STAYAWAY COVID UMA APLICAÇÃO DIGAMOS COMPLICADA
O governo lançou uma aplicação
que deu o nome de Stayaway Covid, que aparentemente e a primeira vista é
inofensiva em todos aspetos sejam eles pessoais sejam eles de privacidade, ainda
para mais é uma aplicação totalmente útil pois de uma forma fácil pode-nos
alertar para o perigo de termos estado em contacto direto com um infetado, ou
seja só vantagens nenhuns problemas, isto pensará um utilizador comum, mas isto
olhado por alguém que já foi um Phreaker como é o meu caso diria que não é uma
aplicação assim tão inocente como isso e pior alguém que trabalha na área da saúde
então pode ser uma verdadeira bomba.
Primeiramente a aplicação em si
é tudo menos inofensiva, é uma aplicação que nos localiza, ou seja, dá conta
dos nossos passos diretos, mas meus amigos quantas aplicações não ao fazem com
uma precisão igual ou mesmo melhor? Sim mas também dá conta de todos os nossos
contactos em redor, mesmo que não seja com quem estejamos de facto, imaginem
nos transportes públicos a aplicação se funcionasse na plenitude e tendo em
conta de que todos os cidadão a tivessem, bastava que estivéssemos perto demais
de alguém dentro do autocarro para que em caso dessa pessoa ter sido infetada e
“voluntariamente” a mesma tenha dado conta á aplicação para que eu fosse imediatamente
informado que estaria em “perigo”… mas isso é um pouco sinistro pois se vivemos
em plena liberdade podemos não querer dizer que estivemos em determinado local
perto de determinada pessoa… mas a aplicação vai saber isso… e todos sabemos
que por detrás de uma aplicação há pessoas… bem é só pensarem um pouco para
perceberem onde quero chegar!
Mas as minhas reservas não se ficam por aí,
todo o processo em si é nebuloso, há uma enorme garantia de confidencialidade e
tudo é feito de forma voluntaria, mas imaginemos que há um comportamento
grosseiro em termos de negligencia e negação por parte de um infetado
declarado? Primeiro não ter descarregado para a aplicação já de si é um ato condenável,
mas imaginemos que o mesmo viola a quarentena? Será que não está a ser
rastreado pelos seus movimentos? Imaginemos que o mesmo cumpra escrupulosamente
as indicações e fique em casa e se permitir que tenha visitas ou contacte uns
quantos que tenham a aplicação e depois se vier a apurar de que nem avisou nem
nada fez para evitar o contacto físico? Será que pode ser acusado de propagação
de doença infeciosa? Pior do que tudo isso e se alguém for informado de que
esteve em contacto e seja aconselhado a fazer os testes e o mesmo por uma razão
qualquer não quiser ser submetido a teste nem se ralar com isso e continuar a
fazer a vida normal e vier a ser provado que a sua ação negligente foi um foco
de propagação da doença? POIS! É fácil olhar-se para a coisa de um modo
descomprometido e acreditar em tudo o que é dito sobre o mesmo, mas temos que
pensar em todos os fatores e pior temos que contar que muitas vezes nós próprios
temos reações que nem saberíamos ter nem imaginaríamos que as teríamos… mas ao
ter essa aplicação no telemóvel faz de todos nós um imenso Big Brother em que
nos inserimos voluntariamente e disso é que toda a gente deveria ter a noção… o
custo/beneficio da sua ação, é que na teoria tudo é bonito e inofensivo, mas temos
que ter em mente de que as coisas nem sempre correm como imaginamos e muitas
coisas passam-nos ao lado, o meu olhar para tudo isto é de alguém que já teve
do outro lado em termos de segurança explorando as falhas da tecnologia e viu e
sabe algumas coisas que obviamente nos dias de hoje são obsoletas… mas sei o
suficiente para desconfiar logo á partida desta aplicação e da inofensiva ideia
que transmitem sobre a mesma.
No meu caso ainda é mais grave
se tudo o que disse anteriormente, é já de si para toda a gente começar a
pensar um pouco no assunto, no meu caso em particular trabalhando diretamente
com possíveis doentes coloca-me numa situação não só complicada como pode mesmo
ser desconfortável, partindo do principio que já a tinha instalada no meu telemóvel,
com um dia de trabalho centenas de pessoas passam por mim ou estão próximas a mim
por 15 ou mais minutos obviamente que não faço ideia das distancias mas por vezes
são menos do que 2 metros ora a aplicação não mede ao centímetro nem é esse o
objetivo obviamente, imaginem a quantidade de avisos que teria por semana? Imaginem
que ignoro todos eles por não sentir sintomas nem nada de estranho em mim que
me leve a crer de que estou doente e tenha a consciência de que cumpri o máximo
de desinfeção possível… partindo do pressuposto que acabo infetado, posso ser
considerado uma bomba atómica em termos de propagação da doença? Pois sei que alguém
sabe de todos os meus passos, e sabe que eu trabalhando num local com publico
fui provavelmente responsável por muitas mais infeções mesmo que não tenha
provocado nenhuma… como se processará uma situação dessas? É que meus amigos
nada é de graça tudo tem um preço, claro que para o governo e as autoridades é
de elementar interesse que toda a população tenha a dita aplicação pois de uma
forma voluntaria tem acesso a dados precisos com o consentimento das pessoas e
em tempo quase real pode controlar toda a gente que nem marionetas ou na parte
mais sinistra pode usar esses dados contra a pessoas em casos extremos… posso
estar a ser exagerado mas de uma coisa podem ter a certeza… ser possível é, se
o fazem ou não isso obviamente não sei, mas fica o aviso.
Ah e apenas vos transmito que voluntariamente
NUNCA terei instalada esta aplicação no meu telemóvel, se for obrigado seja
profissionalmente ou mesmo legislativamente isso será outra história
obviamente, mas disso terei a certeza absoluta de que todas as minhas dúvidas
acima referidas são verdadeiras.
NAKED
MAN
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