O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

quinta-feira, 19 de maio de 2022

YES I DRIVE A ELETRIC CAR, SO WHAT?

YES I DRIVE A ELETRIC CAR, SO WHAT?

 

           É verdade sou proprietário de um veiculo elétrico, mais um em cada vez mais portugueses que decidem dar uma espécie de tiro no escuro, quando se “aventuram” na compra de um veiculo que como todos sabemos ainda funciona com um combustível um pouco limitado para o que atualmente estamos habituados, ou seja os veículos elétricos ainda são muito limitados em termos de autonomia e custos futuros com eventuais substituições de bateria em comparação com um congénere a combustão ou mesmo hibrido, mas a verdade é que os carros elétricos de hoje em dia nada já têm a ver com os mesmos veículos de há 10 anos e mesmo esses ainda hoje andam por aí… logo podemos já começar a ver as coisas com uma clareza bem diferente do que os proprietários de elétricos viam há 10 anos e as duvidas que tinham na altura.

            A minha decisão de avançar para um veiculo elétrico começou literalmente num episodio vivido em Portugal há sensivelmente 4 a 5 anos em que os transportadores de combustível decidiram fazer uma greve á margem das habituais encenações sindicais e pararam quase literalmente o país, na altura escrevi um texto neste mesmo blogue a contar a minha historia e tudo em volta do assunto, mas desde essa altura fiquei com uma ideia na minha cabeça que nunca mais a tirei, que tal como nos investimentos, na nossa mobilidade, nunca devemos “apostar” todas as nossas “fichas” num só produto, ou seja se nos investimentos o conselho dos sábios é que por exemplo no mercado de ações não devemos comprar tudo ações de uma só empresa em vez disso diversificar o investimento em varias, percebi isso mesmo que no que respeita a combustíveis dependermos apenas e só de uma forma, corremos o risco de ficar a pé se as coisas nunca mais se resolverem, lembro-me que na altura soube da greve quase por casualidade numa altura em que fui abastecer a minha moto de gasolina e pude de certa forma me precaver nos diversos veículos que dispunha na altura, chegando mesmo ao ponto de ponderar racionar ao máximo o combustível nos diversos veículos, de modo a poder ter a mobilidade necessária para as minhas necessidades, e também lembro-me que na altura a minha “sorte” era dispor de todos os veículos a gasolina e com alguma dificuldade ainda consegui a testar todos os depósitos disponíveis… a mesma sorte não tiveram muitos automobilistas que dispunham apenas de carros a gasóleo, cheguei ao ponto de ver filas para zonas particulares de quem tinha depósitos de gasóleo para uso privado como empresas de construção ou transportadoras e que venderam a preços brutais esse mesmo combustível que dispunham… e procura não faltava, parecia uma fila de drogados á procura da dose os automobilistas de carros a diesel.

               Ao ver todos esses episódios, lembro-me de nessa altura um amigo meu me ter enviado uma foto do carro dele com a seguinte legenda “ não sei qual é a preocupação de tanta gente para abastecer o carro, olha aqui o meu a abastecer sem filas…” e a foto era exatamente de um carro elétrico a carregar na garagem, nesse mesmo instante percebi e acima de tudo tomei consciência de que o próximo carro a ser comprado e seria o carro da minha mulher que já estava a ficar no fim da vida útil, no caso o meu Smart, quando o trocasse seria por um carro elétrico, pois por um lado teria uma outra fonte de energia e ficaria livre de qualquer incomodo provocado por greves do género, que curiosamente voltaram a ocorrer meses depois nos mesmos moldes, mas não chegando ao ponto verificado na primeira greve, pois os automobilistas desta vez levaram a serio as noticias e precaveram-se primeiro, nem durou tanto tempo, no entanto ao optar por um elétrico também ficaria mais livre das oscilações de preços do petróleo, dado que apesar da energia elétrica ser muito cara em Portugal, tenho tarifário bip horário na minha casa logo se optar por uma gestão dos carregamentos dentro desses horários fica-me bem mais barato, alem disso já disponho de painéis solares fotovoltaicos há 6 anos que de certa forma quase me cortaram para metade o custo que pagava de eletricidade anualmente, logo, se tiver uma boa gestão dos recursos disponíveis obviamente que por mais que pague pela energia gasta nos carregamentos fica-me significativamente mais barato que o combustível fóssil para percorrer os mesmos kms sem a menor divida.

                Obviamente que a opção de um veiculo elétrico hoje em dia só beneficia quem tal como eu dispões de recursos para poder carregar em casa, pois quem o não puder fazer, as diferenças de preços não são assim tão abissais em relação ao custo dos combustíveis fosseis, pois em Portugal nos postos de carregamento a criação de taxas, taxinhas e taxetas tão habitual em Portugal leva uma carregamento para 100 kms ao mesmo preço de o mesmo custo em combustível fóssil… senão mesmo mais, a única ideia de poupança que pode ficar na cabeça de alguém que apenas opte por carregar o carros nos postos públicos é que dessa forma não polui o ambiente… de resto na carteira dele ter um Ferrari ou um Tesla a merda é exatamente a mesma em termos de custos por km, por isso quem pode carregar em casa ou no condomínio aconselho vivamente a pensar comprar um elétrico, obviamente nos dias de hoje como 2º carro ou mesmo como carro principal, se dispor de uma soma monetária um pouco maior pois há alguns carros com autonomias bem interessantes para se pensar fazer uma viagem Lisboa/Porto ou Lisboa/Algarve sem o menor dos medos nem poupanças, no entanto os carros mais acessíveis ou mais utilitários a autonomia ainda é uma limitação e acima de tudo quem compra um elétrico tem que ter em mente que o mesmo dura enquanto a bateria for viável, pois um dia ou troca de carro ou troca de bateria e o custo associado á mesma não é o mesmo que comprar um deposito de combustível fóssil novo… é um custo elevado que todos têm que ter em mente que dali a cerca de 10 anos vão ter que o fazer… embora como disse há muita gente com carros com essa idade em que o desgaste da bateria caiu 10 a 15% ou seja aguentam na boa mais 5 anos sem stresses, mas a autonomia não é a de novo, mas quem usa este tipo de carros já percebe até onde pode ir e acima de tudo gerir as recursos disponíveis da melhor forma.

                  Para terminar vou apenas divulgar o carro que optei por comprar, foi o Dácia Spring, um carro muito limitado mas que me serve que nem uma luva para as minhas necessidades, como 2º carro, como carro para a minha mulher que em comparação com o que ela tinha só perde em termos de potencia relativa pois ganha e de que forma binário e acima de tudo passo a ter um carro com mais 2 lugares em comparação com o anterior, mas sobre isso irei falar num texto á parte, a explicar as razões que me levaram a comprar o carro em questão e mesmo a verdadeira saga que vivi com a compra do carro, mas como costumo dizer isso são contas de outro rosário.

 

NAKED MAN

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