ESPECIAL
COVID19: A ABERTURA GRADUAL DO SETOR ECONOMICO EM PORTUGAL
No momento em que escrevo
obviamente que nada sei ainda acerca da abertura gradual de alguns setores económicos
á sociedade em geral, nem sei quais serão os primeiros, o que irie escrever obviamente
não tem nada de novo na hora que for publicado, o governo prevê abrir
gradualmente a economia por etapas começando dia 4 de Maio, 18 de maio e 1 de
junho por diversos setores, se na vertente da saúde publica obviamente é um
risco acrescido, também é bastante importante não parar o país, e se pela parte
clinica obviamente não estão tão atentos a nível económico, pois tem os salários
todos os meses, todos os outros setores que tiveram de fechar estão com fortes
cortes orçamentais, manter fechado todo o setor económico, obviamente não
morreremos da doença, morreremos da cura.
Pela minha parte, sei o que é sentir aperto económico,
obviamente que não estou com a corda na garganta, porque estou a trabalhar sem
problemas, mas a minha mulher está em casa, mesmo o layoff não é o ordenado mensal
e as despesas essas são as mesmas senão maiores dado que em casa come-se mais,
gasta-se mais por mais incrível que pareça, felizmente dei conta a tempo do que
aí vinha e pude-me precaver de modo a não ter que usar as moratórias do banco e
afins, mas não posso viver indefinidamente nestas condições, por vezes penso
nos que estão bem piores que eu, com ambos em layoff ou mesmo despedidos, os únicos
que podem estar em casa sem stress nenhum são os reformados, que são exatamente
quem menos respeita o estado de confinamento, pois todos os meses pinga o dinheiro,
mas os que estão a trabalhar estão meio protegidos, nada os impede de adoecerem
também e toda a gente sabe que uma baixa os rendimentos caem a pique, por isso
é fundamental que a economia real tenha que progressivamente ir abrindo.
Pelo que vejo as pessoas já
estão fartas de confinamento geral, os primeiros 15 dias foi giro, depois no
final do mês não foi tão engraçado, mas deu uma ideia de ferias prolongadas,
mas agora mês e meio depois do primeiro estado de emergência, as pessoas já
estão fartas de estarem fechadas e a temerem pela sua vida profissional e
familiar, é que a doença não vai desaparecer num mês ou dois, e pela minha
experiencia no terreno, se convivermos mais com o mundo real dá-nos outra perspetiva
da coisa, em todos os termos tanto a nível de segurança como em reações que em casa
não notamos, já comentei no trabalho que há duas realidades lá em casa com a
minha mulher e o meu filho e a minha, eles obviamente temem muito mais a doença
que eu que já estou mais descontraído e habituado a lidar com as pessoas, até
porque se isto durar 1 a 2 anos vamos todos que nos habituar a tomar as nossas
medidas de segurança e desinfeção, evitar contactos e tudo o resto, ou mesmo
adoecer pois pode haver de tudo, fugir por fugir da doença é que definitivamente
é uma coisa que não vão conseguir, o então tem que ir viver numa caverna.
Obviamente que há vozes criticas, e
quem preveja o descalabro, mas já disse acho que o governo tem feito no geral
um bom trabalho e também tem tido alguma sorte, mas acima de tudo António Costa
tem sido muito hábil e tenho que lhe tirar o chapéu, apesar de as vozes
criticas temerem o pior desde sempre e sempre com cenários dantescos que
felizmente este governo apesar de tudo para correr mal tem sabido habilmente
contornar, e penso que não vão-se dar mal em abrir a economia real, até porque
se forem bem cautelosos podem ir medindo a pulso como as coisas irão correr,
depois o descalabro na pior das hipóteses só pode correr riscos quando tudo
estiver aberto, mas mesmo assim não acredito pois com medidas restritivas tudo
vai ser mais controlado do que abrir indiscriminadamente tudo como antes isso
sim seria um erro enorme, mas mesmo assim as pessoas hoje tem uma sensibilidade
que antes ignoravam e nunca imaginariam ter, já usam mascaras, gel desinfetante
e protegem-se mais, apesar de muitos ainda assim arriscarem como tudo…
NAKED
MAN
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