NOVOS CONCEITOS DE GUERRA
Vivemos atualmente com uma guerra
na europa mesmo á porta da comunidade europeia e da grande maioria dos países aderentes
á NATO, a realidade é que sinto que ao mínimo passo em falso uma guerra local
passe a uma guerra mundial, pois de um lado temos um perfeito lunático capaz de
tudo inimaginável depois do episodio em torno do Holocausto do seculo passado
que em pleno seculo XXI pudéssemos viver uma guerra mundial que desta vez
torna-se ou haverá serio risco em tornar-se nuclear, do outro lado temos um país
oprimido pela sua anterior potencia do qual fez parte na era comunista, mas ao
lado da Ucrânia temos praticamente todo o mundo e os países aderentes á NATO
que desde a época nazi julgou que dali em diante passaríamos a ter risco zero
de ocorrer um conflito idêntico ao da 2ª guerra mundial e muitos desses países quase
que desinvestiram nas suas forças armadas ou quase as inutilizaram, hoje a NATO
quase é apenas os EUA em termos militares enquanto aceita a “contribuição” dos
restantes aliados, numa analogia perfeita á época de quando eramos putos e o
dono da bola era quem mandava em tudo e apenas permitia aos restantes poderem
jogar, mas o que hoje vemos são conceitos de guerra totalmente dispares com o
passar dos anos.
A verdade é que hoje o conceito
de guerra é bem diferente ao que se viveu por alturas da 2ª guerra mundial,
curiosamente este conceito foi o que Rússia usou desta vez invadiu a Ucrânia, o
problema é que agora já se percebeu que errou em praticamente tudo o que provavelmente
tinham delineado e a estratégia não deve ser de facto um ponto forte da antiga superpotência
militar dos tempos áureos do comunismo, de facto o conceito de guerra mudou
desde a altura da 1ª guerra do golfo, em que caricatamente os argumentos dela
existir não difere muito ao que hoje verificamos com a atual guerra na Ucrânia,
um país invadir outro democraticamente eleito e sem justificação plausível, mas
ao que parece a NATO e principalmente os EUA são apenas fortes perante os mais
fracos e claramente a Rússia não é o Iraque e claro desta vez assobiam para o lado
enquanto todos os dias nos chegam noticias demais e mais atrocidades por lá
praticadas por parte do invasor, mas adiante.
A verdade é que na Guerra do
Golfo a primeira e principalmente a 2ª foi uma guerra em tudo menos
convencional pois a guerra não aconteceu apenas e só no terreno com noticias a
chegarem aos poucos nos jornais, pela primeira vez o mundo pode assistir
praticamente a uma guerra em direto nas suas televisões e claro de certa forma
essa guerra passou a ser de todos criando ambiente cada vez mais propicio para
a legitimidade dos EUA derreterem praticamente um país á bomba com a inovação
de praticamente toda a guerra ser feita a partir do ar ficando apenas as forças
terrestres a entrar no terreno “limpando” o pouco que sobrava dos ataques aéreos,
mas com o conceito de guerra em direto na CNN criou na opinião publica um forte
poder de aceitação ou repelência ás guerras, e foi mesmo esse facto que deu
alento mais uma vez aos EUA “escudado” pela NATO a bombardear forte e feio a Jugoslávia
na guerra civil que por lá ocorreu, em que “estreou” o novo conceito que para
uma guerra acontecer já nem se precisa de haver homens no terreno, manda-se
para lá uns quantos aviões topo de gama e arrasa-se o terreno por completo
possibilitando aos resistentes a possibilidade de ir conquistando o terreno,
mas a força dominante que passou a ser a NATO, só meteu homens no terreno
quando já a vitoria era garantida, toda a guerra foi feita a partir do ar.
Recentemente todas as
guerras que temos assistido também mudou-se o conceito, alem de se fazerem pelo
ar já nem sequer necessitam de um piloto no terreno, hoje os EUA e muitos
outros países incluindo agora a Ucrânia usam drones armados ou sem ser armados
para combater ou reconhecer terreno e posições de forças inimigas e com tudo
isto o conceito de guerra tradicional ou de trincheiras no terreno praticamente
deixou de ser o foco mais normal numa guerra, curiosamente foi neste conceito
de invasão que a Rússia apostou desta vez e que se está a revelar um erro
tremendo, mas alem de que a guerra já não se realiza no terreno homem a homem,
agora o conceito de guerra em direto evolui para níveis inimagináveis, pois já
nem sequer basta a necessidade da existência de meios de comunicação social no
terreno, basta qualquer um com um telemóvel e enviar essas mesmas imagens pelas
redes sociais, aliás o nível da informação sobre a guerra nas redes sociais tem
atingido níveis brutais, claro influenciando e de que maneira a população em
geral, levando a que os governos dos diversos países praticamente fiquem livres
em condenar e tomar medidas contra o país opressor muito mais facilmente… embora
muito longe da coragem demonstrada em situações idênticas com países muito mais
fracos o que em termos de coragem fica muito aquém do desejado, ao mesmo tempo
há um efeito perverso com o excesso de informação, praticamente o mundo assiste
ao dizimar de um povo em direto e pouco ou nada pode fazer contra isso, pois também
tem a consciência de que se o conflito passar fronteiras mais dia menos dia
aquilo a que estão a assistir na televisão ou nos seus telemóveis passará a ser
uma realidade no momento a que abram a porta de casa… se ainda a tiverem, isto
se não ficarmos todos a brilhar no escuro á conta da radioatividade da mais que
provável guerra mundial possível de acontecer.
Ou seja, aquele conceito
de guerra de antigamente deixou pura e simplesmente de existir, cada ano que passa
o conceito muda de forma e de estratégia, e só mesmo um país parado no tempo
como é a Rússia pode acreditar invadir um país da forma como o fez e com os
argumentos com que fez, agora sujeitando-se a uma guerra real com um país (por
enquanto) e uma guerra económica através de sansões com praticamente todo o
mundo tornando a Rússia numa espécie de jangada de pedra em relação ao mundo.
NAKED
MAN
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