PORQUE SERÁ QUE AS VACINAS NÃO SÃO OBRIGATORIAS?
Recentemente um “surto” de
sarampo e coloquei a palavra surto entre aspas porque apesar de o dizerem a plenos
pulmões, nunca considerei um surto uma doença que afetou cerca de uma centena
de pessoas e causou apenas uma morte, no entanto referiram-se ao termo surto
dado que a doença estava erradicada de Portugal há anos muito devido á
vacinação em massa, e de um momento para o outro contaminou um numero crescente
de indivíduos.
A situação tornou-se trágica dada
que a única vitima mortal era proveniente de uma família que é as que se dizem
anti vacinas e claro não era vacinada contra o sarampo que infelizmente se
revelou mortal, segundo a família alegou que a menina fez reação a uma vacina e
os pais decidiram daí em diante nunca mais ministrar uma vacina a essa filha
bem como a uma outra que nasceu posteriormente, claro lançando logo o debate em
torno da ética tanto dos pais como dos políticos em torno da vacinação ser ou
não obrigatória.
O meu ponto de vista é que a
vacinação deveria ser obrigatória para certas doenças, obviamente que não estou
a falar da vacinação para a gripe por exemplo, mas em todas as do plano
nacional de vacinação como o tétano, sarampo, hepatite, meningite entre outras,
é que o facto de muitos dizerem ser anti vacinas pelos mais variados motivos é
puramente idiotas, baseiam-se no principio da religião em que nunca ninguém viu
nada mas acreditam piamente numa ilusão… no caso das vacinas, dizem não terem
as doenças na mesma sem a necessidade de colocarem no corpo substancias sabe-se
lá o quê, mas a verdade é que os mesmos de facto não adoecem devido ao facto de
estarem a beneficiar da imunidade de todos os que se vacinam, ou seja
beneficiam da imunidade geral, ora é muito fácil perceber se 98% da população
estiver imunizada contra uma doença essa doença pura e simplesmente não circula
na comunidade criando a ilusão aos restantes 2% de que estão tão imunes quanto
todos os outros… e de facto esta ilusão é legitima e verdadeira… mas não contam
com os fatores externos e no caso do sarampo a doença propagou-se devido a um
bebé ter viajado de outro país entrando em Portugal e ter contactado com uns
quantos que não estavam vacinados… vejamos a vitima mortal apanhou sarampo em
pleno hospital em que estava internada por uma outra patologia completamente
diversa á que viria a morrer, o contagio foi ter contactado de perto com um
doente com sarampo… e assim caiu por terra a teoria da imunidade em comunidade.
E defendo a vacinação obrigatória
pois o argumento de que só se vacina quem quer pois pode fazer do corpo o que
quiser ou seja não permitir que lhe coloquem uma substancia no organismo sem o
seu consentimento, é um argumento dúbio na interpretação, então por que motivo
se andar de moto tenho de usar capacete ou de carro cinto de segurança sabendo
de antemão que se não os usar ao ter um acidente o principal prejudicado serei
eu e apenas eu e sou obrigado a usar esses mesmos equipamentos de segurança por
lei, porque motivo posso não permitir ser vacinado e ser um agente de
propagação de doença na comunidade? Ou seja eu contaminar vários indivíduos e
indiretamente matar terceiros por ter recusado vacinar-me! É caricato no mínimo
a diferenciação de critérios o que a lei nos coloca, daí dever-se pensar bem no
assunto que a esta altura até está um pouco esquecido, até um outro caso vier a
lume pode ser que os políticos decidam de uma vez tomar uma atitude, ou será
que o facto de ter a obrigatoriedade de usar os equipamentos de segurança nos automóveis/motas
serve apenas e só para engordar os cofres do estado na aplicação de multas e
não foram criados a pensar na segurança dos automobilistas? É que depois desta
situação das vacinas fiquei com um pouco de duvidas acerca dos argumentos em
torno da obrigatoriedade do uso dos sistemas de segurança e a liberalização em
torno das vacinas.
NAKED
MAN