O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

EPOCA NATALICIA DE 2011


                    Este ano acho que tive mais apoiantes do que imaginava, o natal deste ano não sei se pela crise ou cortes nos subsídios, não vi o habitual cortejo nos centros comerciais com pessoas a abarrotar de compras, nem o habitual circo de gente a acotovelar-se dentro das lojas em busca nem sabem bem do quê, vi centros comerciais lotados sim, mas com pessoas com poucos sacos na mão e muito selectivas no acto de comprar, as ruas este ano sem iluminações características da futilidade da época, nem casas parecendo as feiras populares, salvo raros casos de loucura resistente contavam-se pelos dedos das mãos num bairro, as casas espalhafatosas, até os característicos pais natal a trepar pelas janelas houve um défice radical em relação ao ano passado.
                       Fiquei espantado em relação a anos anteriores acreditem, todos estes sinais juntaram-se outros como vi gente na rua, e muitos carros a circular em relação a anos anteriores, por motivos vários já tive que sair durante vários anos a meio do jantar para ter que ir conduzir vários quilómetros, e raras vezes me cruzava com gente ou com viaturas, uma vez então fiz 30 quilómetros de ida e volta e nunca me cruzei nem com gente nem com um único carro tive até curiosidade em dar uma volta á terra onde vivo e tirando as casas estar iluminadas nem uma pessoa se via na rua parecia que a terra estava deserta, fiquei espantado acreditem, este ano fiquei espantado pelo oposto, via imensos carros a circular fazendo parecer uma noite perfeitamente banal, reparei que também não houve o êxodo habitual de outros anos, as pessoas preferiram ficar em casa este ano, foi uma constatação que tirei.
                      Na televisão as habituais reportagens dos almoços/jantares dos sem abrigo, mais um ano de perfeita hipocrisia, esta espécime parece apenas aparecer nesta altura do ano fazendo parecer as andorinhas aves migratórias e itinerantes, fiquei a pensar sobre o assunto, será que esta espécie denominada de sem abrigo passando o natal viajam para outras paragens tão frias quanto a que encontramos nas noites frias de Dezembro? Qual será a sua alimentação durante a viagem? É curioso mas ou hibernam durante 11 meses ou então emigram para outras paragens pois durante o ano não há pura e simplesmente informação acerca desta espécie ocasional… gostei imenso da ministra da justiça em pleno dia de natal a visitar um estabelecimento prisional, bem… o aspecto cuidado que os presos apresentavam na ala da visita fazia chorar de pena quem assistia, ou muito me engano ou os presos estavam todos encarcerados numa ala comum noutro ponto do estabelecimento prisional sendo os mesmos substituídos por guardas prisionais em serviço gratificado para fazerem o papel de presos perante a ministra ou então coitados dos rapazes até tinham cara de serem bons rapazes chegando alguns a apresentar figura de menino de coro, bem deve ser a ideia da máxima no sistema prisional, “lá estão os inocentes os verdadeiros criminosos estão lá fora”, vendo aquelas imagens qualquer sem abrigo vai de certeza cometer um crime para lá ir parar… pelo menos durante 11 meses têm onde comer.
                      No dia 25 tive uma surpresa, os habituais carregamentos em massa dos caixotes de lixo não se verificavam este ano, poucos eram os contentores que apresentavam um aspecto de completamente lotado sendo que inclusive na noite de 25 consegui vazar o lixo na boa no contentor sem o mínimo problema, afinal ou as pessoas passaram a ser mais racionais ou então a crise já está visível, bem… visível apenas para alguns… tenho uma colega que diz passar necessidades e é uma daquelas que beneficia de ajudas da igreja e bancos alimentares e que confessou aqui no meu trabalho ter comprado uma playsatation3 a duzentos e tal euros numa superfície comercial bem conhecida… acho que… sem comentários, burro sou eu que prescindo de ajudas e não tenho consola alguma e farto-me de aplicar austeridade lá em casa, continuo a pensar que estou realmente errado olho para o lado e vejo supostos necessitados a ter uma vida de “lordes” com bons telemóveis, carro tal como eu tenho e a frequentarem cafés ou restaurantes sem qualquer sacrifício aplicado, realmente sou sempre do contra caramba eu para conseguir as coisas que quero continuo a teimar em trabalhar para o conseguir mas já admito que estou errado…
                           


NAKED MAN

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O PODER DA CANETA



                                   Li numa entrevista a um CEO de uma grande empresa nacional, á pergunta se ele era fundamental á empresa, respondeu que só era importante, enquanto tivesse o poder da caneta na mão, uma grande verdade, no caso dele de uma importância muito mais potenciada, no entanto na nossa vida activa quantas vezes não sentimos que apenas nos dão importância por desempenharmos cargos que de alguma forma directa ou indirecta dá jeito ou facilita a vida a uma pessoa ou varias pessoas, quando saímos do lugar que anteriormente ocupávamos passamos a ser ignorados.
                                   De facto aquela afirmação deixou-me desde logo pensativo acerca das casualidades da vida de facto só quando desempenhamos funções em que de alguma forma seja a lidar com publico temos sempre um nível de importância fundamental… se não desempenhamos as mesmas funções ou porque estamos doentes ou de férias praticamente o nosso telemóvel nem toca é curioso observar esse fenómeno.
                                  As palavras desse director executivo eram extremamente verdadeiras, afinal por vezes só temos uma importância fulcral, enquanto desempenhamos algum tipo de serviço que pode influenciar de alguma forma a vida de terceiros caso contrario deixamos imediatamente de “servir” ou pura e simplesmente caímos no esquecimento, podemos ser lembrados mas já muito vagamente.
                                 Quero com isto dizer que não vale a pena muitas vezes haver quem se julgue acima de tudo e de todos porque um dia mais cedo ou mais tarde vai ver que afinal é tão dispensável como a pessoa que acabou de subjugar, quantos de nós não trabalha ou não conhece uma pessoa assim? Quantos no desempenho da sua função seja executiva ou não, colocam-se acima do que realmente desempenham muitas vezes ostracisando colegas que têm exactamente as mesma funções, com intuitos muitas vezes de progredir na carreira não olhando a custos, mas a resposta desse director executivo são perentorias, podem colocarem-se em “bicos de pés” para progredir na carreira mas se um dia perdem o “poder da caneta”, provavelmente vão-se ver numa posição demasiado desconfortável de certeza.
                                  As vida é demasiado curta para muita gente portar-se como se fosse o dono do mundo… quanto muito dono da empresa ou da função que desempenham, mas deviam reflectir um pouco que afinal tudo é efémero…


NAKED MAN

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

GREVE GERAL


                   Por acaso e relativamente á ultima greve geral que ocorreu no meu país houve um pensamento, que me ocorreu de cada vez que via nos meios de comunicação social as diferentes versões do sucesso da greve, as centrais sindicais a rejubilarem o sucesso com números próximos dos 100% em contraponto com o governo que dizia serem apenas 10%.
                   Pelo que pude constatar uma ilação tirei ou seja se não forem os funcionários públicos a aderirem a qualquer greve, tudo seria diferente, o sector privado não pode alinhar neste verdadeiro “circo”, é muito simples não há laboração, logo há desemprego, ao contrario do funcionalismo publico quase sempre á prova de erro e claro numa zona de conforto próxima dos sindicalistas que vivem á sua conta ou seja, trabalhe-se que não se trabalhe o pior que podem almejar é a perda do dia de salário… é que nem isso nem acontece a todos pois os maquinistas da CP têm um “fundo” de greve (meu deus ao ponto a que isto chega) que descontam é certo mas que serve para não serem descontados no dia que fazem greve, sobre este assunto de facto contra factos não há argumentos não é verdade?
                    Mas o que leva a comentar este assunto é que se numa greve qualquer sindicato pode reivindicar sucesso de qualquer greve pois desde que tenha mais de 50% de adesão já é considerado um sucesso, já numa greve geral deviam-se penitenciarem-se mais um pouco… ou seja se é geral é subentendido que a ideia é fazer pura e simplesmente o país parar, mas se o sector privado não alinha na “fantasia” como foi o que acabei por verificar nesta ultima greve, os únicos privados que fizeram greves foi devido á coacção de pressupostos PIQUETES DE GREVE coisa extremamente democrática criada pelas centrais sindicais para OBRIGAREM a fazer greve quem não se revê nas reivindicações da greve, ou seja uma greve geral se não tiver um rácio de 100% é porque falhou, a palavra geral é 100% não qualquer outro resultado, e não podem rejubilar quando se viu muito português ir trabalhar aliás a nível privado foi um dia completamente normal, como podem as centrais sindicais virem a terreiro falar em sucesso? Só se precisarem de ir urgentemente ao oftalmologista.
                     Portanto esta ultima greve geral que foi realizada foi uma enorme frustração o país está cada vez mais farto de lutas sindicais e politicas pois já entendeu que nunca vão evoluir seja a fazer greve ou a trabalhar, mas pelo menos ao não fazerem greve ainda ganham pelo menos o dia e como está isto qualquer cêntimo conta não é verdade? É que ao contrario dos sindicalistas há quem precise de trabalhar para ganhar dinheiro ao contrario de muitos que vivem á conta de quem trabalha por isso têm tanto tempo para pensarem em greves… é decerto a única forma que têm para poderem justificarem o ordenado que ganham….


NAKED MAN

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

EPIDEMIAS E PANDEMIAS


                             Sobre este assunto, tenho muito a dizer principalmente por ter vivido um episódio muito de perto, falo sobre a política do medo com as famosas epidemias e pandemias, mas o caso que irei abordar é sobretudo sobre a já famosa gripe A (H5N1). Comecemos pelo inicio esta estirpe foi tecnicamente falada como transferida do animal para o ser humano sobretudo a nível de porcos, animal muito falado no inicio como o agente infeccioso ao ser humano, mas devido aos interesses económicos com produtores de carne de porco rapidamente se “abafou” o facto de serem os porcos os principais responsáveis pela propagação da doença/ epidemia.
                              Esta dita “catástrofe”, já tinha sido “ensaiada”, dois anos antes e por dois anos seguidos com outra estirpe o H1N1, conhecida como a “gripe das aves” e que causou o caos entre todos os países com alucinações colectivas como por exemplo, quando aparecia uma arvore morta ou mesmo dizimar uma capoeira inteira se houvesse alguma morte de uma galinha em circunstancias “estranhas”, qual CSI (crime sob investigação), era a politica do medo no seu melhor.
                              Não faltou logo na altura da chamada gripe das aves que vaticinasse uma enorme pandemia de consequências catastróficas… em menos de nada uma população do planeta estar sob ameaça terrível, ao ponto da extinção, claro que estou a ser irónico, mas a forma como a informação chegava ás populações eram quase a indicar isto de uma forma mais subtil, chegou a haver um investimento a nível de investigação farmacêutica enorme, e claro em pouco tempo já havia medicamentos em massa para quase toda a população… os medicamentos salvadores da “extinção”.
                              Não faltavam noticias de onde começou o foco infeccioso (Ásia), que havia dezenas de mortos, não explicavam era que onde havia esses focos infecciosos, as condições de higiene era ínfima, o acesso aos cuidados de saúde nessas regiões é uma miragem e que dezenas de mortos em qualquer país asiático ou mesmo centenas de mortos representa tanto como matar uma formiga num formigueiro, é certo que a morte de um ser humano é sempre de lamentar mas temos que ter em conta o nível populacional nas diferentes regiões para se poder ter uma breve noção do verdadeiro “estrago” infligido, e centenas na Ásia não é o mesmo que centenas de mortos na Europa e principalmente em Portugal, em dez milhões de habitantes centenas morrerem de facto seria uma catástrofe, dadas as condições de vida e até de saúde em comparação com os países asiáticos seria de facto uma catástrofe, no entanto “venderam-nos” a ideia que o apocalipse estaria próximo devido á famosa “gripe das aves”.
                              No entanto essa famosa gripe pandemica, não se verificou… pelo menos nos países ocidentais, todo o investimento farmacêutico foi colocado em causa os stocks não tinham como ser expedidos, e nada do que era noticiado estava a verificar-se, apesar do pavor entre a população, mas ninguém aparecia doente ao ponto de se considerar uma catástrofe humanitária, e em 2 anos seguidos a famosa gripe das aves passou ao lado da catástrofe e já ninguém lhe dava importância.
                               Até que aparece a famosa mutação do vírus, desta vez em porcos, como sabem os porcos são animais que a nível de órgãos é do mais parecido que há com os seres humanos, portanto com a gripe dos porcos houve a mutação confirmada para os seres humanos desta vez o foco principal começou no México, outro país pouco desenvolvido (curioso não é?), e rapidamente se propagou pelos países da América do sul e consequentemente pelo resto do planeta, o vírus era novo mas apesar de tudo havia uma panóplia de informação acerca do mesmo até a medicação para prevenir e tratar, e em tempo recorde uma VACINA… curioso que ainda hoje não descobriram a vacina para a sida e para grande parte dos cancros… no entanto para a gripe dos porcos a vacina milagrosa em pouco tempo estava disponível em todo o mundo a ser comercializada em grande escala para os países em convulsão para a comprar…
                                 É assim compreendo grande parte da paranóia do que se passou, nenhum governo queria ser responsável por uma negligencia que provocasse uma mortandade sem igual, no entanto deviam ter pensado melhor no assunto, apesar de perigosa a gripe dos porcos… rapidamente rebaptizada de gripe A, devido grande parte ás enormes perdas económicas das suiniculturas e comerciantes de carnes e derivados de porco, não estava a provocar tanto estrago como anunciavam, a gripe normal provoca muitos mortos ao longo do tempo que o vírus influenza está activo no entanto não vejo ninguém noticiar o numero de mortos, no entanto a cada morte de um doente confirmado com gripe A, era o caos e a catástrofe, aqui em Portugal chegou-se ao paradoxo, de uma rocha ter-se desmoronado numa praia no Algarve ter provocado mais mortos de uma só vez (5 mortos) e a gripe A na altura ter apenas 2 baixas no momento, com gripe A em Portugal houve milhares de vezes menos mortes do que com a gripe normal.
                                 O laboratório que produzia o tamiflu, o tal medicamento milagroso que ajudava a curar a doença ganhou lucros astronómicos, e escoou o produto que não tinha conseguido vender em 2 anos com a gripe das aves, em muito pouco tempo esgotando por completo o stock, o laboratório que produziu a vacina milagrosa ganhou outros milhos de lucro, e pergunto quem perdeu com isto tudo? Todos nós, fomos vigarizados á força toda e de uma forma perfeitamente subtil, através da politica de informação do medo e do caos, cheguei ao ponto de ver uma pessoa que apenas tossia por se ter engasgado ser olhado como se fosse um terrorista, centros de saúde serem evacuados quando se suspeitava ter no seu interior uma pessoa infectada pois houve na altura planos de contingência completamente idiotas devido á politica do medo e da catástrofe.
                                 Quantos não presenciaram, cenas completamente idiotas devido ás famosas medidas de contingência, desde colegas de trabalho se recusarem trabalhar com algum que espirrasse, até ás urgências dos hospitais terem sítios de recobro como se o vírus fosse o vírus ebola ou tivéssemos sido atacados por uma bomba nuclear, até uma multidão fugir de uma pessoa por apenas tossir ou espirrar fosse na rua ou dentro de um local isolado, depois da vacina ter sido toda escoada, nunca mais se falou do vírus da gripe A afinal economicamente muita gente ganhou com este negocio todo.
                                 Muitos quadrantes ganharam com isto, desde as farmacêuticas que conseguiram escoar todo um stock criado com um verdadeiro flop que foi a gripe das aves, os produtores de artigos hospitalares como mascaras por exemplo, produtores de produtos de desinfecção entre outros que directa ou indirectamente foram ganhando com toda esta historia, é verdade que houve mortos devido á gripe A, como há mortes devido a qualquer outra doença mas sem este aparente aparato mediático que verificamos com toda esta historia… a estupidez humana no seu melhor… mas apenas para alguns houve outros que se aproveitaram bem da situação…

NAKED MAN

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

NATAL


                  O natal é a época mais cínica e hipócrita do ano, é como entrar numa época de “paz armada”, é só amor e carinho durante o mês inteiro e depois passam-se os 11 restantes meses a aniquilar ou a ignorar tudo e todos, é giro ver-se tudo engalanado para uma festa que nem toda a gente sabe exactamente o que está a comemorar ou seja a ideia que eu tenho do natal para a grande maioria das pessoas é idêntica aquele individuo que a ver um jogo de futebol comemora todos os golos marcados independentemente da equipa que marca pois ignora totalmente qual a equipa que está a torcer…
                  Afinal o que se comemora no natal? Muitos respondem que é a reunião da família, é de facto um argumento de peso mas na realidade não passa dum verdadeiro mito urbano, afinal não há outros dias que se pode reunir a família, será que as pessoas ignoram que têm família durante 11 meses como se padecessem de alzheimer, mas durante o mês de Dezembro miraculosamente curavam-se para logo no mês de Janeiro voltarem a padecer da doença anual durante mais 11 meses… outro argumento fantástico é que o natal é das crianças e que tem uma magia diferente devido ao pai natal um misticismo criado pelo homem com o alto patrocínio da coca cola em que faz com que as crianças durante esta época tenham uma vivência idêntica ás dos contos de fadas afinal vão receber a visita de um Sr. que usa um trenó puxado a renas, mas a figura do pai natal não passa de uma imagem profana que foi adequada á época ainda para mais impulsionada pelo consumo ou seja uma época que deveria ser religiosa tem como um dos “actores” principais um símbolo do capitalismo e consumismo a nível mundial, de facto muito adequado á época… no entanto o famoso pai natal é baseado na figura de são Nicolau, mas que nada tem a ver com a historia que fazem passar nesta época, mais uma ilusão fabricada.
                   E os enfeites? Já repararam nos exageros que vemos em muitas casas e até em municípios (este ano por acaso estão mais comedidos devido á crise), verdadeiras obras de “arte” de luz e cor, a anuir aos mais diversos motivos desde o pai natal… ás renas… aos presentes… estrelinhas… de tudo um pouco vemos, quantos de nós não ficamos admirados com a pinderiquice em que muitos caem com os enfeites de natal que aplicam ás casas indo por vezes ao ponto de colocar as suas casas ou varandas ao nível de uma feira popular… mas sem os carrosséis, no meu trabalho tenho uma colega que nesta época transfigura-se indo ao ridículo de colocar um papel alusivo á época natalícia em cada porta e janela… até parece que estamos em campanha eleitoral, é que como nas campanhas eleitorais temos os papeis alusivos aos mais variados temas desde mickeys a winnies the pooh e outros desenhos animados, mas sempre com o mesmo propósito desejar bom natal, verdadeiramente fantástico não é? Estou mesmo a ver o rato mickey a assistir ao nascimento de Jesus ou o pato Donald estar no presépio ou seja tudo extremamente alusivo á época que se comemora… parece um Carnaval autentico.
                   Mas afinal o que é o natal? O que se comemora efectivamente no natal? Provavelmente todos têm uma ideia, mas ninguém ou muito pouca gente de facto é coerente e comemora de facto essa data, é cada um por si e com as mais variadas opiniões e opções mas apenas alguns têm uma vaga ideia da festividade, o natal é a comemoração do nascimento de JESUS CRISTO, é como se fosse uma festa de anos a nível mundial, não há portanto pais natal… renas… nem presentes mas apenas e só a comemoração do aniversario da figura de Jesus Cristo, por acaso este ano estou a presenciar um fenómeno que começou muito timidamente á cerca de 3 anos que são estandartes com a figura do menino Jesus, já vejo isso em muitas varandas e em janelas, acho que pelo menos é coerente a exibição em contraponto com todas as outras palhaçadas que a grande maioria das pessoas pratica, afinal é o nascimento do menino Jesus que esta festividade tem como motivo principal, uma grande maioria da população é que deturpou o verdadeiro significado á festa tornando esta época um misto de palhaçada e cinismo que em nada vale á verdadeira essência da festa.
                       A verdadeira essência da festa é comemorar o nascimento de Jesus, com um jantar entre a família seguida da visita á verdadeira “casa” de Jesus Cristo ou seja a igreja, para a verdadeira celebração da festa ou seja a missa do galo, MAS AFINAL QUEM FAZ REALMENTE ISSO? Há uma grande minoria que o faz, mas a grande maioria está refastelada em casa a comemorar não sabem bem o quê, mas que comemoram porque toda a gente o faz e porque no outro dia é feriado, é caso para rir mas a verdade é que é demasiada falta de coerência e demasiada falta de formação para ser apenas uma anedota.
                       A troca de presentes na noite de natal é apenas mais uma fantasia, alem da historia fantasiosa e capitalista sob a figura do pai natal, uma historia que só mesmo os mais ingénuos é que acreditam pois qualquer criança minimamente inteligente começa logo a questionar desde cedo a veracidade de tal historia, até se chega a fantasiar ou melhor a teatralizar a cena com um dos adultos a fazer-se passar por pai natal (lembram-se da parte a que chamo Carnaval), para fazer crer aos mais pequenos que é tudo verdade, para quê? Pergunto eu… no entanto tudo é uma imparidade pois se quisessem ser credíveis e até coerentes com os factos bíblicos era a troca de presentes ser efectuada ao dia 6 de Janeiro com os reis magos como principais figuras, a par como se realiza em Espanha, isso sim seria uma celebração mais condizente com os factos descritos por muito que as pessoas discordassem da veracidade dos factos mas no entanto as coisas seriam como é descrito e não de uma forma fantasiosa sem pés nem cabeça em que as pessoas comemoram uma festividade sem no entanto perceberem o que afinal estão a comemorar no fundo e qual o seu verdadeiro significado, apenas colocando no seu lugar um guião totalmente deturpado e chegando a ser mesmo perturbador deixando mesmo visível a sanidade mental de muitos que chegam ao ridículo com a sua maneira de comemorar a época natalícia á sua maneira e completamente á margem do conceito da festa.
                         Compreendo que no meio disto tudo haja quem de uma forma directa ou indirecta ganhe com o “negocio” pois é uma época em que há um enorme consumismo (contrasta completamente com o conceito inicial da historia, afinal Jesus nasceu num estabulo desprovido de tudo e não num palácio abastado), portanto para o comercio esta época é vista como se de um oásis se tratasse, mas não quero critica-los por isso, o meu visionamento da questão é como se vive e se sente uma época que nada tem a ver com o conceito original da mesma e uma critica a esta época ser a única do ano em que as pessoas se lembram dos mais desprotegidos ignorando-os o restante ano como se os mesmos só nesta altura precisassem de comer e se agasalhar, todos tentam ajudar e dar neste momento mas noutros se for preciso evita-se esse tipo de gente não é verdade? Afinal só há desgraçadinhos no mês de Dezembro.
                         Pessoalmente não sou um activista do natal, talvez devido ao meu ateísmo militante, no entanto tenho o discernimento de saber separar as coisas e saber o que afinal se comemora nesta data, sou um dos que defende que devemos comemorar o nosso próprio aniversario, pois nessa data só se lembra de nós quem de facto gosta de nós e não por “sistema” como acontece nesta época em que apenas se dá por não parecer mal, é o tal cinismo da época, mas sei separar as aguas passo o natal com a família, mas sem nenhum alarido nem volúpia, mas obviamente passo com a família, no entanto não vou á missa do galo, no entanto muita gente eufórica nesta data deve ignorar por completo o verdadeiro espírito da festa e é como disse no inicio “festejam-se todos os golos independente de quem marca pois nem se sabe por qual equipa se está a torcer”… o verdadeiro triunfo da hipocrisia não é verdade?


NAKED MAN

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

FARMACIAS… AS MERCENARIAS…


                               Eu ainda sou do tempo que um farmacêutico, era visto aos olhos do povo como pessoas de confiança, idóneo em que todos á falta de dinheiro para irem ao médico ou mesmo em substituição dos mesmos, é que nos meios rurais não se propunham a ir aos médicos preferiam ir á farmácia queixarem-se ao farmacêutico que lhe receitavam ou uma pomadinha ou uns comprimidos “milagrosos” que lhes passava as maleitas, isto não num passado muito distante, aos poucos a figura do farmacêutico foi colocada para segundo plano e o protagonismo dos médicos, assumiu o seu verdadeiro papel.
                               As farmácias ainda hoje são vistas como um local de confiança, e o farmacêutico uma pessoa de confiança que tenta ajudar, á vista da população em geral os níveis de confiança nestas “instituições” são de elevados índices, no entanto para quem tem um nível mínimo de informação e conhecimento na área, as farmácias ao longo dos tempos passaram de locais de confiança para verdadeiras mercearias, e em grande parte dos casos gerindo negócios a níveis verdadeiramente mercenários, por acaso pessoalmente alem de ter conhecimento de algumas situações caricatas praticadas nas farmácias tenho algumas historias pessoais para contar.
                               As farmácias eram de facto locais onde antes havia alguma confiança entre utentes/clientes, com as praticas de venda, afinal a farmácia é um local de negocio, e tem que ser visto como isso, mas antes os medicamentos ou eram produzidos pelas próprias farmácias ou eram laboratórios a produzi-los, no entanto entre laboratórios ou eram os laboratórios de investigação ou os laboratórios produtores das chamadas “copias”, normalmente o mesmo medicamento produzido pelo laboratório de investigação, mas licenciado para venda por outros, tipo os produtos de marca branca dos supermercados, são produtos vendidos por uma cadeia de supermercados mas que de nenhum modo tem produção própria, isto verificava-se mais ou menos da mesma forma nos medicamentos embora houvesse laboratórios das chamadas “copias”, que também produziam os medicamentos mas que compravam a substancia activa (molécula) aos laboratórios de investigação ou seja a substancia activa do medicamento era precisamente igual ao que era comercializada pelo laboratório de investigação, mas depois o medicamento era vendido a preços mais baratos que o medicamento dito original.
                               É verdade que durante muito tempo os doentes foram um pouco prejudicados com altos preços de medicamentos, que hoje em muitos casos não se verifica, e houve clínicos com praticas não muito correctas com a prescrição dos mesmos dando indícios de corrupção em alguns casos, no entanto apesar de prejudicados a nível financeiro os doentes praticamente a nível de tratamento estavam equitativamente bem servidos tanto com os medicamentos ditos originais como com as copias, havendo em qualquer dos casos segurança com o decorrer do tratamento.
                               É então que aparecem os chamados “genéricos”, os medicamentos genéricos, têm a fama de serem bio equivalentes ao original a nível de substancia, e até em alguns casos são quase exactamente iguais, e vendidos a preços muito mais baratos, a entrada dos genéricos no mercado até foi boa pois medicamentos originais com moléculas já de si com muitos anos mas a serem vendidas a preços astronómicos, passaram em pouco tempo a serem vendidos a metade do preço e em alguns casos a um terço do preço antes praticado, no entanto o problema que quero referenciar com este texto começou exactamente aí.
                                  A lei foi com o passar do tempo sendo alterada, e no inicio se o medico só passava genéricos se quisesse, aos poucos passou a quase ser imposto a sua comercialização e a possível troca do medicamento que o médico passava por um genérico, actualmente inclusive há uma politica de preços em que apenas entre os 5 mais baratos é que é colocada a comparticipação, ou seja é o fartar da vilanagem, isto tudo pode ser feito em plena farmácia sem que o médico tenha direito de mostrar opinião ou decidir entre os genéricos mesmo os mais baratos o melhor para o seu utente.
                                 Não quero com isto defender os médicos mas explicar uma situação que passa despercebida á maioria das pessoas, é que como em tudo na vida há marcas e marcas, e se há marcas de genéricos que há manifestamente qualidade e confiança, há outras que nem sei a sua origem nem tão pouco tem pessoas (colaboradores) a defender a empresa na rua (fazendo lembrar as seguradoras por telefone), ou seja não há delegados de informação médica ou outro tipo de representantes que dêem a cara por qualquer produto que está á venda, pior alguns genéricos são produzidos na índia e na china, sem qualquer tipo de referencia da sua origem de fabrico e das normas de segurança dos mesmos, em muitos casos duvido pessoalmente da eficácia terapêutica dos mesmos, é certo que o Infarmed faz testes de bioequivalencia aos mesmos e que se passam nos testes os medicamentos são seguros (ou deviam ser por principio), no entanto estamos a falar de medicamentos e drogas que são tomadas para assegurar uma vida e se há medicamentos que pouca eficácia demonstram, não façam muita “mossa” á saúde, mas se estivermos a falar de antibióticos, anti hipertensores entre outros que possam alterar resultados finais ás suas origens a coisa pode complicar, estamos a falar de medicamentos e não de sumos de linha branca de supermercado, embora haja muito medicamento genérico produzidos por laboratórios de qualidade também temos muitos produtos á nossa disposição que é de ter medo e pavor na confiança em que nos colocam á disposição, principalmente vindo de pessoas que deviam ser as primeiras a ajudar o doente.
                                   As farmácias têm como papel principal obter lucro com a venda dos medicamentos, em outros tempos houve que foi um negocio milionário, hoje no entanto já não se verificam os lucros fantásticos de outros tempos, hoje com a politica de baixa de preços dos medicamentos as margens de lucro directo baixou drasticamente, as farmácias para poderem ter lucros têm agora ao dispor outro tipo de possibilidades, no entanto não deviam tentar obter lucro abusando da ignorância de quem os procura, muitas vezes pessoas de classe baixa e com poucos conhecimentos, não sabem dos negócios obscuros entre laboratórios e as farmácias, eu próprio já vi notas de encomendas das farmácias em que um laboratório á venda de 25 embalagens de um medicamento faz um desconto de 25 embalagens…. É exactamente isso que viram na compra de 25 embalagens oferecem outras 25, já para não falar de algumas notas de encomenda que me contaram (embora nunca as tenha visto, mas acredito) em que na compra de 50 embalagens pela farmácia, o laboratório que comercializa o genérico oferece 200 (isso mesmo duzentas) embalagens, sendo que os lucro das embalagens oferecidas pelo laboratório reverte totalmente para a farmácia que o comercializa, agora pergunto, NÃO É DE TER MEDO?
                                   Por isso chamo ás farmácias de MERCENARIAS ou seja obter dinheiro a qualquer custo sem ver a meios, não se importando com o real bem estar dos clientes/utentes/doentes, mas apenas e só com o lucro directo, é grave trocarem os medicamentos prescritos pelos médicos mesmo que o médico tenha prescrito também genéricos, mas de outra marca, com o subterfúgio de “estar esgotado” ou de “já não estar no mercado” apenas e só com o intuito de escoar as embalagens “oferecidas” pelos laboratórios e que as farmácias obtêm com essa venda 100% de lucro, é de ter medo, se os médicos em outros tempos (hoje nem tanto) tinham a fama (e o proveito) de prescreverem os medicamentos segundo os seus interesses (muitas vezes obscuros), hoje o cenário é muito pior, o médico não tem o poder sequer de prescrever um medicamento genérico e ter a certeza que será esse medicamento que o doente vai no final tomar, a farmácia tem neste momento esse poder e tem também o argumento perante o doente de dizer que tem “outros medicamentos” iguais mas muito mais baratos, claro que o doente não sabe se é ou não de um laboratório com alguma confiança, mas o preço final é o grande factor decisivo e se o farmacêutico o aconselha é porque tem razão e quer o melhor para ele, no entanto como atrás já expliquei a situação é demasiado grave e as farmácias pura e simplesmente apenas vêm o lucro como factor de venda, e não do bem estar do doente.
                                     É de referir que nos dias de hoje toda e qualquer receita passada de forma electrónica, tem obrigatoriamente que constar os medicamentos á disposição do mercado, o que quero dizer com isto, hoje o programa usado pelos médicos, tem em tempo real na hora da prescrição e na altura de selecção do medicamento, na lista todos os medicamentos á disposição do mercado, não pode nem há desculpas de o medicamento não haver no mercado (como as farmácias argumentam), as farmácias que não encomendem todos os medicamentos ao dispor do mercado aceito, mas que o medicamento seja prescrito em forma electrónica e não haver no mercado é uma falácia, e grande, mas é um argumento em que muita gente cai pela sua ingenuidade e quem está na farmácia devia ajudar e não prejudicar, depois em alguns casos essas pessoas têm recaídas ou não obtêm a cura no tempo que devia, e a culpa é do médico, a farmácia coloca-se á margem de qualquer erro nem nenhum doente os coloca em causa, afinal o medicamento era “igual” ao que o médico prescreveu não é verdade? O problema é que as coisas não são bem assim na realidade, isto já para não falar das histórias que eu próprio presenciei.
                                     Há uns tempos, um familiar meu (doente oncológico) saiu do hospital de um internamento e o médico do hospital prescreveu 4 medicamentos numa receita, todos genéricos e de um só laboratório, que por acaso, esse laboratório era de qualidade, e lá fui eu á farmácia comprar os mesmos, quando lá cheguei mal o farmacêutico recebeu a receita disse-me logo que não havia nenhum daqueles medicamentos porque estavam “esgotados”, mas que tinha outros de outro laboratório e que por sinal até mais baratos, perante a minha observação de que uma receita electrónica não havia nem medicamentos esgotados nem fora do mercado e que, se não tinham nenhum daquele laboratório que me disponibilizassem outros mas dos laboratórios X, Y e Z ou então ia a outra farmácia, então o farmacêutico lá foi á procura, e fantástico, 2 dos 4 medicamentos “esgotados” inicialmente apareceram “miraculosamente” e os outros 2 foram dos outros laboratórios que exemplifiquei, mas fiquei com a ideia de como me queriam enganar, TIVERAM FOI AZAR. Outra historia foi passada á pouco tempo, outro meu familiar também saiu do hospital com uma crise de diabetes, embora já controlada e saiu do hospital com uma receita de um anti diabético oral, para complementar a medicação, o medicamento era genérico e também de um laboratório “confiavel”, fui á farmácia e claro o medicamento não estava disponível, mas desta vez podiam encomendar não me colocaram entraves á venda do mesmo, apenas não o tinham no momento em stock, mas perante a minha urgência, tinham outros disponíveis e ate já tinha a embalagem na mão e tudo, mas ao ver qual era o laboratório, até me assustei e disse que não queria aquele, o meu objectivo era tratar desse meu familiar e não dar-lhe placebos, ainda a farmacêutica tentou argumentar comigo a qualidade do medicamento que ela tinha na mão mas perante a minha posição de nega, lá me disponibilizou o mesmo medicamento mas o original, mas teria que apresentar receita depois, foi uma chamada “venda suspensa”, obviamente paguei mais caro mas fiquei a ter a certeza que com aquele medicamento me dava mais garantias de sucesso na regularização do problema de saúde do meu familiar embora o genérico que o medico tinha prescrito ao meu familiar também tinha a certeza que o sucesso seria idêntico, o que o farmacêutico me queria disponibilizar é que tenho absoluta certeza que não.
                                       Portanto exemplos como o que assisti não devem faltar, com este texto não quero tomar partido de nada nem ninguem em especial mas apenas em denunciar um grave atentado que é praticado todos os dias pelo país fora e sem controlo, quantos já não tomaram medicamentos que a farmácia dizia iguais aos que anteriormente tomavam e alem de piorar resultados ficarem com a noção que o medicamento não fazia efeito ou não fazia o mesmo efeito do que os antigos, quantos doentes não pioraram valores fossem eles de diabetes ou tensões arteriais etc., depois de tomarem genéricos ou pior terem que tomar 2 comprimidos em fez de um anteriormente prescritos? E já para não falar de quantas pessoas possam ter morrido por falha no tratamento, não por culpa do médico mas devido á falta de eficácia do medicamento? São questões que devíamos pensar bem na hora de aceitar um medicamento diferente do que foi prescrito pelo médico, ou ao mínimo falhanço do medicamento que nos foi trocado pelo farmacêutico, mas disso ninguém fala nem ninguém discute, quando algum médico vem falar do problema é logo acusado de interesses (coisa que hoje até nem é possível devido ás trocas nas farmácias), mas que todos nos devíamos preocupar pois afinal o que aqui está em causa é a nossa saúde e muitas vezes até a ténue linha da vida e da morte, por um bocadinho podemos viver como por um bocadinho podemos morrer, agora depende do significado que queremos colocar ao bocadinho seja a palavra SORTE ou a palavra AZAR.
                                         Não deveria ser isto a passar-se, mas é a pura das verdades não podemos confiar em toda a gente, na altura da compra do que seja devemos estar minimamente informados e não aceitar logo aquilo que nos colocam á frente sem primeiro termos a certeza que é verdade mas como no mundo farmacêutico a desinformação lidera perante a informação, estes episódios serão sempre uma realidade isto claro se nunca ninguém tiver capacidade para provar os diversos “crimes” que todos os dias são praticados, camuflados de uma forma muito subtil e sempre a bem do doente, DEVIAMOS TODOS PENSAR BEM NISTO…



NAKED MAN

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

SÓ EM PORTUGAL


                          Neste país em que vivo de facto passam-se coisas fantásticas, ao nível da saga twilight, é assim começo a pensar que sou uma pessoa com azar ou demasiada sorte, este domingo fui sair… fazer as primeiras compras de natal (sim sou daqueles que só começo a fazer compras em Dezembro), ia em viagem com a família quando pelo caminho passo por uma pequena vila, cada vez que passo por essa vila nomeadamente ao domingo, encontro sempre a dita terrinha em festa, ou são desfiles alegóricos, festas de folclore ou outro tipo de eventos, encontro sempre a dita terra cheia de gente por todo o lado, mas pronto eu como passante apenas posso observar que a dita terra está sempre em festejos… melhor para eles.
                          Mas o que se passou comigo é de facto demasiado caricato para ser deixado em vão, e tenho que partilhar este episodio verdadeiramente hilariante, então lá ia eu ás comprinhas de natal e ao passar pela vila em questão deparo-me com imensa gente a ladear a estrada, nada de extraordinário já o facto ser habitual, mas achei engraçado o comentário da minha mulher perante a constatação, “Esta terra está sempre em festa…”.
                           Não estava era preparado para o que se passou a seguir… então não é que o transito estava completamente parado, fiquei meio surpreso, não percebendo o porquê da situação nem o motivo de ficar ali nem quanto tempo estaria ali, só se fosse uma acidente ou outra situação similar que fosse ocasional e inesperada o motivo de tal paragem, já que em parte alguma tinha visto qualquer aviso ou mesmo um único agente de autoridade a informar ou mesmo a gerir o transito, nada absolutamente nada me informava do motivo de estar parado á berma de uma via principal numa vila, ladeado de gente por todos os lados… e lá estava eu a questionar-me e a conversar com a minha mulher devido á situação em que estávamos metidos, quando ao fundo da rua começo a ouvir barulho e a ver qualquer coisa… eram bombeiros.
                            Bem não é que me deparo perante um desfile de fanfarras de corporações de bombeiros, do qual eu fui um “convidado” forçado a assistir ao espectáculo isto claro sem ser avisado do espectáculo nem me ser dada qualquer alternativa para evitar o dito “espectáculo”, rica democracia em que vivemos em Portugal…
                             Não tenho nada contra a desfiles de fanfarras nem outro tipo de eventos culturais no entanto agradecia que pelo menos tivessem a decência de cortar a via e de fazer uma alternativa de circulação rodoviária deixando o espectáculo para quem de livre vontade quisesse assistir e não deixar os automobilistas a levedarem parados por tempo indeterminado, é que o desfile ocorreu com varias fanfarras, espaçadas entre si em vários minutos, ainda se fosse bandas filarmónicas ainda vá que não vá, mas o reportório das fanfarras é igual entre elas, se fossem todas umas atrás das outras praticamente nem se notava a diferença entre elas a não ser o barulho que no conjunto fariam, mas pronto lá fiquei eu e os restantes “convidados” ocasionais uma boa meia hora a assistir um evento cultural praticamente como a uma sessão de tortura se tratasse e eu ainda para mais ainda tinha o miúdo a dormir no banco traseiro… fiquei como devem imaginar extremamente agradecido aos anfitriões da festa pelo presente que me “ofereceram”… DEVE SER DE CERTEZA POR SER NATAL…


NAKED MAN

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

                      
SETE MIL MILHÕES



                               Atingimos no passado mês de Outubro o fantástico numero de 7 mil milhões de habitantes no planeta terra, ao contrario do que os apologistas da desgraça que vaticinam o fim da humanidade, pelo que estou a verificar estamos bem longe desse patamar, bem antes pelo contrario estou a verificar que o oposto é que se irá verificar num futuro próximo isto claro se o nível do pensamento actual continuar, isto é caminhamos a passos largos não para a extinção da espécie por falta de habitantes mas caminhamos a passos largos para um grande problema de auto sustentação ou seja aumenta-se o numero de pessoas e o espaço continua o mesmo, o planeta não se expande.
                              Imaginem a vossa casa e a vossa dispensa, com os habitantes actuais, provavelmente não há fome nem falta de nenhum género para o equilíbrio da família, se precisam de algo vão á dispensa e não há falta de nada ou mesmo que falte uma coisa será sempre compensada com outra, agora imaginem colocar mais 50 pessoas (por exemplo) a viver na vossa casa exactamente com os mesmos recursos… em pouco menos de nada haverá fome e falta de bens básicos, claro que podem ir aumentando (o numero de pessoas) aos poucos mas a casa permanecerá sempre a mesma, mais dia menos dia uns terão que dormir uns em cima dos outros, haverá problemas na necessidade de ir ao WC e o acesso a bens básicos, esta minha analogia é mais ou menos o que se passa no planeta, o planeta é o mesmo não aumenta de volume e todos sabemos que há limitações na geografia, nuns lados não se pode praticar a agricultura seja devido ao clima demasiado quente ou demasiado frio, portanto para se criar novos lugares para a praticar ou tem que haver desflorestação ou então gastarem-se milhares para se poderem colocar terrenos aráveis em lugares inóspitos ou gastar um bem escasso em quantidades desmesuráveis como a agua potável para que seja possível sustentar a nível alimentar a população do planeta.
                               Para complicar ainda mais a explosão demográfica verifica-se exactamente nos lugares em vias de desenvolvimento ou mesmo em economias emergentes, lugares já de si demasiado carenciadas a nível humanitário, portanto este aumento demográfico não vem ajudar em nada á resolução de um flagelo que cada vez mais se irá verificar A FOME.
                               Esta teoria tão católica do “CRESCEI E MULTIPLICAIVOS” tem que ser bem pensada a este nível nunca se poderá acabar com a fome nem com outros problemas que já hoje afligem a humanidade, seja o direito á saúde, á habitação, etc., pois estando tudo sobredimensionado nunca haverá condições básicas para ninguém e cada vez terá tendência para piorar, começando a haver fome começará tudo a desmoronar, todas as grandes revoluções começam quase sempre com um denominador comum, ou seja a fome, a continuar a crescer a população a este nível não morreremos devido á extinção da espécie mas devido ao seu aumento desmesurado e consequente consumo de recursos.
                                Pena quem manda no mundo não explicar as coisas desta forma, continua-se continuamente a praticar a politica do medo para quase tudo, mas relativamente a este assunto nunca ninguém pelo menos levantou grandes ondas ou seja nunca explicaram bem que afinal nem sempre as coisas se processam como nos dizem, alguém perde tempo a explicar que o planeta tem recursos limitados e que um aumento exponencial da população vai fazer que com os recursos naturais passem para a parte especulativa isto é quem tiver dinheiro para os comprar, compra, quem não puder vai passar mal, os poucos produtos que estarão disponíveis passarão a sujeitar-se ás leis do mercado, e isso hoje embora muito simplificadamente já começamos a verificar, a inflação que hoje já sentimos na carteira não demorará muito tempo a piorar, quantos menos recursos houver mais escalada nos preços se irá a verificar, é engraçado mas nunca ninguém irá explicar isto desta forma pois há muito a ganhar e quem perde somos todos nós, para quem não sabe a agricultura é um bem limitado os terrenos aráveis cada vez escasseiam mais, mais dia menos dia todos os países ficarão reféns ao poder dos mercados o que hoje estamos a verificar com as matérias primas como o petróleo, não vai faltar muito para verificarmos o mesmo com os bens alimentares, e meus amigos a situação dos biocombustiveis é apenas um mito e será um álibi perfeito para ainda se inflacionar mais os preços, e isso não é invenção nenhuma da minha cabeça, hoje já estamos a sentir isso na pele, e como eu apenas estou a dizer hoje estamos apenas no começo as coisas não aparecem de um dia para o outro vão sendo introduzidas aos poucos…
                                 Fome em africa sempre haverá, primeiro as condições politicas nesse continente sempre foram e serão complicadas, com situações de fome e doenças ainda se acentua ainda mais a miséria já há muitos anos visionada segundo grande parte desse continente não tem as mínimas condições meteorológicas para poderem serem auto sustentáveis a nível alimentar, parte do continente é deserto e em grande parte há seca e por conseguinte a agua é um bem extremamente escasso, portanto visto deste prisma este continente por mais medidas que se tomem estará sempre em desvantagem perante os outros e curiosamente é onde se verifica uma das maiores demografias a nível mundial, mas o problema é que o mal já está a atingir outras regiões (continentes) e claro o problema de africa ficará sempre a ser cada vez mais um problema nunca uma solução, será sempre uma utopia tentar acabar com a fome.
                                Os países ocidentais por enquanto continuam a viver com alguma calma, mas começam já a verem-se inflacionados pelos mercados, mas como esses países têm dinheiro podem comprar os bens alimentares alem disso o controlo demográfico também lhes permite sobreviver com alguma calma embora a níveis sociais nomeadamente a nível de protecção social as coisas nesse aspecto não esteja a correr tão bem, mas isso é outro assunto a ser debatido ou seja a sustentação da protecção social nos países ocidentais devido ao envelhecimento populacional, mas os países emergentes já estão a começar a dar problemas a nível económico, a esses países para alem de comprarem grandes quantidades de matéria prima, estão a dispor de recursos financeiros para poderem comprar todo o tipo de bens incluindo bens alimentares, e claro os mercados agradecem é a máxima da oferta e da procura no seu melhor.
                                 Claro que a nível alimentar será o caos, mas poderia falar de muitos mais problemas imaginem se todos consumissem o mesmo nível de energia a nível mundial, imaginem que todos teriam uma habitação idêntica, imaginem o nível de consumo privado idêntico, obvio que isto tudo em números exagerados irão provocar enormes problemas á sustentação natural do planeta, será totalmente insustentável.
                                 Portanto resumindo o aumento exponencial da população deve começar a ser visto com preocupação e não com orgulho, pois alem de a demografia estar a ser feita de modo desproporcional ou seja há mais gente exactamente nas zonas de maior carência, o próprio planeta é limitado tanto a nível de espaço como de recursos naturais e não é hoje com estes números que as coisas ficarão negras mas, daqui a 100 anos talvez se tornem complicadas é verdade que, provavelmente ninguém que vai ler isto hoje estará preocupado como o que se passará daqui a 100 anos, no entanto em muitos outros assuntos como a ecologia nos assustam tanto com o que se passará daqui a 250 anos e anda tanta gente preocupada com o meio ambiente devido a essa situação, acho estranho que sobre um assunto que poderá ser insustentável daqui a 100 anos ninguém se preocupe muito com isso, os grupos económicos não estão interessados em provocar o pânico, mas já hoje se repararem bem, já hoje pagam muito dinheiro por bens que á 15 anos não pagavam nem metade, e a tendência será sempre para piorar pois como disse os recursos são limitados e não vale a pena ficar com a ideia de se houver um regresso massivo á agricultura resolverá a situação, isso será sempre uma ilusão pois mesmo que isso aconteça com o aumento da população, e com esses recursos levados ao limite e num cenário de população em continuo crescimento, vão-se deparar com outra situação, o planeta é limitado a nível de espaço e meios, pois se a população cresce o planeta não…


NAKED MAN