O CONTAMINANTE ESTRANHO

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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

O CASO DA BEBE MATILDE


O CASO DA BEBE MATILDE

 

           Uma criança nasceu em Portugal de seu nome Matilde, que pouco depois de nascer os pais acharam que a bebe tinha algo de anormal com o passar dos dias, e depois de fazer exames descobriu-se o pior, a criança sofria de uma doença rara sofre de Atrofia Muscular Espinhal, que na maioria dos casos pode tornar-se fatal ou mesmo criar imensas limitações físicas á criança, no entanto para esta doença há uma luz ao fundo do túnel com um medicamento inovador pode-se atenuar muito dos sintomas desta doença ou mesmo a cura, só um pequeno senão… o medicamento custar 2 milhões de euros, sim leu bem, e pior este medicamento não é comparticipado em Portugal e até nem era na altura em que escrevo este texto autorizado sequer na europa, o que complicaria e muito a vida a esta família que como todos sabemos quanto mais tempo passar menos hipóteses tem de sucesso a eventual aplicação do medicamento em causa.

            Já uma vez aqui escrevi que de todas as vezes que vejo alguém defender os direitos humanos ou dizer que quer salvar vidas… lembro-me sempre que algures no mundo muita gente pode ter a vida por um fio e que não é salva porque não consegue o dinheiro para obter o tão milagroso medicamento ou a cirurgia que o pode salvar… ou seja a humanidade é uma treta, então na industria farmacêutica isso é palavra desconhecida, neste caso em particular tanto o governo como muitas entidades ficaram de braços cruzados, de tudo foi explicado, que o medicamento não era ainda reconhecido na europa e por conseguinte em Portugal daí não ter a aprovação necessária para eventualmente vir a ser comparticipado (neste caso uma explicação logica e verdadeira) embora ninguém tenha feito o menor esforço para tentar salvar a vida de uma criança, chegou-se mesmo a dizer que o medicamento só era eficaz em certas e determinadas crianças, ou seja para esta criança e para cerca de outras 8 crianças em Portugal a morte era mais viável.

             Só que os pais desta criança não fizeram o mesmo que os outros pais, criaram eles próprios um fundo de financiamento em que toda a população poderia contribuir com alguma coisa para a ajuda da compra do medicamento, uma tarefa impossível pensaram todos… menos os pais, o certo meus amigos é que os portugueses quando veem alguma logica contribuem e em 2 semanas estes pais pasme-se conseguiram os 2 milhões de euros para a compra do medicamento, e é nisto que se inicia o que mais nojento na sociedade, o governo e as diversas entidades de um momento para o outro “conseguem” que o medicamento seja disponibilizado em Portugal gratuitamente, ou seja passou de impossível a possível porque ficava mal a um governo que se diz socialista deixar que uma vida em Portugal fosse salva á conta dos donativos da população para comprar o medicamento mais caro do mundo e o governo nada fazer, mas foi exatamente isso que se passou só depois dos pais garantirem os fundos contra todas as espectativas em tempo record é que as diversas entidades e organismos se mexeram, caso os pais nada tivessem feito o estado condenaria á partida esta vida á morte por inação…

              É triste percebermos como a politica funciona, como tudo se resolve, é verdade que este caso com a Matilde já colocou outra criança com a mesma patologia em tratamento, mas o que verdadeiramente me enoja é ver que ninguém se ralou com nada a não ser depois de os pais da criança conseguirem o impossível, á conta da boa vontade dos portugueses, e estes sim são os verdadeiros heróis os pais da Matilde porque nunca deixaram de lutar e os portugueses que contribuíram, o estado quer sair extremamente bem na fotografia, a verdade ´que acaba por comparticipar e autorizar o medicamento, mas só depois de imaginar as consequências que teriam depois de fazerem com que uma família que lutou pala vida de um filho teve de passar para financiar a única esperança de salvar a filha, e nos benefícios que obterá neste ano de eleições, é pena que em Portugal e por esse mundo fora Matildes com esta ou outras patologias raras e graves fiquem condenados á partida por não haver dinheiro para financiar os meios para tentar a cura… é muito mais giro andar a salvar migrantes no mediterrâneo dá mais projeção mediática.

 

NAKED MAN

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