REFLEXÃO ELEITORAL COM AS LEGISLATIVAS 2015
No momento em que estou a
escrever este texto não faço a menor ideia do que se irá passar na formação do
novo governo nem nos resultados eleitorais finais com o voto da emigração,
votos esses que demagogicamente muito foi falado mesmo em plena noite eleitoral
por alguns partidos de extrema-esquerda de que os resultados das eleições
estavam muito adulterados dado que muita gente tinha emigrado e não poderia
votar… pelos vistos podem, como se prova pela espera pelo dia 14 para se ter a
certeza absoluta, mas voltando ao ponto da situação, neste momento e se os
votos da emigração de nada alterarem o panorama atual, a coligação PáF ganhou
as eleições sem maioria absoluta, o que quer dizer que em principio será eles a
formarem governo, obviamente que muito irão ter de negociar sendo os próximos temos
um deja vu do 2º governo do Eng.º José Sócrates, ou seja tudo será negociado ao
limite e muitas politicas correm os risco de morrer na praia correndo-se o
risco de ficar novamente tudo ingovernável e ter que se convocar novas
eleições.
Mas um dos cenários que mais
corre neste momento não é o facto de os marcianos invadirem a terra como António
Costa dizia quando lhe disseram que se calhar teria que se entender com o PSD
depois das eleições, mas uma invasão de todos os povos alienisnas de todos os
quadrantes… resumindo o PS pode-se coligar com o BE e o PCP e formarem eles um
governo de grande maioria parlamentar, pois a esquerda está em clara maioria,
mas meus senhores se este cenário se concretizar é gravíssimo e o PS corre sérios
riscos de nunca mais ser governo na vida em futuras eleições, passo a explicar,
quem votou PS nestas eleições obviamente que não se revia nos outros partidos
bem como quem vota PCP não se revê nas politicas dos outros quadrantes, mas
quem votou BE muitos foi por não acreditarem nas politicas defendidas pelo PS
bem como alguns votaram em forma de protesto, poucos ou nenhuns devem sequer
imaginar o estilo de politicas defendidas pelo BE ou nem sequer lhes deve
interessar isso, mas a verdade é que tanto o PCP como o BE defendem causas
completamente diferentes das do PS, e aí será de facto um problema grave o que
dizer de um governo em que 2/3 dos partidos defendem a restruturação da divida,
pelo menos um defende a saída do EURO e o outro a saída da NATO, se o PS se
dispor a governar nesta confusão, os eleitores enquanto se lembrarem disto
nunca mais irão votar neles por mais lideres que lá entrem até porque se António
Costa formar governo nestas condições e depois da forma como correu com António
José Seguro da liderança do partido ficará com uma imagem de tentar o poder a qualquer
custo lembre-se que Seguro enquanto secretario geral do PS nunca perdeu uma única
eleição, nas autárquicas conseguiu um resultado histórico e nas europeias
ganhou… por “poucochinho” como Costa depois veio dizer… costa desta vez PERDEU
mesmo a eleição só podendo formar governo á custa de uma coligação que mais se
assemelha a um saco de gatos do que outra coisa, até porque na campanha
eleitoral ambos os partidos mais á esquerda sempre malharam no PS ainda mais do
que nos partidos considerados mais á direita, será engraçado todos alegremente
formarem um governo… por quanto tempo? E como? Será o que mais se irá
perguntar.
Nestas eleições e para
futuros estudos em ciências politicas ficou provado que os portugueses votam
nas legislativas muito mais responsavelmente do que em qualquer outra eleição e
na minha perspetiva ainda bem, os resultados das ultimas europeias foram
demasiado ilusórios para os chamados pequenos partidos, muitos viram no
resultado das europeias um estilo de enfartamento dos eleitores para com os
partidos do arco da governação e começaram a sonhar com cenários idênticos, ora
nas eleições para o parlamento europeu e com os resultados apurados se
acontecesse em eleições legislativas o MPT elegeria salvo erro cerca de 6
deputados, e o LIVRE conseguiria pelo menos 1 deputado, ora foi nesse engodo
que nasceram mais partidos do que cogumelos no campo nestas eleições todos
imaginavam o descontentamento do eleitorado elevado e claro a votar em massa
nos chamados pequenos partidos, o Dr. Marinho e Pinto o grande obreiro do
resultado do MPT nas eleições imaginou o pote á mão e não se coibiu de imediato
“roer a corda” com o MPT e criar um partido só seu o PDR de forma a poder
assegurar um tacho voltando ao velho discurso de contra tudo e contra todos,
mas o povo não é estupido e desta vez não votou nele pelo menos nos valores em
que imaginavam… o LIVRE foi mais um caso, apesar de alavancado por tudo o que
era meio de comunicação social embora dissessem que eram prejudicados por falta
de projeção mediática (o que falar então dos restantes partidos que em nada vi
alem dos poucos blocos de propaganda eleitoral na televisão), não conseguiram
sequer ter um resultado dígono desse nome apesar deste partido dizer que estava
disposto a dialogar até com marcianos para poder constituir governo, mas a
realidade é que os pequenos partidos nesta eleição ficaram ainda mais pequenos
ainda, ter convicção politica é ver estes partidos em futuras eleições se isso
não acontecer a formação destes partidos não foi nunca um opção democrática mas
antes uma tentativa de ganhar alguma coisa com isso… o futuro o dirá.
Mais uma reflexão para a
eleição de um deputado para o estreante PAN, a verdade é que ao contrario dos
restantes pequenos partidos este já cá anda há uns anos e não são as primeiras
eleições em que participam, portanto o eleitorado vem crescendo aos poucos e é
composto maioritariamente por defensores dos animais pois o partido é dessa índole
politica, embora ache as politicas deles puro fanatismo, mas têm eleitorado e
conheço muita gente que votou neles, obviamente muitos deles verdadeiros
paranoicos dos animais e defensores de causas que discordo mas respeito
portanto este resultado não foi oportunismo como no caso do LIVRE e do PDR
entre muitos outros casos idênticos mas um resultado que se tem cimentado ao
longo das eleições em que participam.
Portanto aguardemos os que
se irá passar provavelmente no dia em que este texto será publicado já se
saberá quem constituirá governo, se for o PSD-CDS terá que obviamente governar
sempre com acordos marcianos com o PS, se o PS decidir ser governos correrá o
risco eleitoral de passar a proscrito pois por um lado ficará na posição de
desgaste politico em ser governo formará governo com forças politicas muito
complexas e radicais correndo o risco de tudo correr mal e o eleitorado nunca
mais os perdoar, mas se se juntar com o PSD-CDS mesmo numa posição negocial
corre esse mesmo risco dado que quem votar neles para uma próxima votará no BE
ou PCP pois sentiu-se traído… resumindo a posição do PS não é fácil, embora
mais segura é ser oposição do que ser governo mas com a ambição de António
Costa será de esperar por tudo.
NAKED
MAN
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