A NEGAÇÃO DOS FACTOS DESDE A EXISTENCIA DA EXTREMA DIREITA ATÉ Á QUEDA DA ESQUERDA MAIS RADICAL COM O ARGUMENTO DO VOTO UTIL

A NEGAÇÃO DOS FACTOS DESDE A EXISTENCIA DA EXTREMA DIREITA ATÉ Á QUEDA DA ESQUERDA MAIS RADICAL COM O ARGUMENTO DO VOTO UTIL

 

         Ainda no rescaldo da ultimas eleições legislativas, adoro ver o clima de negação a que os portugueses decidiram entrar, numa espécie avestruzes em que decidem enterrar a cabeça pensando que desta forma não são vistas por toda a gente, a verdade é que é de certo modo hilariante ver os comentadores e mesmos responsáveis partidários refletires perante as evidencias, não sei sinceramente se o fazem propositadamente ou realmente acreditam naquilo que dizem mas a verdade é que por vezes fico na duvida.

           Um dos melhores exemplos foi com o fenómeno CHEGA, em que até 2019, ouvia e lia vários comentadores dizerem que os portugueses eram superiores aos outros povos europeus em que o fenómeno da extrema direita estava a escalar, mas para estes comentadores achavam que os portugueses eram demasiado responsáveis e culturalmente astutos ao ponto de até então nunca terem votado em partidos políticos “fascistas”… ora em 2019 o CHEGA elegeu 1 deputado, fenómeno esse que logo se via ser possível e que ninguém deu muita importância a isso na altura mas mais do que isso seria uma catapulta e de que maneira para futuras eleições em que seriam decerto eleitos mais e mais deputados para este tipo de ideologias, negação essa que perdurou até agora em que este partido elege 12 deputados, mas mesmo apesar deste resultado é hilariante de ver os mesmos comentadores a tentarem desvalorizar os resultados em completa negação dos factos.

           Outro exemplo é com a queda das esquerdas mais extremistas no caso do BE nem podemos falar de uma queda, mas sim mais de um castigo pois este partido decerto em futuras eleições recuperará algum do eleitorado que perdeu com a sua postura radical que culminou com a convocação de eleições, pois muitos que se consideram de esquerda mais á esquerda vão decerto preferir votar no BE que no PCP, mas a verdade é que mesmo assim este partido na hora de refletir sobre a derrota estrondosa que obteve a sua responsável preferiu negar os factos e falar como se tivesse ganho despejando toda a sua fúria sobre os fascistas como ela lhe chamou, reação normal para este tipo de ideologias, por mais derrota que obtenha nunca a considera.

           No caso do PCP é mais caricato ainda, perante uma derrota estrondosa, está em completa negação da realidade e de como alguma vez irá recuperar a força que outrora obteve, este caso do PCP já é do tipo cronico, ao longo dos tempos e tirando raras exceções, este partido tem perdido força eleição após eleição sem que no entanto o discurso mude uma virgula, é brutal o nível resiliente destes personagens, roçando o cómico, é que não sei sinceramente se o fazem de propósito ou se de facto acreditam realmente naquilo que dizem mas a realidade é que com uma ideologia tão rígida para os dias que vivemos, não perceberem que á medida que os mais velhos vão morrendo e com isso perdendo os poucos eleitores que restam devido á lei da vida, os poucos que são jovens neste partido ou são gulosos ou oportunistas pois ignorantes e estúpidos decerto que não o são se permanecem num partido que ideologicamente é uma utopia total para já não dizer uma ficção pegada, é de um oportunismo enorme, mas o caricato é que este partido já nos habituou a que ano após ano, derrota após derrota, negar as evidencias nas primeiras reações aos resultados.

             No meio disto tudo, apenas para dizer que o argumento do voto útil nestas eleições nem sequer está posto em causa, é que ao contraio do que querem tentar impingir, houve de facto crescimento á esquerda, mas muito mais por culpa dos votos perdidos exatamente pelo BE e PCP do que os que foram obtidos á conta da direita, esta de facto uma surpresa os votos que contribuíram para uma descida na abstenção foram exatamente para a direita, não necessariamente para o PSD, mas sobretudo para o CHEGA e IL, ou seja falar-se de voto útil numa situação destas não é completamente verdadeiro, ou seja quem era de esquerda de facto votou no PS em vez dos outros partidos de esquerda, mas entre os que não votaram nas ultimas eleições e os indecisos esses votaram maioritariamente  na direita.

 

NAKED MAN