O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

INDEMINIZAÇÕES ÀS VITIMAS DOS INCENDIOS DE 2017


INDEMINIZAÇÕES ÀS VITIMAS DOS INCENDIOS DE 2017

 

              Este texto pode fazer parecer que eu sou insensível aos acontecimentos do ultimo verão, a tragedia dos incêndios em Portugal tocou-nos a todos, sem duvida, mas em alguns aspetos vejo que há coisas que estão a ser levadas longe demais apenas porque a tragedia assumiu as proporções que todos vimos, muitas coisas falharam de mios humanos a materiais, muitos com cargos importantes falharam, o governo falhou, disso ninguém tem duvidas mas daí tentar-se através do dinheiro publico fazer “apagar” toda a responsabilidade isso é o que me faz discordar, e perante a noticia de que um tribunal decretou uma indeminização mínima de 70000 euros a cada vitima mortal a ser paga aos seus descendentes, fez-me pensar que para colmatar a incompetência de alguns todos os contribuintes terão de pagar dos seus impostos, a haver indeminizações essas deveriam ser pagas exclusivamente pelos responsáveis diretos nos incêndios, todos com cargos de relevo que falharam bem como as empresas envolvidas que também falharam… não o estado, não o contribuinte, alem disso pelo que já fui levado a pensar, as indeminizações ou estarei muito enganado ou serão cegas, serão pagas de uma forma plana ou seja todos terão direito a dinheiro sejam vitimas diretas ou indiretas e as indiretas veja-se serão quem perdeu a casa, carro, animais etc., ora neste aspeto ainda sou mais critico, se para me precaver de uma catástrofe tenho que ter um seguro para tudo, porque depois disto todos recebem uma indeminização indireta seja segurado ou não seja, será que valerá a pena ter seguro? Porque pagarei tanto por um seguro se o estado pode assumir a minha perda? Será que apenas serve para calar uns quantos?

               Independentemente da dor de todos os que perderam alguém ou os bens que tinham, não devemos colocar no mesmo patamar todos por um todo, ou seja quem fazia seguros e será restituído pelos prejuízos ser igual a quem arriscou em nunca fazer um seguro e terá tudo na mesma, se o estado segura os bens privados para quê pagarmos uma fortuna em seguros? Será que daqui para o futuro o estado será fiel depositário de todos os portugueses perante qualquer tragedia que lhe apareça na vida? Nem estou a ser cínico, é que segundo o tribunal que decretou a indeminização mínima, foi baseada nas indeminizações da tragedia das vítimas da queda da ponte de Entre-os-Rios, ou seja esta tragedia serviu de base para os valores das indeminizações e a forma de indemnizar tragedias, mas estamos a falar em tragedias completamente diferentes e conceitos totalmente diferentes.

               Ora vejamos a tragedia de Entre-os Rios foi de facto única, uma ponte ruiu á passagem de um autocarro de passageiros bem como de outras viaturas em cima da mesma, ora esta situação foi mais do que compreensível haver uma indeminização a toda e qualquer vitima mortal destas tragedia, dado que foi uma infraestrutura que falhou e não deveria falhar, foi um acontecimento que não poderia acontecer, ou que no limite deveria ser detetado e consequentemente optar pelo encerramento da infraestrutura, nada disto aconteceu, e perante o acontecimento obvio que o estado teria que indemnizar os familiares das vitimas, ora nestes últimos incêndios estamos a falar de outra coisa completamente diferente, estamos a falar de incêndios muitos deles em terrenos particulares, ora o estado não é responsável pela irresponsabilidade de alguns, nem é responsável nem pode o ser perante a falta de cautela de alguns e mesmo na incompetência de muitos que em nome desse mesmo estado ocupam lugares que até o meu cão seria mais competente a desempenhar essas funções, as únicas vitimas passiveis de serem indemnizadas foram todos os que morreram na chamada “estrada da morte” a EN 236-1, pois muitos deles foram desviados pelas autoridades para esse local na ignorância de que uma tragedia daquelas dimensões iria ocorrer… morreram nesse troço 47 pessoas, ou seja indiretamente os automobilistas foram indicados para irem numa direção que lhes provocou a morte, aí estamos perante um caso idêntico ao da ponte de Entre-os-Rios, pois todas as outras vitimas foram vitimas como em todos os incêndios, ou foram apanhados no meio do fogo ou a fugir dele, apenas os familiares se podem queixar da inoperância dos meios no combate a esses incêndios, mas o estado no meu entender não pode ser responsável pela incúria de quem trabalha para ele… no máximo deveria-se responsabilizar criminalmente esses mesmos responsáveis que falharam, é que neste país tudo é á prova de erro, recebem-se salários milionários por cargos que depois em caso de apuramento de responsabilidades ninguém acaba responsável por nada e ninguém exige nada de nada a ninguém pois em ultima instancia o estado esse ser omnipresente e abstrato é sempre chamado a pagar as custas… sim de facto é assim mas todos deveríamos saber que o estado somos todos nós e que é dos nossos impostos que sai o dinheiro para tudo isto seja para pagar os elevados salários a incompetentes seja para depois pagar as indeminizações provocadas por esses mesmos incompetentes… já perceberam a origem da minha insensibilidade perante este assunto? É esse o meu dilema.

 

NAKED MAN

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