao longe, só ao me aproximar e passar ao lado pude perceber de que afinal o tom escuro de que via era mesmo a passagem do incendio, decidi entrar um pouco na zona e aí sem fiquei chocado… se no  inicio fiquei desconfiado com o tronco das arvores um pouco diferentes da do pinheiro manso, facto que desvalorizei devido ao incendio em si, olhando um pouco mais ao pormenor, comecei a ver de que ao longo dos tempos muitos proprietários passaram de uma cultura de pinheiro manso para uma espécie de intercalação de espécies… nomeadamente eucalipto por entre os pinheiros… depois de perceber, fiquei de facto chocado, as consequências dos incêndios são aquelas devido ás alterações que deduzo serem puramente económicas por parte dos proprietários e que devido á sua ganancia de obterem lucros rapidamente e facilmente são tão criminosos quanto os próprios incendiários, pois induzem em erro a opinião publica que fica sensibilizada pelo que antes conheciam mas que nada é o que agora constatamos, e claro uma cultura de uma espécie que vai substituindo outra mais nativa e que obviamente dava mais trabalho, destroem rapidamente tudo o que existia.

              E o problema está mesmo por aí é que a força dos incêndios é muito mais brutal e rápida com eucaliptos do que com qualquer outra espécie de arvore, daí a rapidez com que me impressionou inicialmente ao ver por onde passou o incendio, pois a minha memoria de infância do pinhal de Leiria, é radicalmente diferente da realidade atual, e se os incendiários são de facto uns criminosos os proprietários que ao longo dos anos vão “manipulado” o tipo de “cultura” que praticam a pensar nos lucros rápidos e imediatos deveriam ser igualmente responsabilizados pelo igual crime que estão a cometer, por mais estragos que tenham sofrido.

 

NAKED MAN

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