OS CULPADOS PELOS INCENDIOS EM PORTUGAL SÃO MUITOS… COMO OS CHAPEUS DO FILME DO OUTRO!
A verdade quando todos os anos
assistimos sempre á mesma coisa, á nossa ideia surge logo como culpados os
mesmos de sempre, os verdadeiros criminosos dos incendiários, a falta de
fiscalização por parte das entidades competentes, o desleixo de muitos proprietários
entre eles o próprio estado na limpeza antecipada dos terrenos, etc. etc. etc.,
mas há mais culpados e alguns tão ou mais culpados do que os próprios incendiários,
que estes apesar de serem os suspeitos do costume ficam logo com o protagonismo
aquando a ocorrência, no entanto há os proprietários dos terrenos que ao longo
dos tempos apesar de alguns limparem os terrenos “plantaram” umas espécies ao
longo dos tempos um pouco diferentes das espécies originais que supostamente
aqueles terrenos deveriam ter… e que perante um incendio não são mais do que um
enorme rastilho de consequências imprevisíveis.
Este ano soube de um enorme incendio ocorrido
na zona de Leiria, que consumiu uma área enorme e provocou imensos prejuízos materiais,
a minha infância foi passada casualmente naquela zona dado uma familiar próxima
de mim ser de lá originaria, e as minhas memorias era a de um pinhal frondoso
que dava alem de madeira e pinhas… resina, e claro ao saber das noticias
imaginei todo aquele ecossistema destruído e obviamente irreparável por uma
longa faixa temporal, pinhal esse que há poucos anos também ardeu mas na zona da
Nazaré para cima, por acaso este ano decidi fazer mais uma das minhas já
famosas “maratonas” de moto por essa zona e pude constatar de facto a zona da
estrada atlântica que aconselho vivamente a visitar e percorrer, pois é uma
estrada que desconhecia por completo apesar de ir desde sempre á Nazaré, e pude
ver de facto a imensa devastação de que um incendio de grandes proporções
provoca na natureza, mesmo apesar de já estar a recuperar e de já terem sido
plantadas novas arvores similares ás originais, pude constatar de que vai
demorar imenso tempo a que tenhamos condições similares ás que foram destruídas.
Por casualidade também tive
nessa mesma viagem oportunidade de constatar a devastação provocada pelos incêndios
deste ano e fiquei isso sim chocado… não com o incendio mas com o que estava a
ver, primeiro ao longe pude constatar de que o incendio em si foi forte e rápido…
muito rápido, pois pude verificar de que grande parte das arvores permaneciam
de pé, a sensação que tive foi a de que temos quando largamos fogo a varias
cabeças de fosforo de uma só vez… as cabeças do fosforo ardem imediatamente, o
resto do pau fica quase intacto, era exatamente essa a minha primeira visão ao
longe ao ponto de “estranhar” o tom escuro das arvores ao longe, só ao me
aproximar e passar ao lado pude perceber de que afinal o tom escuro de que via
era mesmo a passagem do incendio, decidi entrar um pouco na zona e aí sem
fiquei chocado… se no inicio fiquei
desconfiado com o tronco das arvores um pouco diferentes da do pinheiro manso,
facto que desvalorizei devido ao incendio em si, olhando um pouco mais ao
pormenor, comecei a ver de que ao longo dos tempos muitos proprietários passaram
de uma cultura de pinheiro manso para uma espécie de intercalação de espécies…
nomeadamente eucalipto por entre os pinheiros… depois de perceber, fiquei de
facto chocado, as consequências dos incêndios são aquelas devido ás alterações
que deduzo serem puramente económicas por parte dos proprietários e que devido
á sua ganancia de obterem lucros rapidamente e facilmente são tão criminosos
quanto os próprios incendiários, pois induzem em erro a opinião publica que
fica sensibilizada pelo que antes conheciam mas que nada é o que agora
constatamos, e claro uma cultura de uma espécie que vai substituindo outra mais
nativa e que obviamente dava mais trabalho, destroem rapidamente tudo o que existia.
E o problema está mesmo por aí é
que a força dos incêndios é muito mais brutal e rápida com eucaliptos do que
com qualquer outra espécie de arvore, daí a rapidez com que me impressionou inicialmente
ao ver por onde passou o incendio, pois a minha memoria de infância do pinhal
de Leiria, é radicalmente diferente da realidade atual, e se os incendiários são
de facto uns criminosos os proprietários que ao longo dos anos vão “manipulado”
o tipo de “cultura” que praticam a pensar nos lucros rápidos e imediatos
deveriam ser igualmente responsabilizados pelo igual crime que estão a cometer,
por mais estragos que tenham sofrido.
NAKED
MAN
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