O CONTAMINANTE ESTRANHO

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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

RESCALDO DAS ELEIÇÕES AUTARQUICAS 2017


RESCALDO DAS ELEIÇÕES AUTARQUICAS 2017

 

           O titulo poderia ser também “cronica de uma morte anunciada”, pois como em todas as eleições há vencedores e derrotados e o grande derrotado da noite foi o PSD… em todos os quadrantes, desde a estratégia inicial como em plena campanha nada correu bem para o partido de Passos Coelho, e só se podem queixar deles próprios acima de tudo, alem de que nem sequer conseguirem resultados relevantes nas principais cidades do país ainda conseguiram a proeza de terem muito menos camaras municipais do que o partido do governo, que apesar de estar a meio de uma legislatura conta sempre com um certo desgaste capitalizável pela oposição para conseguirem tirarem dividendos das politicas nacionais… o PSD a continuar neste caminho não tardará muito a deixar de ser o principal partido da oposição em Portugal, arriscando-se a ser passado pelo CDS-PP como aconteceu em Lisboa, um verdadeiro erro politico de Passos Coelho, que indo a reboque da candidatura de Assunção Cristas poderia pelo menos salvar um pouco a face, assim e com um resultado mais do que medíocre que obteve na capital do país passou a ser alvo de chacota, como foi possível descer-se tão baixo afinal que estrategos existem no PSD? Lunáticos só pode!

           Continuando nos derrotados, vamos ao Bloco de esquerda que de tudo tentou para abafar o obvio, uma derrota e pesada, apenas “salva” pela eleição de um vereador em Lisboa, mas não conseguiu nenhuma camara municipal, bem como não conseguiu recuperar a de Salvaterra de Magos, no discurso de Catarina Martins mais parecia uma das antigas conferencias do partido comunista em que apesar dos dados conseguiam sempre ver o copo meio cheio quando ele estava para lá do vazio, ou seja destacavam pequenos feitos num partido que se quer assumir como a 3ª força politica a nível nacional é muito pouco, é que alguns dos objetivos nem eram assim tão impossíveis, eleger um presidente de camara foi conseguido por partidos bem menos expressivos como o JPP (Juntos pelo povo) e o NC (nós cidadãos) conseguiram o seu presidente de camara, já para não falar em candidatos independentes que foram só 17 os eleitos, considerar uma vitoria eleitoral a eleição de uma meia dúzia de presidentes de junta ou vereadores é uma derrota claríssima muito habitual diga-se em autárquicas neste partido, mas que estranhamente nestas eleições Catarina Martins inspirada numas substancias algo no limite da legalidade tenha visto algo mais que eu mesmo bebendo uns whiskies não vislumbrei.

         Outro dos derrotados da noite foi a CDU que estranhamente muito mais lúcidos do que os militantes do BE, finalmente admitiram um mau resultado eleitoral, deixando o discurso da cassete habitual em todas as eleições, o que é de ressalvar admita-se, mas o resultado eleitoral nem foi o mais importante que reti nestas eleições foi um facto em que o partido que mais diz abominar as maiorias absolutas não deixou de as pedir em campanha em conselhos que governavam… o que é uma ironia de facto, ou deixaram cair a mascara da tolerância em que o Partido Comunista tanto gosta de exibir deixando transparecer o partido autoritário e ditatorial que quando no poder se transforma, bem vemos os exemplos dos países governados por partidos comunistas, ou então a CDU apenas entra em contradição com os seu discurso oficial… e os portugueses talvez confusos decidiram seguir os pedidos a nível nacional da CDU e não atribuir mandatos maioritários nas camaras CDU com o melhor exemplo em Loures em que vai ser complicado a CDU governar em condições minimamente confortáveis.

              Passemos agora para os vencedores da noite, um meio vencedor foi o CDS-PP conseguiu o mesmo numero de camaras que tinha obtido ainda era Paulo Portas o presidente do partido bem como conseguiu um resultado muito bom no Porto que lembre-se foi a única força politica a alinhar com Rui Moreira e principalmente em Lisboa em que a presidente do partido Assunção Cristas concorreu numa eleição diga-se de risco dado que o anterior presidente do partido também já tinha concorrido e com resultados na altura históricos para o partido e só não venceu a aposta pois ultrapassou esse resultado já de si muito bom cerca de 3 vezes mais, bem como conseguiu o 2º lugar bem á frente do PSD, embora não fosse uma vitoria propriamente dita pois não foi eleita presidente da camara, pode-se dizer que venceu em mais do que um campo de batalha, logo á partida no próprio partido, depois um serio aviso ao PSD que daqui para a frente não pode mais subestimar o habitual parceiro de coligações dado que arrisca-se a ficar para trás como aconteceu agora em Lisboa e deixar de menosprezar o CDS-PP como um partido pequeno.

            Para o fim fica o verdadeiro vencedor da noite o PS, para um partido líder de um governo arrasar a nível nacional não é fácil, António José Seguro já o tinha feito há 4 anos mas na altura estava na oposição, por esse lado já de si positivo, acrescente-se uma excelente campanha e uma excelente estratégia de marketing na maquina eleitoral, obviamente os mais inteligentes de todos os partidos em disputa, o resultado em Lisboa mesmo não sendo uma excelente vitoria (não foi maioria absoluta como há 4 anos) foi “vendida” como tal, bem como o resultado no Porto em que não conseguiram evitar a maioria absoluta de Rui Moreira “venderam” o 2º lugar como um excelente resultado dadas as condições que se tinham debatido… tapando os olhos do povo com pó que os mais distraídos podem ser levados em erro mas que mais não foi do que o PS tentar capitalizar um eventual resultado no Porto como sua e a realidade é que o PS no Porto apesar de ser a 2ª força politica fica muito atrás do vencedor, ou seja o PS estava a preparar um assalto nas eleições do Porto ao candidato independente e claro este não se deixou levar na esparrela, ficando o PS apeado e claro a tentar fazer-se de vitima em que os portuenses não caíram, mas no computo geral o PS foi o grande vencedor da noite sem duvida… fica a duvida é se em termos nacionais isto não trará consequências pois ficou bem patente que o PS “secou” os parceiros de coligação, que apesar de estarmos numas eleições atípicas a nível nacional não deixam de ser em si um grande indicador para as legislativas que se aproximam, vamos ver se os parceiros da geringonça se deixarão levar para um espalhanço nas eleições legislativas ou se por outro lado irão servir de sabotador á geringonça a partir destas eleições dando que fazer ao PS… só o futuro o dirá.

 

NAKED MAN

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