O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

PERMISSÃO DE ANIMAIS DE COMPANHIA EM RESTAURANTES E A MINHA PREOCUPAÇÃO COM A HUMANIZAÇÃO DOS ANIMAIS


PERMISSÃO DE ANIMAIS DE COMPANHIA EM RESTAURANTES E A MINHA PREOCUPAÇÃO COM A HUMANIZAÇÃO DOS ANIMAIS

 

           Já aqui falei da minha preocupação com a constante humanização dos animais, neste aspeto passamos do 8 para o 80 em poucos anos, antes um animal era demasiado desconsiderado, ao ponto de muitos serem pura e simplesmente maltratados, sem cuidados médicos ou vacinados… a não ser contra a raiva porque era obrigatória, hoje em dia o paradigma mudou radicalmente, ao ponto de uma consulta ao veterinário ser uma verdadeira aventura para a nossa carteira, que em alguns diagnósticos propõem verdeiros tratamentos que deixam muitos humanos a corar de vergonha pois muitos deles não têm dinheiro para custear esses mesmos tratamentos a eles próprios, ou seja se não formos demasiado racionais e frios nas emoções, uma ida ao veterinário pode ser a ruina para muitos, mas isso é com a capacidade de cada um como costumo dizer, eu tenho uma opinião e um modo de atuação para com o animal que tenho, obvio que vou sempre ao veterinário, preocupo-me em o alimentar da melhor forma possível e o tratar bem… mas se tiver que se sujeitar a um tratamento a uma qualquer doença incurável ou que para aí caminhe, tenho que ser racional… se é que me entendem.

          Um episodio desses aconteceu comigo numa visita ao veterinário com o meu cão, em que um chorrilho de situações fora de comum aconteceram num espaço de 3 semanas em que o meu cão emagreceu 4 kg (passou de 20 para 16 kgs), mas a situação hoje explica-se bem mas na altura não me tinha lembrado desses pormenores todos, começou com a minha ida de ferias cerca de semana e meia em que a minha mãe ficou a cuidar do meu cão, obviamente que não o tratou mal, mas o animal sentiu a nossa falta e deprimiu, acontece sempre que fico um fim-de-semana fora, em que o animal uiva todo o dia e noite e deixa de comer… a isso se juntou o facto de ao regressar de ferias ter comprado a ele uma coleira contra o mosquito, pulgas e carraças, que me custou os olhos da cara mas que ao colocar a mesma no bicho ele deprimiu como nunca o tinha visto, ficava quieto ao canto do canil, não comia nem bebia, é de ressalvar que o meu cão não tem coleira e quando saio á rua é de peitoral e trela, não coloco nada no pescoço do animal, e ao ver o animal assim triste decido ir ao veterinário, em que o mesmo ficou muito alarmado com a perda de peso e veio-me logo com a teoria de que poderia ser a doença do mosquito que é incurável nos dias de hoje, e claro de tratamento muito dispendioso… apenas para atenuar os sintomas, pois a cura essa era impossível… e claro começou logo a dizer o que deveria fazer desde analises a tratamentos e os custos que isso comportava, ao ouvir o que o veterinário me disse apenas lhe respondi “Dr. na minha casa há uma hierarquia… primeiro as pessoas… depois os animais… se é que me entende!”, a reação dele foi de estupefação, mas com a minha resposta apenas me disse “bem se é assim fazemos de outra forma que tipo de ração dá ao animal?” lá lhe disse que era de uma marca de supermercado das mais baratas como sempre dei aos outros meus cães, e ele aconselhou-me, a comprar uma ração melhor e esperar para ver se era do facto do cão não gostar da ração ou se continuasse a emagrecer dessa forma de facto o cão estava doente, conselho que segui, pois existindo alternativas sempre dou o beneficio da duvida, o certo é que alem de lhe comprar ração de uma marca mais cara e conceituada, retirei a malfadada coleira contra as pulgas e o animal começou a comer e a ter a alegria de sempre, engordou e hoje está bem de saúde sem stress… a única coisa que modifiquei foi continuar a comprar a ração mais cara… que compro sempre que está em promoção e aproveito a Promoção para me abastecer, de resto não gastei nem mais um chavo… muita gente teria ido no plano A do veterinário quando havia um plano B.

                  Mas não é só nos veterinários em que se tenta humanizar os animais, agora na assembleia da republica foi aprovada uma lei que permite a presença de animais de companhia em restaurantes e similares, logo á partida fico estupefacto, anda a ASAE anos e anos a fiscalizar, restaurantes em todo o país e agora um bolo com pelo de cão ou gato até é bem visto, e nem digo ao dono do animal… eu se estiver sentado ao lado arrisco-me a levar com o pelo do animal na boa sem culpa nenhuma, é certo que se a lei permite este tipo de estupidez… também eu como eventual cliente posso não frequentar determinado espaço comercial devido a presença de animais, chamem-me o que quiserem, mas acho idiota umas entidades exigirem todo o tipo de higienização para depois deitar-se tudo a perder com outras situações… e já nem quero ir para o lado do que entendem ser animais de companhia… iguanas, pássaros, tartarugas serão por exemplo também considerados animais de companhia ou apenas cães e gatos? E a presença de apenas 2 destes espécies num mesmo espaço sabendo que o amor entre ambos seria como colocar a claque dos superdragões com uma qualquer claque do Benfica (apesar de dizerem que não existem claques) lado a lado… mas nada a temer ninguém está a prevaricar a lei permite.

                   E o que dizer dos donos que consideram o seu animal de estimação uma pessoa? Nem já é considerado loucura… mas sim uma normalidade, ver os donos falarem com os animais como se fossem pessoas… dar nome de pessoas aos animais ou considerar que um cão está ao nível de uma criança em termos de comportamento e inteligência é uma normalidade num qualquer espaço perto de si, e um episodio desses vivi recentemente, em que ao ir buscar o meu filho á escola e vir a pé para casa ao passar ao lado de um parque infantil, e ao ir distraído a conversar com ele, um cão de pequeno porte corre aos pés de uma criança ao lado do meu filho… por norma não me costumo assustar com este tipo de situação, mas o meu instinto de pai, nem me fez pensar bem apenas tive tempo de tirar o meu filho do raio do cão e de o por atrás de mim, e a minha reação foi pontapear o animal que investia para mim para me morder… como era de pequeno porte reagi assim se fosse um pit bull obviamente que ficava sem pé, mas nem pensei se o animal era de alguém ou se estaria o dono por perto apenas reagi instintivamente, nunca atingi o animal, mas tenham a certeza se ele me tentasse morder ou entrasse no raio de ação do meu pé teria o pontapeado as vezes que fossem necessárias… é verdade que a lei criminaliza os maus tratos aos animais, mas também tenho o direito á defesa, e tenham a certeza que nunca abdicarei a esse direito ainda para mais estando o meu filho em causa, e a situação ficava por ali pois o cão fugiu, e eu viro costas com o meu filho quando sou abordado por uma senhora aos gritos de que se a minha reação eram maneiras de tratar o animal, ao que respondi que voltaria a fazer se o cão me voltasse a atacar, e perguntei se ela sabia o que era uma trela, obviamente que a mulher entre ofensas verbais lá foi falando tendo eu optado por lhe virar costas… para a próxima chamarei as autoridades.

                  Estes exemplo apenas serve para mais uma vez demonstrar no perigo em que a sociedade se está a tornar em que se abstrai da realidade e cria a realidade paralela á medida de cada um… a lei diz que um animal pode andar na rua desde que possua uma trela e um humano a manuseá-la ou na falta dela o animal possuir um açaime… no caso de animais perigosos ou de raças consideradas perigosas são obrigados a ambas… quem cumpre a lei? Depois se alguém se tenta defender é mal visto pela sociedade, o melhor se calhar é ser mordido mesmo… mas uma duvida me ocorre… quem afinal possui um seguro para essas situações? E em casos de crianças gravemente atacadas? Será que só depois das situações acontecerem é que os tribunais irão decidir pela saúde dum filho nosso? Na minha perspetiva prefiro evitar que o cão “agrafe” o meu filho ou mesmo a mim, mesmo que isso pareça muito mal ao dono do animal… esse pode ser um atrasado mental mas que viva as suas deficiências longe de mim ou dos meus, eu prefiro ser racional, mas cada dia mais preocupado com a humanização dos animais aos olhos da sociedade… ao ponto de dizer que depois do cão que hoje tenho nunca mais terei um animal na vida… se hoje isto é assim qualquer dia um animal terá ainda mais direitos que eu próprio… e acreditem não nasci para ser escravo dos animais.

 

NAKED MAN

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