CONSEQUENCIAS DO PROGRAMA “NOVAS OPORTUNIDADES” A LONGO PRAZO
Foi dos meus primeiros textos
aqui no blogue, em que coloquei a minha opinião acerca deste tipo de “formação”
diga-se que permitia que quem não podia ter estudado conseguir fazer 9º ou 12º
ano praticamente sem esforço baseado apenas no seu percurso de vida e
profissional, obtendo qualificação idêntica á de qualquer aluno que frequentou
o ensino regular, alguns casos houve que muitos dos que fizeram este tipo de
curso turbo transitou para o ensino universitário e tenha tirado o respetivo
curso.
No essencial e sem ter
frequentado o mesmo tive na altura a minha visão mas o que não sabia era das consequências
a longo prazo que estes alunos formados por este programa poderiam ser prejudiciais
á vida real, é que quando escrevi o texto inicial apenas me veio á cabeça o
setor privado em que de facto uma pessoa competente com uma qualificação a
condizer poderia almejar um cargo de mais relevo e subida profissional numa
empresa que sem as devidas formações e qualificações ainda para mais num país
que tanto valor dá a um “canudo”, nunca podia almejar, e na realidade muitos
foram os que frequentaram estes cursos que de facto subiram por mérito próprio nas
empresas privadas, o que me escapou na altura foi o setor publico e pelo que já
reparei este tipo de formação das “novas oportunidades” abriu uma caixa de
pandora que vai levar algum tempo a ser reparada.
É que com esses cursos, muitos funcionários
de categorias inferiores puderam concorrer a postos de nível superior… mas sem
terem competências facultativas para as desempenhar… e como o estado é cego
neste tipo de situações são muitos os funcionários que se catapultaram á conta
do programa “novas oportunidades” para funções que “academicamente” podem estar
aptos, mas que na realidade as coisas não são bem assim e como os concursos
internos são praticamente uma auto estrada para a vida ou seja não se restringe
nada nem ninguém temos hoje casos de empregadas da limpeza (auxiliares ou assistentes
operacionais) que nunca souberam bem o que era uma vassoura hoje a desempenhar
cargos um pouco mais acima como (assistentes técnicos ou administrativos) sem
continuarem a perceber bem nem o que é uma vassoura nem um computador ou uma
caneta… mas que a nível académico estão aptos para desempenharem essa função…
pois hoje estamos inundados destes doutores novas oportunidades com um elevado nível
de incompetência mas a julgarem-se de um nível superior.
O pior é que vamos ter que levar
com mais de 20 anos pela frente com este tipo de empregados qualificados á
pressão e sem competências reais, mas que academicamente estão mais do que
qualificados, é triste, mas a realidade é esta no setor publico os níveis de exigência
são imensamente inferiores aos do setor privado, que apenas triunfam os mais
competentes e capazes, é pena, mas a realidade é esta.
NAKED
MAN
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