O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

segunda-feira, 19 de maio de 2014

REUNIOES ESCOLARES UMA CAIXINHA DE SURPRESAS


           Recentemente dada a indisponibilidade da minha mulher em estar presente a uma reunião extraordinária na escola do meu filho, tive que me deslocar a essa reunião mais uma vez, aqui já contei a minha experiência na primeira reunião escolar a que assisti, mas agora apesar de já estar “acostumado” as reuniões escolares são sempre uma caixinha de surpresas, temos um pouco de tudo desde pais que não devem perceber bem no nível em que os filhos se encontram e imaginam que devem estar na faculdade, até os mais paranóicos que têm que falar apenas para falar e não estarem calados mas que no contexto não dizem nada.
           Devo ressalvar que o meu filho ainda continua na pré-escola portanto estamos num nível que este ano ainda não é avaliado por notas, para o ano ele já vai para o primeiro ciclo e claro aí a “competição” é diferente, mas esta reunião em especifico foi convocada a nível extraordinário devido ao caso de a educadora titular ter adoecido e entretanto entrou uma educadora de substituição e foi a apresentação da mesma aos pais e a explicação de como ela iria trabalhar e os objectivos.
            A reunião até começou bem, devo dizer que o ministério da educação tem regras completamente kafkianas, fomos informados que se não tem sido a direcção do agrupamento a responsabilizar-se pela substituição tecnicamente provisória da educadora nem depois de mês e meio o meu filho não ter educadora poderia haver substituição pois o ministério apenas autoriza substituições após ser declarada uma baixa de 30 dias, se isto já é no mínimo discutível pois quando alguém adoece em primeiro não pode meter logo 30 dias de baixa apenas pode colocar 12 dias iniciais (no caso do estado para os quadros pode ser possível mas quando alguém adoece não vai imaginar que vai logo ficar 1 mês em casa portanto ninguém no seu nível normal vai colocar logo 30 dias de atestado), depois o mais idiota é que se alguém for internado não conta para os 30 dias de baixa ou seja como foi o caso da educadora titular do meu filho a doença dela obrigou a um período de 30 dias de internamento, mas para o ministério da educação a “estadia” no hospital não conta para efeitos de substituição como se alguém fique 30 dias internado numa instancia de férias ou estivesse internado por livre vontade, estas idiotices sim são censuráveis e devia ser pensado ás mais altas instancias e não enterrar-se a cabeça na areia, imaginemos que a Sr.ª tinha tido uma doença ou fosse vitima de um acidente que a colocasse ad eternum numa cama de hospital, será que para o ministério da educação a professora nunca fosse substituída? Provavelmente sim é este o procedimento, mas estes casos deveriam ser tratados de uma forma mais pessoal e não de uma forma tipo “chapa 5” ou seja não de uma forma uniforme pois cada caso é um caso, e obviamente uma pessoa internada não tem previsão da alta apenas sai quando estiver melhor daí não perceber estas regras do ministério da educação.
               Na reunião foi-nos explicado que se não tivesse sido o extremo profissionalismo da auxiliar educativa que se responsabilizou pessoalmente para “entreter” 25 crianças neste período de ausência, a escola podia-se recusar a recebe-los, não quero ir contra esta regra no entanto ainda reforça mais a minha critica á regra dos atestados, ora se está provado que a educadora está realmente muito doente porque o ministério não autoriza a sua substituição provisória ou definitiva? Porque é necessário a regra dos 30 dias isso sim é discutível, o facto da escola se ter responsabilizado todo este tempo pelas crianças apenas posso agradecer a amabilidade de facto provaram o profissionalismo dos profissionais em terem eles próprios contornado as regras e assumido o risco bem como a substituição.
                 Bem depois da explicação começaram os pais a falar e se a maioria apenas ouviu e reflectiu sendo que a critica mais ouvida era a da regra dos atestados de 30 dias, houve obviamente alguns pais que logo aproveitaram para tentarem “brilhar” e se o fizeram de uma forma até educada, também o fizeram demonstrando alguma ignorância ou seja será que ainda há pessoas que ainda não perceberam no país em que vivem? Será que alguns pais desconhecem que na localidade onde vivem têm condições que nem todos os pais em vários concelhos limítrofes não podem beneficiar por falta de condições, e em vez de irem contra as regras estavam indignados pelo facto de uma auxiliar ter ficado com as crianças e que os mesmo não tinham evoluído nesses tempos, ora bem mas alguém explicou a estes pais de que na pré-escola alem de não ser obrigatória não está sob avaliação? Muitos pais podem imaginar terem Einsteins em casa mas apenas podem e devem exigir resultados quando os mesmos passarem a ser avaliados, neste momento deixem os miúdos brincarem, é certo que devemos ver alguma evolução nos miúdos por exemplo o meu filho está muito melhor preparado hoje do que eu estava aquando á entrada para o 2º ano, mas não devo exigir que ele seja melhor do que eu apenas devo ficar orgulhoso nisso, mas obviamente não devemos exigir que as crianças hoje devam apresentar resultados devem sim quando a isso forem obrigados, mas pelo que pude constatar muitos pais deves estar desinformados acerca do nível de ensino a que os filhos estão a frequentar.
                  Fiquei surpreendido por ter ouvido alguns pais a mostrarem a sua indignação onde não tinham razão e ignorar o essencial, que tal propor-se através de abaixo assinado ou de outra qualquer medida a revisão da regra dos atestados de 30 dias? Pois isso não deve ter relevância ainda para mais que agora está tudo resolvido afinal de contas os filhos já têm nova educadora não é verdade? Mas alguns para aparecerem e não dizerem que não falaram nada preferiram criticar o facto de uma auxiliar ter-se responsabilizado por tomar conta de 25 crianças obviamente entre ajudada por colegas, mas o esforço da auxiliar ninguém praticamente agradeceu preferiu criticar, isso enojou-me, as pessoas são umas ingratas para a próxima se calhar podem não ter a mesma sorte depois gostaria de ver o nível de indignação… mas por exemplo para o ano estou com o meu filho no primeiro ciclo isso já não será problema meu, mas aos pais indignados deveriam por a mão na consciência e pensar bem no esforço que foi feito, não estou aqui a defender ninguém mas tenho que reconhecer que por vezes o esforço de uns quantos nunca é valorizado no seu todo, seria muito mais catastrófico que o meu filho por exemplo tivesse ficado em casa neste mês e meio, é certo que tenho alternativas mas alguns dos pais que estavam naquela reunião não devem as ter, e esses deveriam antes de falar pensar que para a próxima e dado o burburinho em torno da questão esta ou outra auxiliar pode-se recusar a ficar com as crianças, a lei está a favor dela e aí gostaria de ver esses mesmos pais a reflectirem sobre isso.




NAKED MAN

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