COMO 800 HOMENS PARARAM 10 MILHÕES DE PORTUGUESES
Como uma greve convocada por um
sindicato que até á greve então convocada tinha sido criado 5 meses antes e com
apenas 600 associados até então que pelo que sei conseguiu mais uns quantos
durante a greve, fez mais estragos para os portugueses do que as sucessivas greves
da função publica convocado pelos sindicatos de sempre criaram até hoje, é de
facto um fenómeno de relevância, ou seja apenas 800 trabalhadores do setor
privado fizeram Portugal entrar quase em colapso em 3 dias, muita coisa temos
que reter deste verdadeiro exemplo de força de uma classe trabalhadora desde
uma verdadeira lição á verdadeira vergonha que provocaram aos ditos sindicatos
tradicionais e ao próprio governo que se viu numa crise real que como sempre
tem sido apanágio desvalorizou inicialmente.
A verdade é que a greve dos motoristas
de transporte de matérias perigosas foi uma verdadeira greve com uma reivindicação
plausível de entendimento entre os portugueses, ao contrario das sucessivas
greves protagonizadas pelos sindicados de sempre e sempre no setor publico que
toda a gente sabe que é apenas para cumprir calendário e dar sinais de vida,
mas o que temos assistido ultimamente e eu já escrevi aqui sobre isto é que
estão a surgir movimentos e sindicatos da sociedade civil que estão
desvinculados a qualquer ideologia politica e como se viu no caso dos
enfermeiros provocam e de que maneira estragos… ao ponto de mesmo os sindicatos
do costume terem mesmo vindo a publico criticar estes sindicatos e as greves
por eles convocadas… imagine-se, no caso do sindicato dos motoristas de
transporte de matérias perigosas é mais um desses exemplos e acreditem que me
meteu medo, pois desde que percebi o que esta greve significava e qual o
sindicato que estava por detrás percebi logo que não era uma greve como as
outras ou seja as greves “porque sim!”, estávamos perante uma verdadeira greve
e que poderia criar consequências grandes, e criou de facto.
A primeira lição e exemplo que tiramos com
este governo de António Costa é que a primeira ilação que tira a tudo é a
desvalorização, tivemos os exemplos dos incêndios como o melhor exemplo em que
se desvaloriza uma catástrofe e depois anda-se atrás do prejuízo, e nos
exemplos das greves e talvez o governo estando perante mais uma greve nem se
deu ao trabalho de saber se esta tinha sido convocada pelos mesmos do costume
ou seja os sindicatos “porque sim!” ou se havia algo mais por detrás disso, e
desvalorizou um pré-aviso de greve que tinha sido comunicado dia 1 de abril…
provavelmente pensava que se tratava de uma mentira se calhar, o que é certo é
que no dia da greve percebi da realização da mesma quando me desloquei a um
posto de combustível para abastecer a mota e vejo que já não havia gasóleo disponível
para venda… estou a falar da tarde do dia inicial ao do inicio da greve, o que
me fez perceber logo de que algo de mau iria acontecer para breve… mas para o
governo não nada se passava fora do normal.
O que se passou no dia seguinte
foi bem pior filas e filas em todos os postos de abastecimento que foram
secando á medida da procura, em todos secou o gasóleo e em alguns todos os combustíveis
disponíveis, para todos ficamos com a noção exata da dependência dos
portugueses do gasóleo, mas uma observação que tenho que dizer foi com a escassa
informação que os meios de comunicação social deram a esta greve pelo menos
desde a informação que a mesma se iria realizar que foi inexistente… á própria cobertura
que deram á mesma no inicio da greve, eu por acaso vi uma pequena reportagem
por mero acaso num bloco de noticias, em que se entrevistavam os trabalhadores
e representantes sindicais, mas nada demais, fico escandalizado que num país em
que os meios de comunicação social preocupam-se mais em dar noticias acerca de
Cristina Ferreira e Manuel Luís Goucha e ignore tudo o resto e provoque uma ignorância
coletiva entre a população, os meios de comunicação social tal como o governo
só começaram a dar alguma importância já meio Portugal corria para as bombas de
gasolina provocando o caos no transito e a escassez de combustível, uma
vergonha pois a comunicação social o principal dever é a informação não
provocar a desinformação e a ignorância coletiva… a não ser que a comunicação social
seja conivente com o governo, o que seria de uma extrema gravidade.
Outro facto que retivemos com esta
greve é que os portugueses quando entendem os motivos da greve são compreensivos,
se os portugueses cada vez mais não compreendem os professores, os enfermeiros,
a grande maioria da função publica e os trabalhadores do setor dos transportes públicos
do setor publico, que exigem sempre mais direitos e nada prestam em troca,
estes trabalhadores das matérias perigosas eram mais uns dos elementos das
pessoas invisíveis que também já aqui falei, ou seja são trabalhadores que nunca
ninguém se presta a saber quem são mas que vão fazendo o seu trabalho e
contribuindo de que forma para que tudo corra bem… quando falham é o caos e
teria sido mesmo o caos se o governo não se tivesse empenhado em negociar com
todas as partes, apesar de no inicio não querer mexer-se muito dado que era do
setor privado que se estava a falar mas as consequências estavam para serem bem
piores estivesse mais um ou dois dias sem abastecimento e começasse a faltar
bens nos supermercados, farmácias etc., já para não falar de uma greve coletiva
por nem os meios de transportes públicos terem combustível para se deslocarem e
os privados ficarem reféns da falta de combustível.
Para os sindicatos foi uma enorme
lição e uma enorme vergonha, que um sindicato criado por um movimento de
trabalhadores seja mais eficaz em 4 dias do que anos e anos de lutas sindicais
pelos mesmos de sempre que não passam de braços armados de outras forças politicas,
neste caso e ao contrario do caso dos enfermeiros, os grupos sindicais
mantiveram-se ao lado da greve não criticando os mesmos como foi o caso dos
enfermeiros, mas percebeu-se que o fizeram apenas para manterem as aparências dado
que uma greve estava a ter consequências serias e eles não eram vistos nem
achados no assunto nem tinham qualquer poder negocial em nada, o que demonstra
que o setor sindical tradicional apenas serve na função publica para fazer o
teatro habitual e construir um cada vez maior fosso entre o setor publico e
privado… tendo-se em conta de que é o setor privado que de facto conta para a
economia e não o publico que não é mais do que um parasita para um país… embora
seja um mal necessário pois sem setor publico nada funcionaria… mas escusava
era de serem claramente beneficiados e nunca sofrendo nada com isso… pois como
se viu recentemente o estado faliu mas quem sofreu um enorme rombo desde a nível
financeiro até mesmo a desemprego foi o setor privado… que me venha o primeiro
dizer que tem um exemplo de UM único despedimento na função publica devido á falência
do estado para que eu mude de opinião sobre tudo o que escrevi anteriormente…
dizer que se viram despojados de direitos é o mínimo que lhes poderia acontecer…
uma falência no setor privado para esses trabalhadores nunca representaria o
fim dos seus direitos… apenas o fim do seu posto de trabalho no mínimo… pode
ser chocante mas é a verdade pura.
Se ainda não se tinham dado
ao trabalho de refletirem bem no que
aconteceu com a greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas, aqui
ficou o que aconteceu, para muitos foi a lição de que o setor privado quando quer
provoca muito mais estragos á sociedade civil do qualquer setor publico, para o
governo uma enorme vergonha da passividade que demonstrou de inicio e a
desvalorização de uma greve que foi comunicada com tempo, os meios de comunicação
social nos dias de hoje fazem tudo menos informar e nada ressalvaram a não ser
quando já todo o Portugal corria desesperado ás bombas de combustível e que
passaram quase a fazer diretos com nada demais a informar ou seja a dizer apenas
que não havia combustível quando o principal dever dos meios de comunicação
social era ter informada a tempo que uma greve se iria desenrolar e como a
mesma seria efetuada, para acabar uma palavra aos sindicatos, uma verdadeira
vergonha em como 800 homens expuseram um verdadeiro Andro de parasitas que são
os sindicatos tradicionais, que mais não existem do que reivindicar direitos
para os mesmos de sempre do setor publico mas são irrelevantes para o setor
privado… e mesmo no setor publico estão-se a tornar irrelevantes, no momento em
que escrevo este texto já foi noticiado que houve acordo entre as partes e que
uma greve que estava convocada foi desconvocada, portanto pelos vistos não
teremos tão em breve o problema da falta de combustível no horizonte, mas para
outros setores privados, pode ter sido o inicio de muita coisa para o futuro.
NAKED
MAN
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