TIRAR A CARTA DE MOTA SERÁ QUE VALE A PENA?
Bem este título pode deixar varias interpretações,
mas deixem-me explicar, para quem não tem carta de mota, claro que vale a pena,
para quem nem sequer pode tirar carta de carro nem se fala, obvio que vale a
pena… estou a falar no meu caso que tenho carta de carro e que devido á
alteração na lei me permite também poder conduzir motos até 125 cc. , e
relativamente a isso tenho a dizer que esta alteração á lei foi das poucas
coisas fantásticas que vi nos últimos tempos, permitiu muitos que não tinham
tirado carta de moto poder conduzir uma dado que com a experiencia já
entretanto adquirida na condução de veículos e a sua circulação em estradas,
está num fase da vida em que a perigosidade de ir para a estrada matar-se de
mota está um pouco fora de questão, aliás o risco de um condutor nas minhas
condições entrar a matar mal se apanha com uma mota na mão é muito inferior do
que um jovem de 16 anos depois de tirar carta de moto 125 cc. .
Lembro-me como se fosse hoje de
uma pessoa que profissionalmente se cruza comigo e um dos que mais me
impulsionou a adquirir uma mota 125, foi de que mais dia, menos dia iria sentir
uma certa “falta de oxigénio” a andar, ou seja o que ele me queria dizer era
que se no inicio em que tudo é novo até ficamos super excitados, dali a uns
tempos veremos que falta potencia e velocidade para aquilo que precisamos, e
claro muitos dos que se iniciam nas motos como eu me iniciei aproveitando a lei…
acaba por tirar carta de moto, e é exatamente essa a pergunta que faço no
titulo deste texto, fará sentido tirar a carta de moto?
Provavelmente a resposta será a
mesma que fiz a quem não tinha carta sim faz sentido, no meu caso pode não ser
bem assim, mas para quem quiser ter algo melhor e mais potente não terá outra
alternativa, no meu caso não me compensará assim tanto tirar a carta pois o que
me fazia mesmo falta era ter uma mota 250 cc. E ir tirar uma carta para apenas
comprar uma moto com o dobro da cilindrada do que já possuo pode não ser assim
tão rentável, até porque a mota que tenho serve perfeitamente para o propósito,
que é andar a divertir-me e fazer passeios sem destino e sem preocupações com
os gastos… e ir para o trabalho no verão, tudo porque a mota que tenho bem como
todas as 125 são motos conhecidas pela economia tanto de combustível como de
manutenção e de impostos/seguros, ora bem é um luxo mas com custos controlados,
e digo um luxo porque se formos ver ter uma mota é um luxo que de económico não
tem nada quem disser o contrario mente, aliás já escrevi aqui um texto que fala
exatamente disto, ou seja só é económico quem comprar uma mota e não tiver mais
outro veiculo ou seja andar exclusivamente de moto, sim de facto este individuo
poupa dinheiro, todos os que possuam carros uma mota é um brinquedo para gente
grande logo um luxo, dizer que tem uma mota e um carro para poupar dinheiro é
enterrar a cabeça na areia e não querer ver.
Mas faz sentido uma pessoa comprar
uma mota de maior cilindrada e para isso ter que ir tirar a carta? Sim para
quem quiser de facto comprar uma mota a serio, para quem quiser apenas andar
com uma mota de cilindrada um pouco superior a 125 só se quiser gastar mais uns
trocos e dizer que pode assim andar em qualquer moto sem stresses, pois se
comprar uma moto maior, vai gastar muito mais dinheiro tanto em seguros, como
IUC como a mota gasta mais chegando algumas a gastar mais que um carro
citadino, se o argumento for a potencia ok rendo-me mas numa mota um pouco
superior como uma 250 a potencia não deve ser enorme em relação a uma 125, e
ter que se tirar a carta de condução para guiar uma mota assim parece-me muito,
a lei seria muito mais justa se fosse permitida também o uso de motas 250 cc. Por
encartados de ligeiros, como acho que se passa em frança podendo exigir regras
um pouco mais apertadas mas sem obrigar as pessoas a terem que tirar carta
apenas para subir um pouco de cilindrada, ia muita gente ganhar com isso, ora
vejamos, as receitas de IUC seriam decerto superiores como o fenómeno aquando
da alteração da lei em que houve um boom de compras de motas 125, muitos iriam
decerto comprar motos até 250, o mercado ganharia muito com isso pois muitos
iriam comprar 125 para os filhos e comprar uma 250 para eles andarem, uma moto
250 é mais moto logo quem a pudesse adquirir ficaria logo com outra maquina, e ¼
de litro não seria uma maquina assim tão perigosa para que seja necessário a
obtenção de carta de condução bem como há uma panóplia de escolhas para
maquinas com cilindradas entre 125 e 250, coisa que nas 125 também se verifica,
mas com o problema de faltar o tal “oxigénio” de que o meu colega me falou, no
caso dele foi um dos que iniciou no mercado das 125 e que depois tirou a carta
de mota… mas obviamente que não comprou um 250 mas sim uma 600.
Tirar a carta apenas para
conduzir uma 250 não me convence e por esse mesmo motivo, não irei tirar a
carta pois sei bem que se a tirasse iria decerto comprar uma moto maior, mas
seria um luxo já um pouco incomportável para mim, o luxo que tenho hoje é mais
do que comportável, só pecando pela tal falta de força e velocidade, mas para o
que quero isso quando ando por aí sem destino? Dei conta disso sim quando ia
para o trabalho… mas se isso acontecer são apenas os 3 meses do verão, de resto
em passeios a 125 dá bem conta do recado e ando sem preocupações nem de tempo
nem de distancia… pois os consumos esses são bem comedidos, coisa que se
tivesse uma mota maior já não seria bem assim, o legislador esse sim poderia
pensar em aumentar em mais uns pozinhos á cilindrada e alterar a já de si
excelente lei da possibilidade de um condutor de automóveis poder conduzir uma
moto…
NAKED
MAN