A SEGURANÇA SOCIAL NÃO É UM PPR
Muitas vezes vejo ou leio pessoas a
falar cerca das suas futuras e atuais reformas como se os seus descontos fossem
criados num esquema tipo PPR (Plano Poupança Reforma), em que ao longo de um
determinado tempo vamos descontando uma verba e acumulando ao longo dos tempos ganhando
juros e quando da altura da nossa reforma recebemos ou por inteiro ou por frações,
mas meus caros nada disto se passa com as reformas no atual sistema de
segurança social ou caixa nacional de pensões, acima de tudo o esquema de
financiamento das mesmas assenta num esquema tipo ponzi onde os que descontam
hoje financiam quem recebe as reformas tal como se esperará que as gerações
futuras contribuam para financiarem as suas próprias reformas, portanto se
desconhecem isto é de uma ignorância extrema e idiota.
Daí que o grande problema da natalidade
assenta sobretudo no problema de não haver quem desconte para a segurança
social provocando a sua rotura financeira, e não por estarmos perante uma
perigosa extinção da espécie, e daqui a uns anos ou as reformas descem
drasticamente ou haverá mesmo uma rotura e não haverá pura e simplesmente
reformas, essa realidade é mais que certa pois cada vez mais há a “politica” do
filho único ou pura e simplesmente a inexistência de filhos entre os casais,
uns por impossibilidade outros por pura e simplesmente nem pensarem no assunto,
mas o certo é que quando entrarem na reforma não terão nem por perto as
condições que a geração atual beneficia ao se reformar, tudo porque o que
descontaram não foi para uma conta nem beneficiarão dos seus descontos, mas se
isto que estou a dizer pode parecer injusto não é assim tanto como á primeira
vista se pode pensar, ora vejamos.
Se tudo oque descontamos mais a empresa caso sejamos
trabalhadores por contra doutrem ou os descontos que se fazem sendo
profissionais liberais, fossem todos para uma conta e fosse atribuída a reforma
por esses valores muitas reformas seriam mais de metade das que são na
realidade processadas podendo mesmo acabar devido há pessoa viver para alem do
limite a que o calculo do valor atribuído, sim meus caros é que o sistema de pensões
assentasse sobre o fundo de poupança de uma vida teria que haver um calculo em
termos de limite temporal para o capital distribuído tal como acontece com
os PPR, e não como o sistema ilimitado
das pensões da segurança social / caixa nacional de pensões, ou seja a pensão é
sempre certa viva uma pessoa 70 ou 100 anos… a verdade é que as pensões não
refletem os descontos de uma vida mas sobre o esquema ponzi ou seja a pensão
está sempre certa desde que haja quem desconte para a sustentar.
Ainda não perceberam? Bem vou dar
um exemplo que se passou agora recentemente com uma vizinha minha, e sei ser
uma historia verídica, ora bem tenho uma vizinha que se reformou agora com 41
anos, sim é verdade apenas 41 anos, foi uma reforma por invalidez por motivos
depressivos/mentais, mas que não deixa de ser uma reforma antecipada e muito, a
reforma da dita vai ser por volta dos 400 euros mensais, isto quando estamos a
falar de uma carreira contributiva de no máximo 20 anos dos quais na realidade
apenas podemos contar como 10 anos efetivos dado que metade deles a mesma
passou de baixa medica, mas que para efeitos de reforma conta na mesma,
reformando-se com este valor com esta idade qualquer besta a nível de cálculos pode
chegar á conclusão que os anos efetivos que a mesma descontou não chega nem
para pagar 5 anos de reforma, tendo em conta que a mesma vai estar na boa mais de
20 anos até chegar á idade legal de reforma, qualquer um chega á conclusão que
o plafond de descontos ultrapassa e muito o que a mesma descontou ao longo da
carreira contributiva, ou seja a mesma quando chegar á idade legal de reforma
já está a ganhar mais do que muito em comparação ao que descontou ao longo da
vida no entanto receberá a reforma como sempre recebeu mesmo que seja com
cortes mas vai receber, se viver até aos 100 anos receberá a mesma reforma que
receberia se trabalhasse com o todos os outros até á idade legal de reforma
mesmo que receba menos dado que não descontou os 40 anos mas no entanto já tem
o ganho de ter recebido 20 anos de diferença.
Morais da história esqueça o que
descontam, não podem afirmar que têm direito ao que descontaram porque isso é ignorância
pura porque toda a gente se viver mais de 10 anos além da reforma está a ter lucro
pois o dinheiro que recebe está muito além do que ganharia se descontasse para
um sistema tipo PPR, isso não tenha duvida se as tem que faça as contas antes
de dizer alarvidades, é que ser ignorante é uma coisa ser estupido é outra.
NAKED
MAN
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