O CONTAMINANTE ESTRANHO

ESPAÇO PARA TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES COM O INTUITO DE LIMPAR TODO O TIPO DE CONTAMINANTES EXISTENTES NAS NOSSAS MENTES

quinta-feira, 3 de abril de 2014

SE ESCAPO DESTA NOUTRA NÃO ME METO




                                Foram exactamente estas palavras que me vieram á cabeça, quando me vi numa aventura em que me tinha enfiado, este episodio tem contornos rocambolescos e cómicos.
                                Este episodio aconteceu num dia em que nevou onde moro, nevar na zona onde moro é tão provável como estarem 45º centigrados no pólo norte, mas num Inverno á uns anos aconteceu nevar, lembro-me de uma colega de trabalho na altura ter dito que ia nevar no fim de semana isto a uma 4ª feira pois tinha visto na Internet que nevava e foi humilhada durante todo o resto da semana… na 2ª feira seguinte foi ela que nos humilhou mas isso é outra historia.
                                Bem estava eu em casa a um domingo e de facto o tempo estava a chover e fazia imenso frio, tinha os aquecimentos no máximo e mesmo assim o frio não cedia, estava a ler o jornal calmamente na sala quando toca o meu telemóvel, era a minha mãe a dizer que estava a nevar… perante a minha surpresa levantei-me num ápice e fui á janela da sala ver o fenómeno, de facto nevava e não era pouco em pouco mais de uma hora havia neve por todo o lado… parecia aquelas imagens do natal, em pouco mais de nada toda a gente aos poucos saia á rua para verem o fenómeno com os próprios olhos e brincarem, isto apesar do frio.
                                 Aqui o JE decidiu ir com o carro dar uma volta pela região com uma maquina fotográfica e ver o fenómeno mais de perto ia ver imagens que nunca tinha visto antes… e provavelmente nunca mais iria ver pois como já disse nevar na minha zona é um fenómeno quase impossível, bem e lá parti eu rumo á aventura, fiz uns bons kms e fui a varias serras em volta pois onde vivo é rodeado por serras, numa dessas serras decidi descer por um caminho que por acaso conhecia e era de terra batida mas desconhecia pois já lá não passava á um tempo que as chuvas tinham deixado o mesmo caminho praticamente intransitável, cheia de buracos e regos enormes, quando me decidi pela descida ia com um Mitsubishi Pajero (jipe) á frente e tinha um Land Rover (outro jipe) na minha traseira… e eu com um normalíssimo Ford Fiesta no meio dos dois, o caminho no inicio era fácil lá estava um buraco um pouco maior outro um bocadinho mais pequeno a coisa lá se ia fazendo com cuidado, é de referir que com a neve e a chuva que tinha caído o caminho já era todo lama e era impossível tendo um carro de apenas 2 rodas motrizes voltar para trás era descer o único caminho que podia fazer.
                                   A minha mulher enfiada no lugar do pendura no inicio ainda ia falando mas com o decorrer da aventura lá se foi enfiando cada vez mais no seu banco do pendura e nem piava, ás tantas começou o CAOS, o “piloto” do pajero tenta dar a volta pois o caminho apresentava regos que quase um carro cabia lá dentro, ele tentou dar a volta, mas comigo atrás e com o Land Rover também a missão era quase impossível pois se os jipes podiam dar a volta devido a terem tracção ás quatro rodas eu iria ficar enterrado na certa, a essa altura já suava por todos os poros, e só pensava que estava metido numa embrulhada pois se um gajo com um jipe não via maneira de continuar como é que eu com um ligeiro de passageiros conseguiria passar?
                                     Bem, o condutor do pajero lá se decidiu continuar na descida e as coisas de facto estavam bastante feias, eu a muito custo e mesmo tendo conhecimentos avançados de condução tive que me aplicar a fundo para me poder desenrascar, passar verdadeiras valas e tentar ter o mínimo de estragos, ás tantas já só pensava, “se me vejo livre desta nunca mais me meto noutra”, a minha mulher era o silencio total estava branca como a neve, e eu ali a dar o meu melhor e pior não ter a certeza se me safava, ás tantas o carro nem conseguia descer com a primeira velocidade engrenada pois a velocidade de descida era inferior á que a primeira velocidade permitia o que queria dizer que o carro se continuasse com a primeira velocidade engrenada corria o risco de o motor “ir abaixo”, tive que descer desengatado e no meio da neve e lama o carro escorregava por todo o lado e no meio de tudo ainda trespassar os regos e buracos fundos… e pelo meio pedras enormes o fundo do meu carro a cada pedra parecia partir, fui um stress mas aos poucos lá fui passando pelas dificuldades no meio dos jipes e ás tantas consegui ultrapassar o ultimo obstáculo deste todo o terreno forçado o que é certo é que quando terminei tremia por todos os lados e só pensava que noutra não me voltaria a meter a partir de agora só alcatrão pensei e o que é certo é que nunca mais me voltei a meter noutra com um carro normal, aprendi a lição.



NAKED MAN

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