MOVIMENTOS ANTI-ABUSOS SEXUAIS OU CENSURA ENCAPOTADA?
O que poderia ser uma grande
causa está-se a tornar numa verdadeira inquisição, movimentos anti abusos
sexuais ou profissionais como o #me too, que á partida teriam as melhores das
intensões mas como tudo tem tendência em descair para o exagero, obviamente
este e outros movimentos entretanto criados, estão a passar para lá dos limites
da decência, ou seja uma coisa é denunciar abusos e identificar os abusadores
outra completamente diferente é perseguir profissionalmente e ir ao ponto de
tentar apagar toda a carreira do dito abusador, o que á partida é uma forma de
censura, tão ou mais discutível do que um abuso.
É que um abusador fez o abuso no aspeto
privado da vida mesmo que esta esteja inserida no meio profissional, mas disso
não dá a liberdade de quem denuncia querer “apagar” toda uma carreira profissional
ou reescrever todo um trabalho já feito, um abusador é censurável do ponto de
vista pessoal e privado… não podemos olhar para isso e dizer que todo um
excelente trabalho feito pelo próprio de um dia para o outro deixe de o ser, é
idiota isto mas é o que está a acontecer a alguns abusadores identificados, uns
vivos e outros que já morreram portanto sem hipóteses de defesa para quem os
acusa.
Não defendo abusadores, mas também
tenho que desconfiar de muita “vitima” que de um dia para o outro brota que nem
cogumelos a denunciar, hoje em dia é muito fácil contrastando com outros
tempos, mas uma coisa é denunciar outra é bater com força já quando o individuo
está caído no chão… ou já morreu, pior ainda é perseguir profissionalmente essa
pessoa e tentar apagar tudo o que de bom essa pessoa fez, outro ponto que tenho
a dizer das vitimas é que há um ditado popular que “quem não quer ser lobo não
lhe vista a pele”, muitas das vitimas hoje que dizem ter sido abusadas em
tempos deu-lhes “jeito” alguns dos “abusos” de modo a progredirem na carreira,
muitas destas vitimas pertencem ao mundo do espetáculo que todos bem sabem é um
mundo muito obscuro nestes tipo de abusos, e na antiguidade só gente dita da “má
vida” pertencia a este tipo de profissão… e nem estamos a falar da idade media,
no inicio do seculo passado, as bailarinas e outro tipo de trabalhadores do
meio do espetáculo eram provenientes de boates e clubes não muito bem
referenciados pela sociedade… hoje felizmente o meio do espetáculo não é visto nestes
termos, mas já foi… basta saber um pouco de historia para se perceber que a
mentalidade foi felizmente evoluindo com o passar do tempo, mas não podemos deixar
que nos tornem estúpidos ao ponto de quererem nos fazer ver uma coisa numa perspetiva
de hoje num tempo completamente diferente.
Hoje já nem só se condena o
abuso em si, mas também o assédio, o que se torna nojento á minha vista,
assediar não é a mesma coisa que abusar, e no assédio vai desde perseguição a
um simples piropo, o que torna a coisa demasiado idiota, estes movimentos
pensam que mudam mentalidades… e talvez
o façam talvez nos tornem estéreis em termos afetivos, e isto não me
surpreende, quando via há anos os filmes de ficção cientifica em que o
envolvimento humano era muito estéril e afastado, achava idiota, mas hoje estou
a ver que isso mais dia menos dia vai arriscar-se a acontecer, um simples
avanço entre duas pessoas pode ser entendida pelo outro como um assedio grave
ou mesmo um abuso… é complicado lidar com estas situações.
Mas um dos motivos que me
fez escrever este texto foi basicamente com a censura encapotada que estes
movimentos anti – abusos estão a praticar que é perseguir profissionalmente e
mesmo tentar apagar o trabalho de muitos artistas apanhados a abusar
sexualmente de pessoas no meio artístico, um dos exemplos mais falados, foi o
de Kevin Spacey que foi um dos primeiros denunciados por abusos na sua vida
privada, como consequência disso foi despedido da serie da Netflix “House of
Cards” e pior foi substituído de um filme que estava praticamente pronto e teve
que ser reinterpretado por outro ator estou a falar do filme de Ridley Scott
que se chama “All the Money in the world”, ou seja de abusador passou também a
vitima e pior perseguido profissionalmente, no meio disto tudo tentaram
fortemente “apagar” toda a carreira de Kevin Spacey com ose os filmes em que
ele participou ou as representações por ele feitas deixassem de ser de um dia
para o outro importantes para a cultura… uma coisa é o que o individuo é na
vida privada… outra é o que ele contribuiu para a sociedade no seu meio
profissional, e para mim é censurável tudo o que de mau Kevin Spacey fez na sua
vida privada… mas profissionalmente ele fez excelentes trabalhos e
representações adorei muitos filmes que ele protagonizou, e adorava a participação
dele na serie “House of Cards”, o que ele fez na vida privada nada influenciou
a minha opinião sobre ele como ator, aliás o que vejo na televisão é personagem
não a pessoa, estou-me a cagar para o que ele é na realidade, como espetador
tenho que o julgar é sobre o que estou a ver, e ele fez grandes papeis isso é inegável…
censurar o trabalho dele enquanto ator é tão ou mais nojento que todos os
abusos que ele praticou sobre todas as vitimas, bem como nos fazer de parvos e
ignorantes.
Estou a falar de Kevin
Spacey como poderia falar de muitos excelentes atores que vieram á ribalta
muitos deles já falecidos que de uma forma ou de outra também tentaram incutir
na opinião publica a censura de todo o seu trabalho em detrimento das suas
ações privadas, e isso meus amigos é que condeno vivamente, censurar atitudes
tentado censurar todo o trabalho já realizado e apreciado durante anos pelas
pessoas é uma atitude atroz.
NAKED
MAN